Esse é meu diário, vou tentar relatar fielmente meu sentimentos a fim de poder, posteriormente, eu mesma reorganizá-los!

domingo, 7 de dezembro de 2008

Contas a pagar

Quanto mais eu penso que "até dia x" eu tenho que pagar minhas contas, senão vai incidir mais juros e encargos na próxima fatura do cartão, mais eu me desespero. Estou somatizando minha depressão e, isso não é bom. Não quero mais tomar antidepressivos e fingir que a mudança não precisa estar em uma mudança de atitude mental de minha parte.
Depois que adquiri o notebook, as coisas estão se ajeitando para que eu possa dar, mais facilmente, outro rumo à minha vida profissional. Tenho um recurso a mais, que é o acesso à internet pela conta da Claro, para facilitar a troca de informações.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Artigos sobre Antropologia Cultural

ALMA BRASILEIRA: ENTRE PARAÍSO E INFERNO, NO PURGATÓRIO

Há um vazio na história brasileira, no seu mito e na sua fantasia por ter negado sua alma ancestral. Durante milhões de anos, as culturas que viveram no território brasileiro tiveram que resolver questões de sobrevivência, procriação, organização da vida em grupo, as regras de parentesco, etc. Enfim, criaram um estilo de vida a partir do inconsciente. Segundo a teoria psicológica de Jung, citada por Roberto Gambini, do inconsciente vem tudo o que o ser humano faz. O inconsciente é chamado alma e faz com que o ser humano permaneça vivo. Criar alma, ou seja, criar a consciência da própria identidade, é um processo de aprendizagem de como viver, que é armazenado através dos mitos passados de geração em geração.
Havia uma riqueza cultural e uma variedade de línguas muito grande nas Américas antes da invasão dos europeus, estas conservavam o que o povo foi criando e descobrindo. Estava se estruturando a formação da consciência brasileira através do inconsciente coletivo porém, não foi registrada em nenhum outro lugar, a não ser na memória do povo indígena. O problema é que a consciência da própria identidade não entrou na psicologia do povo brasileiro porque o invasor viu isto como uma ameaça à sua dominação e usou todos os meios para contê-la. As bases da consciência européia estavam no racionalismo e a consciência indígena colocava-a em risco. A alma ancestral do povo conciliava idéias opostas, o que não existia para os europeus.
As sociedades indígenas mostravam a possibilidade de existir sociedade sem dominação, sem trabalho alienado e sem divisão de classe social. Segundo Roberto Da Matta, o povo brasileiro vive entre extremos como céu e inferno. Ou seja, cada elemento carrega seu lado simbólico. Pode-se dizer que o Brasil, desde 1500, está em um purgatório no qual, até hoje, estão se eliminando as impurezas para restabelecer a saúde, mas o que realmente viveu-se é a passagem para a outra etapa, o inferno. Além de fazer uma revisão econômica e política da história do Brasil, é preciso fazer uma revisão psicológica e estudar qual é a relação existente entre solo, natureza e psique, ou seja, resgatar o que foi perdido na reflexão sobre os símbolos que fazem parte da cultura brasileira.
A consciência da alma, ou identidade brasileira, foi reprimida. Para Jung, o reprimido sempre esteve no inconsciente, ou seja, na terra, que sustenta o consciente. No ano de 1500, duas parcelas distintas e complementares da humanidade se encontraram e o processo de desenvolvimento cultural do povo brasileiro sofre uma ruptura, o que gera complexos na alma brasileira. O que estava se formando na consciência do povo passou para a obscuridade do inconsciente. Mitos sustentavam a história do povo que vivia no Brasil há 500 anos atrás. Predisposições para agir, conceber, imaginar ou sentir, foram elaboradas muito antes dos europeus chegarem às terras brasileiras, até mesmo antecede culturas e aprendizados. Através do mito o povo compreende a própria história em sua verdade, o sentido e a sua significação. O mito precisa emergir do inconsciente. Ele sempre tem uma função para a sociedade, como a de fomentar a noção de coletividade. O mito organiza os impulsos presentes em cada pessoa para que eles se complementem em um ideal de vida.
O mito retrata as origens, o percurso que algo tomou e qual é o caminho que é preciso percorrer para se chegar a um fim. É preciso que o mito da cultura brasileira comece a desenvolver-se, visto que não há como resgatá-lo, pois não fez parte das tradições dos povos indígenas. Durante 300 anos, no Brasil, não se construiu uma identidade do povo, mas marginais do processo produtivo e massa de mão-de-obra escrava. A alma do Brasil não se expressa na cultura portuguesa, na verdade, ela nunca pôde se expressar. Os brasileiros são os produtos e os herdeiros de um encontro intercultural com os portugueses. Os brasileiros e os portugueses precisam, juntos, olhar para as possibilidades do futuro para se adaptar aos novos tempos, também para resgatar a auto-estima do povo. Entre Brasil e Portugal houve uma relação de dominação, formatação e exploração, uma relação deturpada entre pai e filho. Na independência houve rompimento do filho com o pai, mas para que isso ocorresse, de começo, um devia negar o outro. Porém, chega-se um momento em que um não ignora mais o outro e começam-se a aproximar. Segundo o autor, o Brasil sofre do complexo de Édipo em relação a Portugal. Talvez fosse preciso se representar a figura da “raiz”, matá-lo para resolvê-lo.
Os mitos narram as transformações da consciência. As matrizes da consciência ocidental são o mito judaico-cristão e o mito grego. O mito brasileiro ainda não foi definido. O mito brasileiro tem que ser sincrético, pois é resultante da influência indígena, africana e portuguesa, entre outras. Assim, há dificuldade de síntese, pois tudo possui o prefixo “poli”.O perigo é que o mito não tenha forma alguma. Os brasileiros são iludidos pelo ideal positivista vindo da época do império, inclusive, através do hino nacional, a não procurar sinais na sua própria história que pudessem organizar sua consciência e construir uma identidade cultural própria através da definição do mito. O povo brasileiro é uma síntese que inclui o diferente. O valor que está no outro determina a construção de qualquer coisa. O desafio está em não fazer do diferente uma ameaça, daí a um inimigo que se elimina facilmente. Negando-se a identidade brasileira, espoliada pelo português invasor, continua-se num estado de desordem, do qual é preciso sair.

ESCOLA SUPERIOR DE TEOLOGIA
BACHARELADO EM TEOLOGIA – ÊNFASE DIACONIA
Disciplina: Antropologia Cultural
Professor: Roberto Zwetsch
Estudante: Angela Doris Bendlin
Livro: MALINOVSKI, Bronislaw. Argonautas do Pacífico Ocidental. In: Os Pensadores. São Paulo,1976, p. 22-38
São Leopoldo, agosto de 2002

Resumo

1. O que é pesquisa de campo
Os resultados de uma pesquisa de campo ou observação participante são os obtidos através da convivência com determinado grupo estudado. Devem ser apresentados de forma clara e fiel. Deve-se detalhar todos os arranjos experimentais, descrever os aparelhos utilizados, o método das observações (incluindo o número e o tempo a elas dispensado) e o grau de aproximação das medidas, bem como deve haver sinceridade metodológica.
É preciso algum tempo até que se consiga começar a desenvolver a pesquisa de campo. Depois é preciso começar a observar de modo mais detalhado o campo de estudo e estabelecer um veículo de comunicação eficaz. É preciso formular perguntas e entender respostas, bem como formular os pensamentos com precisão e coerência.
Para uma visão objetiva e científica da realidade é preciso eliminar preconceitos. A fim de que a pesquisa de campo seja eficaz é necessário a aplicação organizada e paciente de algumas regras e princípios, isto implica em esforços e problemas.
Princípios metodológicos para a pesquisa de campo: 1 – Ter objetivos científicos e conhecer os critérios para a pesquisa; 2 – Conviver com o grupo estudado; 3 – Aplicar métodos especiais de coleta, manipulação e registro.
Um dos primeiros requisitos essenciais ao êxito da pesquisa de campo é conhecer os usos e costumes do grupo em questão, interagindo com seus membros. É necessário não só observar passivamente, mas sim também agir. Conhecer critérios científicos não é a mesma coisa que ter idéias preconcebidas. A pesquisa de campo será inútil se o/a pesquisador/a for incapaz de mudar seus pontos de vista e tentar apenas provar suas hipóteses.
Os problemas e teorias levantados precisam ser moldados pelos fatos. O pesquisador de campo depende totalmente da inspiração vinda dos estudos teóricos.
2. Como se faz pesquisa de campo
Os princípios do método da pesquisa de campo são:
a. Coletar dados completos e tirar conclusões;
b. Conhecer o mecanismo social ativado e formular a tese;
c. Fazer várias tentativas práticas para comprovar a tese.
Para fazer a pesquisa de campo é necessário fazer um recenseamento genealógico de cada comunidade. É preciso analisar os dados concretos, relaciona-los entre si e colocá-los em quadros resumidos.
Os objetivos da pesquisa de campo podem se alcançados de 3 maneiras:
a. Documentação concreta e estatística;
b. Coletas de observações coletadas registradas em diários;
c. Documento contendo descrição dos fatos.

3. Quais os cuidados
O cuidado que o pesquisador de campo deve ter é o de distinguir entre as suas próprias observações diretas e as observações coletadas indiretamente. Um fenômeno é manifestado de várias formas e deve ser estudado em cada uma delas o quanto for possível, para então, ser demonstrado em forma de exemplos.
Outro cuidado a se tomar é o de não separar o estudo dos fatos sociais, regido por regras, da realidade, onde não se seguem regras fixas. Modos, comportamentos e exceções devem complementar a pesquisa de campo. Conclusões dos fatos sociais recebidas de terceiros, sem observação direta, se distanciam muito da realidade.
O que impede que a observação seja imparcial e objetiva é o intuito do pesquisador de transformar, influenciar ou usar as pessoas do grupo estudado.
Uma dificuldade relacionada à pesquisa é que a maioria das pessoas não fala o que pensa quando está se comportando conforme determinado costume herdado do meio onde vive.

4. Quais as vantagens
Fenômenos imponderáveis da vida real e comportamentos freqüentes que não podem ser registrados só em documentos, mas também observados na vida real. Os pesquisadores de campo precisam se esforçar para analisar os motivos que levam à ocorrência dos fatos, para isso necessita-se de treinamento especial.
Elementos da vida real são parte integrante da essência da vida grupal. É através deles que se formam os vínculos grupais como, por exemplo, os laços de afeição. Há dois tipos de aspectos a ser observados na pesquisa de campo: o íntimo e o legal, descritos em todos os detalhes. A subjetividade do observador interfere mais nesta mais nesta observação do que na coleta de dados.

5. Qual a tese principal do autor
O pesquisador deve estudar a totalidade dos aspectos que incidem sobre a pesquisa de campo. É preciso tomar certa distância para perceber e registrar com mais fidelidade os fatos, antes que eles se tornem familiares, mesmo sendo o critério da convivência essencial para toda pesquisa de campo. Numa escala de normalidade, é possível determinar fatos comuns e fatos que não se enquadram na ocorrência normal.

Feliz

Meu namorado não tem vergonha de mim! Ele me ama do jeito que eu sou, não olha apenas para a minha aparência física com minhas pequenas limitações!
Ele sabe que isso não é impedimento para que eu tenha uma vida legal ao lado dele!
Hoje estou feliz porque tenho uma pessoa ao meu lado com quem posso conversar sobre tudo. Combinamos que nunca mais eu ficarei triste.
Agradeço a Deus todos os dias por me dar a oportunidade de enxergar novamente a beleza da vida. Porque mesmo eu tropeçando pelo caminho, quase caindo, muitas vezes, cuido pra não me machucar porque agora tenho o Edson ao meu lado.
Antes nem dava bola, se morresse era lucro. Mas agora não!
Já tenho planos para ano que vem: casar com o Edson, dar seguimento à faculdade de Teologia e me preparar para, futuramente, entrar na UFRGS no curso de Arquivologia para ter novas perspectivas de trabalho.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Será que eu só tenho capacidade para isso?

Já disseram para mim que só vão me pedir o que eu tenho capacidade pra fazer!
Será que alguém já pensou que eu não me enquadro nos padrões que tentaram estabelecer para mim durante minha vida inteira?
Não sei se é "tão" importante que eu digite o relatório 2007 se ninguém está interessado em saber do andamento da digitação dele, inclusive a pessoa que me pediu para digitá-lo.
Já tô cansada de dizer que eu "também posso" e "eu também consigo" ou "eu posso aprender" - dá em nada pra algumas pessoas!
Penso que é porque disseram que só vão me pedir o que eu tenho capacidade pra fazer!

A seguir vai o meu desabafo que torno público mais uma vez:
Minha entrada na prefeitura

Em 9 de novembro de 2002 fiz o concurso para secretário escolar da Prefeitura Municipal de São Leopoldo para concorrer na reserva de vagas como deficiente. Passei na colocação 143 e fui convocada já na primeira chamada! Foi uma surpresa para mim, pois estava já endividada e longe da minha família. Já me sentia meio perdida e fiquei muito mais quando o turno de trabalho (manhã e tarde) não dava pra conciliar com a segunda faculdade que eu estava cursando. Mas isto a secretária de educação atual já sabe.
Em meio aos ajustes de local de trabalho, ouvi a antiga secretária da educação dizer que “provavelmente eu seria exonerada”. Cá estou, depois de 5 anos! Estava tudo bem enquanto eu estava em desvio de função na Biblioteca Pública, eu sabia que estava lá porque me disseram que eu não tinha condições de exercer todas as atribuições de um secretário escolar.
Desde o começo, eu só quis ajudar e me sentir útil. Nem todas as pessoas conseguem perceber todo o meu potencial e percebo que estive trabalhando em algumas escolas onde o meu trabalho era relativamente reconhecido e, por um motivo ou outro, fui para outras, mas isso não quer dizer que dei “problema em todas”, como tive que ouvir recentemente. Apesar disso, aos olhos do outros, a regra é que um funcionário que muda muitas vezes de local de trabalho dá “problema” e, consequentemente, é rotulado. Assim, eu me sinto rotulada como “a problemática”, ainda mais quando tenho a impressão que no meu trabalho, as pessoas que eu mais gostaria que fossem sinceras comigo, estão de segredinhos umas com as outras. Na quinta escola do município onde fui trabalhar me disseram que ali era "minha última instância", depois disseram que apenas "reproduziram" o que uma pessoa da secretaria da educação falou.
Quando estava consultando uma lista de alunos no computador na última escola (espero que seja, definitivamente, a última escola em que trabalhei na vida, pois não fui bem aceita na função de secretária de escola), me disseram pra não tocar no computador e não mexer de jeito nenhum. Aí, eu fiquei indignada porque, além de ter uma graduação em informática (sei que, praticamente, não quer dizer nada), uma das minhas atribuições no cargo que ocupo na prefeitura é usar o computador para auxiliar no meu trabalho. Naquele momento, fiquei de cabeça quente e o secretário estava perto e me ouviu dizer que “eu só tenho uma graduação para dizer”. Aí, a diretora me chamou para dizer que o secretário achou estranho porque não sabia o que estava acontecendo, ela disse que eu o desrespeitei, que eu devia saber que eu não tinha capacidade pra algumas coisas e que na SMED estavam prontos pra assinar minha exoneração por causa dos supostos erros que (somente eu?) havia cometido. Além disso, ela já tinha me dito que qualquer coisa iria escrever uma “cartinha” para a SMED justificando o porquê eu tinha que ser exonerada.

PRECISO TRABALHAR EM ALGUM LUGAR ONDE MINHA FUNÇÃO ESTEJA BEM DEFINIDA.

Pensei comigo, já que eu não tenho ninguém a quem recorrer e, mesmo sabendo que eu tenho capacidade pra executar todas as funções de um secretário escolar, mesmo não me encaixando no critério de nenhuma diretora (penso eu que minha deficiência motora dá margem à interpretação equivocada de que minha deficiência é generalizada), me resignei e decidi deixar pra lá! Eu já tenho muitas coisas pra me preocupar: eu moro sozinha (atualmente estou acompanhada, mas nunca se sabe!), tenho que controlar meus gastos, minhas dívidas, despesas e procurar alguém pra desabafar que não pense que estou instrumentalizando alguém contra outra pessoa.
Tenho um companheiro maravilhoso e quero ter um trabalho legal pra poder chegar em casa de bem comigo e de bem com a vida pra poder encontrar minha felicidade do lado dele. Se tiver filhos não quero que eles entrem em conflito emocional como eu.
Sei que os familiares, muitas vezes, sabem mais nos amolar do que demonstrar amor! Mas tem meus colegas de trabalho, os quais, bem ou mal, fazem falta na minha vida e os quais sempre procurei, às vezes, de modo equivocado mas com boa intenção, respeitar!
Ouvi recentemente, depois de receber um trote dado por um desconhecido, do qual fiquei bem chateada, quando atendi o telefone da escola onde trabalhava por último, me perguntarem se eu não tinha dado o telefone da escola para nenhum “rolo” meu! Minha indignação foi aumentando. Inclusive, desconsiderando conselhos de pessoas amigas, cheguei a comentar fatos desagradáveis da minha vida pessoal, foi então que ouvi o infeliz comentário de que tal pessoa que me deu um calote um dia vai ter uma “filha meio... como você” acompanhado de gestos com o dedo girando ao lado da cabeça. Pra essa pessoa que fez o comentário, eu sou meio boba e eu fico mais chateada ainda. Sempre me recordo que a mesma disse um dia “não mexa no computador, eu tive muito trabalho pra fazer tal coisa e não quero que apague”. Não importa o que me fez ir para aquela escola específica, interessa que estou mais aliviada de estar ali e poder fazer outras coisas que não somente o trabalho da secretaria, sendo que já me é limitado grande parte deste trabalho.
Na escola anterior, a diretora restringia minhas funções na secretaria e eu ficava ociosa, me irritando da minha situação, me sentindo um lixo porque ela sempre dizia que eu estava ali só porque nenhuma outra escola iria me aceitar e quando eu pedia para ajudar as merendeiras a lavar a louça, ela dizia que não era minha função. Me sinto humilhada também porque onde estou dizem que é minha última instância. Se eu fiz coisas erradas, posso fazer coisas certas também, não sou mais criança e nunca tive nenhuma limitação intelectual. Inclusive, sempre fui uma aluna exemplar na época de escola e não é agora que vão me chamar na direção pra conversar sobre a conveniência de eu estar tendo a boa vontade, já que faltam pessoas na escola nova onde eu trabalhei para esta função, de estar lavando as xícaras dos professores e mantendo tudo limpo pra não ficar tudo "às moscas" (voando ao redor das coisas sujas que ninguém se importa de consertar porque isso faz alguém sofrer - não é só das xícaras que me refiro, eu mesma, recorro a coisas que tem um significado tão subjetivo que nem me dou conta que isso é oportunidade pra alcançar minha cura emocional).
Não preciso passar pela vergonha de entrar na sala da direção, fecharem a porta atrás de mim (como se eu tivesse feito algo muito grave) e, na verdade, dizerem que não querem ter que escutar muita coisa dos outros (penso que seja dos professores) porque todos os dias eu lavava as xícaras. Quero continuar fazendo esse serviço, mesmo que me peçam pra não fazer, pois para mim é uma terapia e não é transtorno nenhum. Apesar disso, dizem que estão me observando (como se, depois de 5 anos, eu ainda precisasse ser monitorada), como se insinuassem alguma má intenção nas minhas atitudes. Eu não faço o que eu faço pensando se me observam ou não. Não posso continuar pagando o psiquiatra mas estou em tratamento psicológico, mesmo sabendo que meu maior problema são as pessoas que me julgam da pior forma, por isso estou aprendendo a lidar com isso, pois em mim, enquanto pessoa, não há problema algum (é só a forma como lido com as decepções). Também não quero que a diretora ou seja lá quem for (que tem que resolver todos os problemas da escola) seja prejudicada porque eu só estou tentando ser útil para somente ajudar e não aborrecer (causar mal-estar) os outros com meu mal humor.
Estava tendo mais cuidado para não deixar a secretaria sozinha quando meus colegas tiverem que sair, como foi solicitado pela direção. Mas sinto dificuldade em seguir a orientação de não lavar as xícaras porque tenho visto que, muitas vezes é preciso buscar alguma limpa e os professores já sugeriram para a diretora que eu só buscasse o café de manhã e de tarde num horário determinado e recolhesse ao final do terceiro recreio, porém, percebo que eles determinaram um horário para que eu buscasse o café mas, muitas vezes, quando passo, por acaso, na sala dos professores, percebo que eles já buscaram a térmica do café mais cedo e só de mim é chamada a atenção para que eu espere mais alguns minutos para recolher tudo, mesmo eu estando na sala dos professores não, necessariamente, com esta intenção. Como ninguém se dispõe a lavar as xícaras continuamente, eu pensei que não haveria problema eu mesma lavá-las. Ultimamente, as mulheres que trabalham na limpeza, ficam perto daonde eu lavo as louças e ficam comentando, com se eu estivesse me colocando no lugar de vítima, como eu já ouvi em outras escolas que eu faço as coisas com este intuito, o que não é verdade. Sinto que, se não lavar, a diretora ouvirá reclamações. Assim, entendo que de qualquer jeito ela ouvirá. No final, quem vai ouvir e ser prejudicada com isso sou eu, pois não sei como agir.
Desde 2006, quando fiquei efetiva, venho tentando voltar ao desvio de função. Quando saí da Biblioteca Pública, me falaram que, se eu ficasse efetiva, poderia voltar, só que não me informaram que a Biblioteca poderia se desmembrar da Secretaria da Educação e que eu estava “presa” a uma função e a uma secretaria na prefeitura.
Por isso, escrevo esta carta, por não ter outra opção a não ser relatar tudo o que tenho passado para evitar más interpretações, se, por acaso, aparecer alguma reclamação na SMED relacionada ao meu trabalho. Este que, graças a Deus, conquistei por meus próprios méritos e, queira ou não, não posso perder de jeito nenhum, pois tenho o laudo médico que atesta que eu tenho depressão. Só peço que me deixem continuar sendo útil onde trabalho, pois o que faço não é para proveito próprio e nem para usar contra alguém, é para que, no que tiver ao meu alcance e com o conhecimento do topo da hierarquia de qualquer lugar que eu trabalhe, o local funcione adequadamente e eu não me sinta um estorvo a tal ponto, que piore meu quadro depressivo.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Amigo é aquele que inclui

Pessoalmente, não preciso gostar de amigos secretos porque eu sinto necessidade de inclusão, não importando como vou me sentir.
Estou falando de outro tipo de inclusão.
Penso que, no trabalho (muitas vezes), ter amigos "atrapalha" o bem coletivo. Porque, no trabalho, quando se tem "amigos" e, pior ainda, "pessoais" cada um quer puxar para o seu lado.
No trabalho eu tenho, a princípio, somente colegas.
Amigos tenho pouquíssimos, por isso, não pretendo participar de "amigos" secretos no trabalho. Para mim, amigo é alguém que, incondicionalmente, está sempre pronto a me ouvir e não vê somente a minha deficiência física (como se isso fosse impedimento para eu ser uma pessoa normal ou, até mesmo, ser tratada como gente) mas me vê como uma pessoa em igualdade de oportunidades (para não recair em erro, escrevendo somente "igual") e tão capaz a qualquel outra.
http://www.brasilescola.com/educacao/inclusao-social.htm
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=2546
http://www.mundoeducacao.com.br/educacao/o-processo-inclusao-social.htm
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/9639.html
http://www.ufmg.br/inclusaosocial/
http://www.bengalalegal.com/martagil.php

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Enfrentando a lesão - transformação de culpa em libertação

Gostaria de saber desde quando começou essa discussão sobre "bullyng" porque eu, como tenho uma deficiência física decorrente de uma deficiência neurológica (hemiparesia esquerda), sempre fui desrespeitada pelos meus colegas de escola (principalmente de 1985 a 1992) e ninguém fazia nada. De certo achavam que era "coisa de criança". Mas essa "coisa de criança" me deixou com severas seqüelas emocionais na minha vida adulta. Só faltavam dizer que eu tinha que "respeitar para se respeitada".
CERTOS GRUPOS SOCIAIS TÊM A SUA DINÂMICA REGIDA POR PRESSUPOSTOS QUE, MUITAS VEZES, NÃO INCLUEM DEFICIENTES FÍSICOS.
Eu, como já era excluída na escola, achava que ninguém queria me incluir. Por isso, sempre fui uma pessoa revoltada.
Até mesmo no meu trabalho. "Professoras" são minhas colegas de trabalho e (algumas) desmerecem a minha atuação na função de secretária escolar, primeiramente, por eu ter uma deficiência. Hoje me pergunto a quem a "inclusão" interessa, para quê e que tipo de "inclusão" é essa?! Na minha época de escola tive professoras de verdade (muito melhores em todos os sentidos) que me estimularam a continuar estudando e me mostraram que eu sou capaz como TODO MUNDO COM DIREITO À IGUALDADE DE OPORTUNIDADES COMO OS DEMAIS.
Gostaria muito de saber o que é possível fazer no meu caso porque vejo colegas meus deficientes que nunca precisaram ouvir depois de uma queixa aos pais que "você deve ter feito alguma coisa para isto acontecer"! É difícil, para mim, não me sentir um lixo, não me sentir uma merda, não achar que minha vida é uma merda e achar que a culpada nisso tudo não sou eu!
Por que será que fui infeliz até aqui?!

http://reapnimprensa.blogspot.com/2008/04/alunos-com-deficincias-so-vtimas.html

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2007000100007&lng=e&nrm=iso&tlng=e

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-80232007000100003&script=sci_arttext

sábado, 8 de novembro de 2008

Profissão de Secretária Escolar

Eu sei que, infelizmente, o sentimento de sobra nesta profissão que ocupo é marcante. Não tanto devido a minha pessoa, mas aos demais que substimam minha capacidade. Por isso, depois desses 5 anos nessa função, quero me especializar em uma tarefa que eu sei que executo muito bem, graças a Deus, pra ter meu trabalho realmente reconhecido quando eu me formar em Arquivologia, fazer um concurso pra essa área, passar e trabalhar em um lugar que enxerguem em mim não apenas minha deficiência física (me reduzindo a ela), mas minhas capacidades!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Meu perfil completo

Infelizmente eu sei que existem pessoas que me tratam como se eu não soubesse nada, só porque eu tenho uma leve deficiência (decorrente de um traumatismo crânio-encefálico) e não sabem até onde eu posso chegar. Isso, principalmente no meu trabalho, onde eu coloco todas as minhas expectativas de me realizar, tanto pessoalmente, quanto profissionalmente.

Se eles são tão imprevisíveis para mim quanto eu sou para eles, se eles não sabem até onde eu posso chegar eu também não sei até onde eles podem chegar, pelo menos isso me ajuda a reelaborar a minha realidade para poder seguir adiante. Eu não espero muito das pessoas além do que elas me oferecem, só espero de mim porque eu sei das minhas capacidades, não são elas que vão determinar o que eu posso e o que não posso fazer.

JÁ QUE APENAS ME PEDEM O (QUE ACHAM) QUE EU TENHO CAPACIDADE DE FAZER, EU TAMBÉM NÃO VOU PEDIR NADA, PORQUE É NADA QUE PODEM E TÊM CAPACIDADE DE FAZER (DIRETAMENTE) POR MIM.

Isso me deixa profundamente triste, mas eu aceito o desafio de, apesar disso e com tudo isso, seguir em frente porque eu, mais do que ninguém, confio no meu potencial.
Nem dou mais tantas dicas aos meus colegas de trabalho porque a atitude (tantas vezes por demais sutil mas perceptível) deles em relação a minha capacidade me desanima para isso.

Tenho que investir em mim e não neles.

Talvez você me ache meio desequilibrada, meio confusa e sem saber o que quero da vida, mas...
Não quero mais ser alienada, por isso, sei que talvez nunca chegue a conhecer a mim mesma totalmente mas sei que preciso enfrentar meus medos para, ao menos, tentar me conhecer melhor. Não quero mais ser comparada e nem me comparar aos outros!

Não sigo a moda, não quero mais viver na escuridão e com medo do escuro. Quero me libertar!
SE MINHAS ATITUDES SÃO JULGADAS RIDÍCULAS É PORQUE ESTOU ENCARANDO A REALIDADE DE FRENTE E ME ACEITANDO COMO SOU E ISTO, AOS OLHOS DOS OUTROS, É RIDÍCULO!

"Mantenha seus pensamentos positivos, porque seus pensamentos tornam-se suas palavras. Mantenha suas palavras positivas, porque suas palavras tornam-se suas atitudes. Mantenha suas atitudes positivas, porque suas atitudes tornam-se seus hábitos. Mantenha seus hábitos positivos, porque seus hábitos tornam-se seus valores. Mantenha seus valores positivos, porque seus valores ... Tornam-se seu destino."
Mahatma Ghandi

Não posso dizer quem sou se me julgam APENAS pelo meu exterior.
Também não preciso viver das opiniões dos outros a meu respeito e dispenso aqueles que tem vergonha de mim por isso!

Na vida, aprendi que existem dois tipos de normalidade para o deficiente aprender a lidar:
A normalidade da sociedade que se acha (equivocadamente) sobre-humana, por isso fala que o deficiente não é normal e;
a normalidade da espécie humana: é nesta que eu me incluo, por isso não fico mais magoada e nem me sinto excluída quando alguém diz que eu não sou normal só porque tenho uma deficiência neurológica.

"Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tanta vez enquanto vivem,
são eternos como é a natureza".

Pablo Neruda

Encontrei uma pessoa que me aceita como sou e com quem posso reelaborar minha vida. Uma pessoa que me ama e por isso me ajuda a juntar os pedaços da minha vida e a resgatar o que deixei pra trás. Me ama em primeiro lugar como mulher, claro, mas sem esquecer que todos possuem algum tipo de deficiência, aceitável ou não por um modelo de sociedade fadada ao fim.
Por isso, quando o amor da minha vida não está, sinto falta da sua presença e do teu amor por ser quem eu sou. Obrigada por me permitir ser eu mesma e que podemos reencontrar juntos a cada momento nosso ponto de equilíbrio! EU TE AMO EDSON!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

É minha lei, é minha questao - Lutar e não saber se vou vencer

Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível

Negar quando a regra é vender

Sofrer a tortura implacável

Romper a incabível prisão
Voar num limite provável
Tocar o inacessível chão

É minha lei, é minha questão
Virar este mundo, cravar este chão

Não me importa saber

Se é terrível demais

Quantas guerras terei que vencer

Por um pouco de paz

E amanhã este chão que eu deixei

Por meu leito e perdão

Por saber que valeu

Delirar e morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição

E o mundo vai ver uma flor

domingo, 12 de outubro de 2008

Cidadania para o portador de deficiência, o que é?

http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/monografias/INTEGRACAO_INCLUSAO.pdf
"O direito de cidadania às pessoas portadoras de deficiência têm sido
desrespeitados em decorrência, entre outros fatores da desinformação sobre as deficiências e
dos inúmeros preconceitos e estigmas que povoam o imaginário coletivo, acerca das pessoas".
A frase acima é de autoria de uma professora em seu trabalho de conclusão de curso publicado na internet e, o qual, me fez pensar!
Felizmente existem profissionais da educação que têm consciência que pessoa portadora de deficiência também é gente! Além disso, é reconhecido que o exercício da plena cidadania (a prática dos direitos e deveres) têm sido desrespeitada!
Ainda eu tenho que ouvir que eu "tenho que respeitar para ser respeitada"! Será que só eu tenho que cuidar nas coisas que eu digo e que podem magoar as pessoas?
Infelizmente, ainda não construi totalmente minha idéia sobre isso, mas estou a caminho!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

NAPPI (Núcleo de Apoio e Pesquisa ao Processo de Inclusão) - Rua São Joaquim, 1278: Núcleo de Apoio e Pesquisa ao Processo de Inclusão

NAPPI (Núcleo de Apoio e Pesquisa ao Processo de Inclusão) - Rua São Joaquim, 1278: Núcleo de Apoio e Pesquisa ao Processo de Inclusão

Cotidiano Urbano

A política e a ecologia no cotidiano urbano

Em um bairro da cidade e em certa época de eleição, um grupo de amigos se dirigia até a zona eleitoral onde iriam votar naquele dia. No caminho, perceberam que havia pequenos papéis de campanha política espalhados pelo chão, nas ruas e nas calçadas. Os amigos tinham visto que, dias antes, a cidade estava limpa e bonita.
Eles se decepcionaram, pois a imagem da cidade que amavam tornou-se a de um lugar sujo e descuidado. Isto era uma agressão àquilo que acreditavam. Eles estavam sentindo um mal estar tremendo por estar andando em uma cidade que, principalmente em época de eleição e no dia do voto, mais parece um “lixão” a céu aberto.
Perplexo, um deles exclamou:
- Procuro conhecer bem o candidato em quem eu vou votar, não votaria em alguém que é conivente com a falta de consciência ecológica e que não possui nem uma noção de polidez.
O outro, sem entender direito por pensar que a ecologia consistia apenas na preservação da fauna e da flora, protestou:
- O que a ecologia tem a ver com isso?
Aquele respondeu:
- A ecologia abrange também as pequenas atitudes do nosso dia-a-dia que poderão contribuir para a manutenção do equilíbrio ambiental, ou seja, não jogar lixo no chão, nem que seja o menor pedaço de papel que você encontrar no bolso. Este pequeno gesto pode impedir contratempos em nosso cotidiano urbano. Um exemplo é o lixo que vai se acumulando pelas ruas e que, com as chuvas, entope os bueiros. Isto impede que a água escoe normalmente pela rede de esgoto.
O outro, surpreso com a dimensão que aquela atitude aparentemente inocente poderia causar, concluiu:
- Puxa, é mesmo! Muitas vezes vejo casas alagadas com a água suja que transbordou dos canos de esgoto. Além disso, vejo muito lixo flutuando junto com essa água, já não bastasse o lixo que fica retido nos canos, impedindo-a de escoar! Por isso, grande parte do dinheiro proveniente dos impostos que pagamos e que compõe o orçamento das cidades é gasto na reparação de danos que poderiam ser evitados apenas por evitar jogar lixo no chão! No fim, pagamos mais ainda do que já temos que pagar!
- É amigo! Não podemos nos calar porque, neste ato, cometemos o grave erro de nos omitir e de deixar outras pessoas decidir por nós o que influencia diretamente a nosso favor ou não. Pense: nisto estamos fazendo política da forma correta, não acha?!

Por: Angela Doris Bendlin

sábado, 23 de agosto de 2008

Persigo a mente milionária

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OS SEGREDOS
DA MENTE
MILIONÁRIA
T. Harv Eker
Se as suas finanças andam na corda bamba, talvez esteja na hora de você refletir sobre o
que T. Harv Eker chama de "o seu modelo de dinheiro" - um conjunto de crenças que cada um de
nós alimenta desde a infância e que molda o nosso destino financeiro, quase sempre nos levando
para uma situação difícil.
Neste livro, Eker mostra como substituir uma mentalidade destrutiva - que você talvez nem
perceba que tem - pelos "arquivos de riqueza", 17 modos de pensar e agir que distinguem os
ricos das demais pessoas.
Alguns desses princípios fundamentais são:
- Ou você controla o seu dinheiro ou ele controlará você.
- O hábito de administrar as finanças é mais importante do que a quantidade de dinheiro
que você tem.
- A sua motivação para enriquecer é crucial: se ela possui uma raiz negativa, como o
medo, a raiva ou a necessidade de provar algo a si mesmo, o dinheiro nunca lhe trará felicidade.
- O segredo do sucesso não é tentar evitar os problemas nem se livrar deles, mas crescer
pessoalmente para se tornar maior do que qualquer adversidade.
- Os gastos excessivos têm pouco a ver com o que você está comprando e tudo a ver com
a falta de satisfação na sua vida.
O autor também ensina um método eficiente de administrar o dinheiro.
Você aprenderá a estabelecer sua remuneração pelos resultados que apresenta e não pelas
horas que trabalha. Além disso, saberá como aumentar o seu patrimônio líquido - a verdadeira
medida da riqueza.
A idéia é fazer o seu dinheiro trabalhar para você tanto quanto você trabalha para ele. Para
isso, é necessário poupar e investir em vez de gastar. "Enriquecer não diz respeito somente a
ficar rico em termos financeiros", diz Eker.
"É mais do que isso: trata-se da pessoa que você se torna para alcançar esse objetivo."
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Sumário
- "Quem é, afinal, T. Harv Eker e por que devo ler este livro?"
PARTE 1
- O seu modelo de dinheiro
PARTE 2
- Os arquivos de riqueza
- Dezessete modos de pensar e agir que distinguem os ricos das outras pessoas
- "E o que eu faço agora?"
- Agradecimentos
"Quem é, afinal, T. Harv Eker e por que devo ler este livro?"
As idéias e os conceitos que apresento neste livro não são por si mesmos verdadeiros nem
falsos, não estão certos nem errados. Apenas refletem os resultados que obtive em minha
carreira e as conquistas que observei na vida de milhares de alunos meus. Creio que, aplicando
os princípios que descrevo aqui, você transformará a sua vida. Não se limite a ler este livro. Leve
a sério os conceitos e, depois, faça a sua própria experiência com eles. Guarde o que lhe for útil e
sinta-se à vontade para descartar o que não for.
No que se refere a dinheiro, este livro talvez seja o mais importante que você terá lido. Sei
que essa é uma afirmação ousada, mas acredito que ele contém o elo que faltava entre o desejo
e a conquista do sucesso. Como você já deve ter reparado, esses são dois mundos inteiramente
diferentes.
É provável que você já tenha lido outros livros, ouvido fitas e CDs, freqüentado cursos e
estudado diferentes métodos de como enriquecer com imóveis, ações ou negócios. Mas o que
aconteceu?
Para a maioria das pessoas, praticamente nada. Depois de um início promissor, tudo
voltou a ser como antes. Mas a resposta existe. Ela é simples, é garantida, e você não vai
conseguir driblá-la. Tudo se resume ao seguinte: se o "modelo financeiro" que existe no seu
subconsciente não estiver programado para o sucesso, nada que você aprenda, saiba ou faça
terá grande importância.
Vou desmistificar o motivo pelo qual algumas pessoas estão fadadas a serem ricas e
outras destinadas a uma vida de dureza. Você entenderá as raízes do sucesso, da mediocridade
e do fracasso financeiro e começará a mudar para melhor o seu futuro nessa área.
Saberá como as influências que recebemos na infância moldam o nosso modelo financeiro
e podem nos conduzir a pensamentos e hábitos auto-destrutivos. Aprenderá a fazer poderosas
declarações que ajudarão a substituir maneiras negativas de pensar por "arquivos de riqueza":
você passará a pensar - e a prosperar - como as pessoas ricas. Conhecerá também, passo a
passo, estratégias práticas para aumentar a sua renda e construir a sua riqueza.
Na parte 1, explico como cada um de nós está condicionado a pensar e agir nos assuntos
financeiros e esboço quatro estratégias-chave para você rever o seu modelo mental de dinheiro.
Na parte 2, examino as diferenças entre o modo de pensar das pessoas ricas e da grande maioria
das pessoas. Além disso, sugiro 17 atitudes e ações capazes de promover mudanças
permanentes na sua vida financeira.
E qual é a minha experiência? De onde venho? Sempre fui bem sucedido?
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Quem dera!
Assim como um grande número de pessoas, sempre tive muito potencial, mas os
resultados que conseguia eram poucos. Lia todos os livros, assistia a todos os seminários sobre
como prosperar. Eu queria muito ser bem-sucedido. Não sabia exatamente se era por causa do
dinheiro, da liberdade, do sentimento de realização ou apenas para provar a minha capacidade
aos meus pais.
De qualquer modo, vivia obcecado com a idéia de ser "um sucesso". Entre os 20 e os 30
anos de idade, comecei vários negócios, sempre com o sonho de fazer fortuna, no entanto os
meus resultados foram de fracos a péssimos.
Eu trabalhava sem parar, porém não decolava. Sofria da "doença do monstro do lago
Ness": embora ouvisse falar muito dessa coisa chamada lucro, nunca conseguia vê-lo. E
pensava: "Se eu montar o negócio certo, se pegar uma onda boa, me dou bem”. Mas estava
errado. Nada dava certo, pelo menos para mim. E foi a última parte dessa frase que acabou
chamando a minha atenção. Por que outras pessoas que atuavam no mesmo ramo estavam
conseguindo ter SUCESSO e eu continuava quebrado?
Tratei, então, de fazer um rigoroso exame de consciência. Analisando as minhas crenças,
observei que, apesar de dizer que queria ficar rico, eu tinha certas inquietações enraizadas a
respeito do dinheiro. Acima de tudo, sentia medo. Temia fracassar, ou pior, ter sucesso e acabar
perdendo tudo. Nesse caso, eu seria realmente um panaca. Pior, destruiria a única coisa que
soprava a meu favor: a lenda de que eu tinha um grande potencial. E se eu descobrisse que não
possuía as qualificações necessárias e estava condenado a uma vida de trabalho duro?
Depois, por sorte, recebi conselhos de um amigo da família, um homem extremamente
rico. Ele foi à casa dos meus pais jogar cartas e notou a minha presença. Na época eu estava
morando na "suíte do andar de baixo", também conhecida como o porão. Era a terceira vez que
eu voltava para casa. O meu pai deve ter falado com esse amigo sobre a minha lamentável
existência porque, quando ele me viu, tinha nos olhos aquela simpatia normalmente reservada
aos parentes de um morto.
Ele disse:
- Harv, eu comecei igual a você: um desastre completo.
"Fantástico, isso faz com que eu me sinta bem melhor", pensei.
Mas, antes que pudesse dizer qualquer coisa, ele prosseguiu:
- Mas recebi um conselho que mudou a minha vida e eu gostaria de transmiti-lo a você.
Harv, se as coisas não estão indo como você gostaria, isso quer dizer apenas que há algo que
você não sabe.
Na época eu era um jovem arrogante e achava que sabia tudo.
Porém - ai de mim - a minha conta bancária mostrava o contrário.
Comecei a prestar atenção. Ele continuou:
-Você sabia que a maioria das pessoas ricas pensa mais ou menos da mesma forma?
Eu disse:
- Não, nunca observei isso.
Ao que ele respondeu:
- Isso não é ciência exata, mas quase todos os ricos pensam de um jeito completamente
diferente das outras pessoas. O modo de pensar determina as ações dos indivíduos e,
conseqüentemente, os seus resultados. Você acredita que se pensasse como os ricos e agisse
como eles, conseguiria enriquecer também?
Lembro-me de ter respondido com a confiança de uma bola murcha:
- Acho que sim.
- Então - ele explicou -, tudo o que você precisa fazer é copiar o modo de pensar dos ricos.
Cético como eu era na época, perguntei:
- E no que você esta pensando neste momento?
A sua resposta foi:
- Estou pensando que os ricos cumprem os seus compromissos, e o meu neste momento é
com o seu pai. As pessoas estão me esperando para jogar. A gente se vê.
E foi embora. Mas as palavras dele ficaram na minha cabeça.
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Como nada estava dando certo para mim, pensei: "Por que não fazer o que ele disse?" E
me dediquei de corpo e alma ao estudo dos ricos e do seu modo de pensar. Aprendi tudo o que
podia sobre o funcionamento da mente humana, mas me concentrei principalmente na psicologia
do dinheiro e do sucesso. Descobri que, sim, era verdade: os ricos pensam de um modo diferente
das pessoas que não possuem dinheiro e até das que têm uma vida confortável em termos
financeiros. Acabei tomando consciência de como os meus pensamentos me empurravam para
longe da riqueza. E o mais importante: aprendi técnicas poderosas de recondicionamento mental
para passar a pensar da mesma forma que eles.
Até que um dia decidi: "Chega de teoria, agora vou colocar isso em prática." Resolvi tentar
outro negócio. Como estava envolvido com a área de saúde e exercícios físicos, abri uma das
primeiras lojas de equipamentos de ginástica da América do Norte. Mas não tinha dinheiro, então
precisei fazer um empréstimo de US$ 2 mil no cartão de crédito para abrir a empresa. Comecei a
aplicar o que havia aprendido, copiando as estratégias de negócios e o modo de pensar das
pessoas ricas. O meu primeiro passo foi me comprometer a fazer sucesso e a jogar para vencer.
Jurei manter o foco e jamais considerar a hipótese de sair do ramo antes de ficar milionário, quem
sabe até mais do que isso. Era um comportamento radicalmente diferente das minhas iniciativas
anteriores. Por pensar sempre no curto prazo, eu me desviava do rumo quando aparecia uma boa
oportunidade ou me desinteressava quando as coisas iam mal.
Comecei a contestar também a minha atitude mental sempre que tinha pensamentos
negativos ou contraproducentes na área financeira. No passado eu costumava acreditar que o
que a minha mente dizia era verdade. Mas havia aprendido que, muitas vezes, a minha própria
mente era o meu maior obstáculo ao sucesso. Decidi desprezar os pensamentos que não
reforçassem a visão que eu possuía da riqueza. Apliquei todos os princípios que você vai
aprender neste livro. Se deu certo? E como!
O meu negócio fez tanto sucesso que abri 10 lojas em apenas dois anos e meio. Depois,
vendi metade das ações da empresa para uma grande companhia por US$ 1,6 milhão e me
mudei para a ensolarada San Diego, na Califórnia. Tirei dois anos para aperfeiçoar as minhas
estratégias e começar a prestar consultoria de negócios a clientes em sessões individuais.
Acredito que esse trabalho tenha sido bastante eficaz, pois essas pessoas começaram a levar
amigos, parceiros e sócios às reuniões. Em pouco tempo, passei a orientar 10, às vezes 20,
clientes ao mesmo tempo.
Um deles sugeriu que eu abrisse uma escola. Considerei a idéia excelente. Fundei a Street
Smart Business School e ensinei a milhares de pessoas estratégias práticas de negócios para
fazer sucesso em alta velocidade.
Enquanto eu viajava realizando seminários, percebi algo Curioso. Às vezes, duas pessoas
se sentavam lado a lado na sala e aprendiam exatamente os mesmos princípios e estratégias.
Uma delas utilizava essas ferramentas e subia como um foguete rumo ao sucesso. A outra,
porém, não alcançava praticamente nenhum resultado.
Ficou óbvio que, mesmo de posse das ferramentas mais espetaculares do mundo, a
pessoa terá grandes problemas se houver um pequeno vazamento na sua "caixa de
ferramentas", isto é, na sua cabeça.
Por causa disso, formulei um programa chamado Seminário Intensivo da Mente Milionária,
que se fundamenta no jogo interno do dinheiro e do sucesso. A combinação do jogo interno (a
caixa de ferramentas) com o jogo externo (as ferramentas) fez com que os resultados de quase
todos os participantes melhorassem extraordinariamente.
É isto o que você vai aprender neste livro: como dominar o jogo interno do dinheiro para
ser bem-sucedido nele - isto é, como pensar da mesma forma que as pessoas ricas para ficar rico
também.
Costumavam me perguntar se o meu sucesso era "fogo de palha" ou uma conquista sólida.
Vou expor a questão da seguinte maneira: usando os mesmos princípios que ensino, ganhei
muitos milhões de dólares e me tornei multimilionário. Quase todos os meus negócios e
investimentos vão de vento em popa. Há quem diga que eu tenho o "toque de Midas", porque
tudo o que toco vira ouro.
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Essas pessoas estão certas, mas o que talvez elas não percebam é que o toque de Midas
é apenas outra maneira de mencionar um "modelo financeiro" programado para o sucesso -
exatamente o que você terá quando aprender esses princípios e colocá-los em prática.
No começo de cada Seminário Intensivo da Mente Milionária, eu geralmente pergunto aos
participantes: "Quantos de vocês vieram aqui para aprender?" Essa pergunta é uma pegadinha
porque, como diz o escritor Josh Billings: "Não é o que não sabemos que nos impede de vencer -
o nosso maior obstáculo é justamente o que já sabemos." Este livro é mais sobre "desaprender"
do que sobre aprender.
É essencial que você reconheça até que ponto os seus velhos modos de pensar e agir o
conduziram à situação em que você está agora. Se você já é verdadeiramente rico e feliz, ótimo.
Caso contrário, eu o convido a considerar algumas possibilidades que podem não se adequar ao
que você pensa que é certo ou apropriado para a sua situação.
E, por falar em confiança, adoro a história do homem que está caminhando à beira de um
penhasco quando, de repente, perde o equilíbrio escorrega e cai. Felizmente, ele tem a presença
de espírito de se agarrar a uma saliência do penhasco e ficar pendurado ali de forma
desesperadora. Depois de passar algum tempo nessa situação, começa a gritar por socorro:
- Há alguém aí em cima que possa me ajudar?
Não ouve nada. Ele continua gritando:
- Há alguém aí em cima que possa me ajudar?
Até que uma voz estrondosa responde:
- Sou Eu, Deus. Posso ajudá-lo. Solte-se e confie em Mim.
O que se ouviu em seguida foi:
- Há mais alguém aí em cima que possa me ajudar?
A lição é simples. Se você quer passar para um nível de vida mais elevado, tem que estar
disposto a abrir mão de alguns dos seus velhos modos de ser e pensar e adotar novas opções.
No fim, os resultados falarão por si mesmos.
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PARTE 1
O seu modelo de dinheiro
Vivemos num mundo de dualidades. Alto e baixo, claro e escuro, quente e frio, rápido e
lento, direita e esquerda são alguns exemplos dos milhares de pólOS opostos com que
convivemos. Para que um pólo exista, é necessário que o outro exista também. É possível haver
um lado direito sem que haja um lado esquerdo? Sem chance.
Portanto, se existem regras "externas" para o dinheiro, há também regras "internas" para
ele. As primeiras envolvem aspectos essenciais, como conhecimento comercial, administração
financeira e estratégias de investimento. Mas não menos fundamental é o jogo interno.
Vou fazer uma analogia com um carpinteiro e as suas ferramentas.
Ter as mais modernas ferramentas é indispensável para ele, porém ser um carpinteiro de primeira
categoria, capaz de utilizá-las com a habilidade de um mestre, é ainda mais importante.
Eu sempre digo: não basta estar no lugar certo na hora certa. Você tem que ser a pessoa
certa, no lugar certo, na hora certa.
Quem é você, então? Como você pensa? Quais são as suas crenças?
Quais são os seus hábitos e as suas características? Qual é a sua opinião sobre si
próprio? Quanta confiança você tem em si mesmo?
Como é o seu relacionamento com as pessoas? Até que ponto você confia nelas? Você
realmente acredita que merece ser rico? Qual é a sua capacidade de agir apesar do medo, da
preocupação, do incômodo, do desconforto? Você consegue ir em frente mesmo quando não está
disposto a fazer isso?
O fato é que o seu caráter, o seu pensamento e as suas crenças são os fatores que
determinam o seu grau de sucesso.
Stuart Wilde, um dos meus escritores favoritos, apresenta a questão da seguinte maneira:
"A chave do sucesso é despertar a própria energia, pois isso atrairá as pessoas até você. E,
quando elas aparecerem, fature!".
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Os seus rendimentos crescem na mesma medida em que você cresce!
Por que o seu modelo de dinheiro é importante?
Você já ouviu falar de pessoas que "desabrocham" financeiramente? Já notou que alguns
individuos ganham rios de dinheiro e depois perdem tudo, ou começam aproveitando uma
excelente oportunidade e, em seguida, deixam o bolo desandar? Agora você sabe qual é a
verdadeira causa desse problema. Por fora, parece má sorte, uma oscilação na economia, um
sócio desonesto, seja lá o que for. Por dentro, porém, a questão é outra. É por esse motivo que,
se uma pessoa ganha muito dinheiro sem estar interiormente preparada para isso, o mais
provável é que a sua riqueza tenha vida curta e ela acabe sem nada.
À maioria das pessoas simplesmente não tem capacidade interna para conquistar e
conservar grandes quantidades de dinheiro e para enfrentar os crescentes desafios que a fortuna
e o sucesso trazem.
É sobretudo por causa disso que elas não enriquecem.
Um bom exemplo são os que ganham em loterias. As pesquisas mostram continuamente
que, seja qual for o tamanho do prêmio, a maior parte desses felizardos acaba voltando ao seu
estado financeiro original, isto é, a ter a quantidade de dinheiro com a qual conseguem lidar com
mais facilidade.
No caso de quem enriquece pelo próprio esforço ocorre exatamente o contrário. Repare
que, quando um milionário desse tipo perde a fortuna, geralmente ele a refaz em pouco tempo.
Nesse aspecto, Donald Trump é um ótimo exemplo. Ele tinha bilhões de dólares e perdeu
cada centavo. Dois anos depois, recuperou tudo e até conseguiu mais.
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Como se explica esse fenômeno? É simples. Pessoas assim podem perder todo o dinheiro
que possuem, mas jamais perdem o ingrediente mais importante do seu sucesso: a mente
milionária.
No caso de Trump, a sua mente bilionária, é claro.
Você já percebeu que ele nunca poderia ser apenas um milionário? Como você acha que
ele se sentiria a respeito do seu sucesso financeiro se o seu patrimônio líquido fosse de US$ 1
milhão? Provavelmente, arruinado, um completo fracasso financeiro.
Isso acontece porque o "termostato" financeiro desse empresário está regulado para produzir
bilhões, e não milhões. Algumas pessoas têm um termostato financeiro programado para gerar
milhares, e não milhões; outras têm um termostato ajustado para criar algumas centenas.
Finalmente, existem aquelas cujo termostato financeiro está condicionado a funcionar
abaixo de zero - elas estão congelando e nem sabem por que.
A realidade é que a maior parte das pessoas não atinge o seu pleno potencial, não é bemsucedida.
As pesquisas mostram que 80% dos indivíduos jamais serão financeiramente livres
como gostariam e 80% deles nunca se considerarão de fato felizes.
O motivo é simples. As pessoas, na sua maioria, agem de forma inconsciente. Quase
dormem no ponto - trabalham e pensam num plano superficial da vida, baseadas somente no que
vêem. Elas vivem estritamente no mundo visível.
As raízes geram os frutos Imagine uma árvore. Suponha que seja a árvore da vida. Nela há
frutos. Na vida, os nossos frutos são os nossos resultados. Nós olhamos para eles e não
gostamos do que vemos - achamos que os frutos que produzimos são poucos, muito pequenos
ou que o seu sabor deixa a desejar.
O que tendemos a fazer, então? A maioria de nós dedica ainda mais atenção aos
resultados. Mas de onde eles vêm? São as sementes e as raízes que os geram.
É o que está embaixo da terra que cria o que está em cima dela.
É o invisível que produz o visível. E o que significa isso? Isso quer dizer que, se você quer
mudar os frutos, primeiro tem que trocar as raízes - quando deseja alterar o que está visível,
antes deve modificar o que está invisível.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Se você quer mudar os frutos, primeiro tem que trocar as raízes - quando deseja alterar o
que está visível, antes deve modificar o que está invisível.
Algumas pessoas dizem que é necessário ver para crer. A pergunta que tenho para elas é:
"Por que você paga a conta de luz?" Mesmo não vendo a eletricidade, você com certeza percebe
e utiliza o poder que ela tem. Se não estiver muito certo acerca da sua existência, experimente
colocar o dedo na tomada. Garanto que a sua dúvida desaparecerá imediatamente.
Aprendi com a experiência que as coisas que não vemos são muito mais poderosas do que
as que vemos. Talvez você não concorde com essa afirmação, mas tenho certeza de que você
sofrerá se não aplicar esse principio na sua vida. Por quê? Porque estará indo contra as leis da
natureza que dizem que o que está embaixo do solo gera o que está em cima dele, o que é
invisível cria o que é visível.
Como seres humanos, não estamos acima da natureza, somos parte dela. Portanto,
quando respeitamos as suas leis e cuidamos das nossas raízes - do nosso mundo interior -, a
vida flui suavemente.
Se não fazemos isso, viver se torna difícil.
Em toda floresta, fazenda, pomar, é o que está embaixo da terra que gera o que está na
superfície. Portanto, é inútil concentrarmos a atenção nos frutos que já estão maduros. Não
temos como mudar aqueles que já estão pendendo dos galhos, mas podemos modificar os que
ainda vão nascer. Para isso, precisamos cavar a terra e reforçar as nossas raízes.
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Os quatro quadrantes
Uma das coisas mais importantes que você deve entender é que não vivemos num único
plano da existência. A nossa vida acontece em pelo menos quatro remos distintos. Esses quatro
quadrantes são o mundo físico, o mundo mental, o mundo emocional e o mundo espiritual.
O que a maioria das pessoas nunca percebe é que o reino físico é apenas uma
"impressão" dos outros três.
Suponha que você tenha acabado de escrever uma carta no computador. Você aperta a
tecla "imprimir" e a carta aparece na impressora.
Em seguida, você examina a página e encontra um erro de digitação.
Você apaga o erro, redigita a palavra corretamente. Depois manda imprimir outra vez e lá
está o mesmo erro.
Mas como pode ser? Afinal, você acabou de corrigi-lo. Então, você apaga uma área maior.
Até consulta as 300 páginas do manual chamado Corrigindo erros de digitação com
eficácia.
Pronto, agora você tem todas as "ferramentas" e o conhecimento de que precisava.
Aciona o comando "imprimir" e lá está o erro de novo! "Ah!, essa não!", você grita,
perplexo. "Não é possível! O que está acontecendo? Será que entrei na quinta dimensão?"
O que está acontecendo é que o problema não pode ser corrigido na "impressão", no
mundo físico, mas apenas no "programa", nos mundos mental, emocional e espiritual.
Dinheiro é resultado, riqueza é resultado, saúde é resultado, doença é resultado, o seu
peso é resultado. Vivemos num mundo de causa e efeito.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Dinheiro é resultado, riqueza é resultado, saúde é resultado, doença é resultado, o seu
peso é resultado. Vivemos num mundo de causa e efeito.
Você já ouviu alguém dizer que a falta de dinheiro é um enorme problema? Na verdade,
ela nunca é um problema, e sim um sintoma do que está acontecendo embaixo da terra.
A falta de dinheiro é o efeito. Mas onde está a causa? Ela se resume ao seguinte: a única
maneira de mudar o seu mundo "exterior" é modificar o seu mundo "interior".
Quaisquer que sejam os seus resultados - abundantes ou escassos, bons ou maus,
positivos ou negativos -, lembre-se sempre de que o seu mundo exterior é apenas um reflexo do
seu mundo interior. Se as coisas não vão bem na sua vida exterior, é porque não estão indo bem
na sua vida interior. É simples assim.
Declarações: um poderoso segredo para a mudança.
Nos seminários uso técnicas de "aprendizado acelerado". Com elas, as pessoas aprendem
mais depressa e memorizam uma quantidade maior de ensinamentos. A chave é o envolvimento.
A abordagem que emprego segue o velho ditado: "Você se esquece daquilo que escuta;
você se lembra daquilo que vê; você entende aquilo que faz”.
Por isso, vou lhe pedir que, toda vez que você terminar a leitura de um princípio de riqueza,
faça uma declaração verbal. Em seguida, emita outra "declaração". O que é uma declaração?
Uma simples afirmação positiva pronunciada enfaticamente em voz alta.
Por que as declarações são uma ferramenta tão valiosa? Porque tudo o que existe é feito
de uma única coisa: energia. A energia sempre viaja em freqüências e vibrações. Assim, toda
declaração tem uma freqüência vibratória. Quando você faz uma declaração em voz alta, a
energia que ela libera vibra por todas as células do seu corpo.
Ela envia mensagens específicas não apenas para o universo como também para o seu
subconsciente. A diferença entre uma declaração e uma afirmação é pequena, mas, até onde sei,
poderosa. A afirmação é definida como "um enunciado positivo segundo o qual um objetivo que
você pretende alcançar já está se concretizando". Uma declaração é definida como "o anúncio
formal da intenção de empreender um dado curso de ação ou de adotar uma posição específica".
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A afirmação diz que determinado objetivo já está sendo alcançado. Não a vejo com bons
olhos porque, quase sempre, quando afirmamos alguma coisa que ainda não é real, uma voz
dentro da nossa cabeça costuma responder: "Isso não é verdade, é lorota”.
Por outro lado, declarar não é dizer que algo já é real, e sim que temos a intenção de fazer
ou de ser alguma coisa. É uma posição que a voz consegue aceitar, porque não estamos
afirmando que é verdade agora, mas um propósito para o futuro.
Uma declaração é também, por definição, formal. É a emissão formal de uma energia que
penetra no universo e percorre o nosso corpo.
Outra palavra importante da definição de declaração é ação.
Devemos executar todas as ações necessárias para que as nossas intenções se tornem
realidade. Recomendo que você faça as declarações em voz alta todo dia de manhã e à noite.
Devo admitir que, quando ouvi tudo isso pela primeira vez, eu disse: "Sem essa. Esse
negócio de declaração é muito artificial”.Mas, como na época eu estava quebrado, pensei: "Mas
que diabos, isso não vai doer!", e fui em frente. Como agora estou rico, não surpreende que eu
acredite que as declarações funcionam de verdade.
De qualquer forma, prefiro ser absolutamente crédulo e rico, do que absolutamente
incrédulo e duro. E você? Eu o convido a dizer:
DECLARAÇÃO
O meu mundo interior cria o meu mundo exterior.
Agora diga: Eu tenho uma mente milionária!
Qual é e como se formou o seu modelo de dinheiro?
Nos programas de rádio e de televisão de que participo nos Estados Unidos sou conhecido
por fazer a seguinte afirmação: "Em cinco minutos posso prever o futuro financeiro que você terá
pelo resto da sua vida".
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Em cinco minutos posso prever o futuro financeiro que você terá pelo resto da sua vida.
Como? Numa rápida conversa com uma pessoa, consigo identificar aquilo que chamo de
seu "modelo" de dinheiro e de sucesso.
Todos nós temos um plano de dinheiro e de sucesso inscrito no subconsciente. É esse
modelo, mais do que todas as outras coisas combinadas, o que determina o nosso futuro
financeiro.
E o que é o modelo de dinheiro? Vou fazer uma analogia com o projeto de uma casa, que
é o plano, ou o desenho preestabelecido, para aquela construção. Analogamente, o modelo de
dinheiro de uma pessoa é a sua programação, ou o seu modo de ser preestabelecido, com
relação às finanças.
Quero apresentar você a uma fórmula extremamente importante, que determina como
criamos a nossa realidade e a nossa riqueza. Muitos dos mais respeitados professores da área
de potencial humano usam-na como base dos seus ensinamentos. Ela se chama Processo de
Manifestação e tem a seguinte seqüência: Pensamentos conduzem a sentimentos.
Sentimentos conduzem a ações. Ações conduzem a resultados.
PRINCIPIO DE RIQUEZA
Pensamentos conduzem a sentimentos.
Sentimentos conduzem a ações.
Ações conduzem a resultados.
O modelo financeiro de uma pessoa consiste numa combinação dos seus pensamentos,
dos seus sentimentos e das suas ações em questões de dinheiro.
Como se forma, então, o modelo de dinheiro? A resposta é simples.
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Ele se constitui fundamentalmente da informação ou programação que a pessoa recebeu
no passado, sobretudo quando era criança.
Quais foram as fontes primárias dessa programação ou condicionamento? Para a maioria
de nós, a lista inclui pais, irmãos, amigos, figuras de autoridade, professores, líderes religiosos
mídia e cultura para mencionar alguns elementos.
Vejamos a cultura. Sabemos que algumas sociedades têm formas próprias de pensar
sobre o dinheiro e de lidar com ele, enquanto outras fazem isso de um modo diferente. Você
acredita que a criança já sai do ventre da mãe com as atitudes formadas em relação ao dinheiro
ou que ela é ensinada a lidar com ele? Acertou: toda criança é ensinada a pensar e agir no que
diz respeito às finanças.
O mesmo vale para você, para mim e para todas as pessoas.
Fomos ensinados a pensar e agir de determinada maneira no que se refere ao dinheiro.
Esses ensinamentos se transformaram no condicionamento, que são todas as respostas
automáticas que nos conduzem ao longo da vida. A menos, é claro, que sejamos capazes de
intervir e rever os arquivos de dinheiro que temos na cabeça.
É exatamente isso o que você fará ao longo da leitura deste livro e o que venho ensinando
a milhares de pessoas nos meus seminários.
Eu disse que pensamentos conduzem a sentimentos, sentimentos conduzem a ações e
ações conduzem a resultados. Nesse ponto surge uma pergunta interessante: de onde vêm os
seus pensamentos? Por que você pensa de modo diferente das outras pessoas?
Os seus pensamentos têm origem nos arquivos de informação que você guarda nos
compartimentos de armazenagem da sua mente. Mas de onde parte essa informação? Da sua
programação passada. É verdade, o seu condicionamento determina todos os pensamentos que
surgem na sua mente. É por isso que ele costuma ser chamado de mente condicionada.
Para incluir esse entendimento, o Processo de Manifestação pode agora ser ajustado da
seguinte maneira: P > P > S > A = R
A sua programação conduz aos seus pensamentos; os seus pensamentos conduzem aos
seus sentimentos; os seus sentimentos conduzem às suas ações; as suas ações conduzem aos
seus resultados.
Mudando a programação, você dá o primeiro e indispensável passo para modificar os seus
resultados.
E como ocorre o condicionamento? Ele se estabelece de três maneiras principais em todos
os campos da vida, inclusive no do dinheiro:
Programação verbal: o que você ouvia quando era criança?
Exemplo: o que você via quando era criança?
Episódios específicos: que experiências você teve quando era criança?
Como é muito importante que você entenda os três aspectos do condicionamento, vou
analisar cada um deles mais a fundo. Na parte 2, você aprenderá a se recondicionar para obter
riqueza e sucesso.
A primeira influência: programação verbal Na sua infância, que frases você ouvia a respeito
de dinheiro, riqueza e pessoas ricas?
Provavelmente algo como: o dinheiro é a fonte de todo mal, poupe para os dias ruins, os
ricos são gananciosos, os ricos são criminosos, os ricos são desonestos, você tem que dar duro
para ganhar dinheiro, não se pode ser rico e espiritualizado ao mesmo tempo, dinheiro não nasce
em árvore, o dinheiro fala mais alto, os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais
pobres, isso não é para o nosso bico, nem todo mundo pode ser rico, nunca se tem o bastante e
a infame frase não temos dinheiro para isso.
Na minha casa, toda vez que eu pedia dinheiro ao meu pai, ele respondia aos brados:
- Você acha que eu sou feito de quê? De dinheiros?
Rindo, eu dizia:
- Até que seria bom. Eu pegaria um braço, uma perna e até mesmo um dedo seu.
Ele nunca riu.
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Esse é o problema. Todas as frases que você ouviu sobre dinheiro quando era criança
permanecem no seu subconsciente como parte do modelo que governa a sua vida financeira.
O condicionamento verbal é extremamente poderoso. Por exemplo, um dia meu filho lesse,
que na época tinha três anos de idade, veio correndo até mim todo animado e disse: "Papai,
vamos ver o filme da tartaruga-ninja. Está passando aqui perto." Juro que não fazia a menor idéia
de como aquele pingo de gente já podia ser um craque em geografia. Duas horas depois, obtive a
resposta ao assistir ao anúncio do filme na televisão. A chamada final dizia: "Em cartaz num
cinema perto de você”.
Tive outro exemplo da força do condicionamento verbal por meio de um dos participantes
do Seminário Intensivo da Mente Milionária. Stephen não tinha nenhum problema em ganhar
dinheiro - a sua dificuldade era conservá-lo.
Na época em que se inscreveu no programa, ele embolsava mais de US$ 800 mil por ano,
o mesmo resultado dos nove anos anteriores. Apesar disso, ainda passava sufoco. Stephen dava
sempre um jeito de gastar o dinheiro, emprestá-lo ou perdê-lo em maus investimentos.
Fosse qual fosse a razão, o seu patrimônio líquido ainda era igual a zero.
Ele me contou que, quando era garoto, a sua mãe costumava dizer: "Os ricos são
gananciosos. Eles lucram com o suor dos pobres. A gente deve ter o suficiente para viver. Mais
do que isso é cobiça”.
Ninguém precisa ser um Einstein para perceber o que se passava no subconsciente de
Stephen. Não era de admirar que ele estivesse quebrado, pois fora verbalmente condicionado
pela mãe a acreditar que os ricos são gananciosos. Conseqüentemente, a sua mente ligava as
pessoas ricas à ambição desmedida, que é, evidentemente, má. Como ele não queria ser mau, o
seu subconsciente lhe dizia que não podia ser rico.
Stephen amava a mãe e não queria que ela o desaprovasse. É óbvio que, pelo sistema de
crenças dela, ele não teria a sua aprovação se ficasse rico. Assim, a única coisa que podia fazer
era livrar-se de todo o dinheiro que excedesse o estritamente necessário para o seu sustento - de
outra forma estaria sendo ganancioso.
Você deve estar pensando que, entre possuir riqueza e ter a aprovação da mãe ou de
quem quer que seja, a maioria das pessoas escolheria ser rica. Nem pensar. A mente humana
não funciona assim.
É claro que o dinheiro parece ser a escolha lógica. Mas, quando o subconsciente tem que
optar entre a lógica e as emoções profundamente enraizadas, as emoções quase sempre
vencem.
PRINCIPIO DE RIQUEZA
Quando o subconsciente tem que optar entre a lógica e as emoções profundamente
enraizadas, as emoções quase sempre vencem.
Retornando à história de Stephen. Em menos de 10 minutos de curso, usando técnicas
experiências extremamente eficazes, ele conseguiu mudar o seu modelo de dinheiro de modo
espetacular. Em apenas dois anos, passou de falido a milionário.
No seminário, Stephen começou a compreender que essas crenças negativas eram da sua
mãe e não suas, e se baseavam na programação que ela recebera no passado. Dei então um
passo à frente ajudando-o a criar uma estratégia para não perder a aprovação dela, caso ficasse
rico. Foi muito simples.
A mãe de Stephen sempre adorou praia. Ele investiu, então, numa casa no Havaí, de
frente para o mar. Ela vai para lá todo ano passar o verão e se sente no céu, e ele também.
Agora essa senhora considera fantástico o fato de o filho ser alguém bem-sucedido
financeiramente e não economiza elogios à sua generosidade.
Eu mesmo, depois de um início lento, ia bem nos negócios, mas nunca chegava a ganhar
dinheiro com ações. Ao tomar consciência do modelo de dinheiro que possuía, lembrei-me de
que, quando eu era garoto, todos os dias depois do trabalho o meu pai se sentava à mesa de
jantar com o jornal, examinava as páginas do mercado de capitais e batia com o punho na mesa,
reclamando: "Malditas ações!".
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Depois, ele passava há meia hora seguinte atacando a estupidez do sistema e mostrando
como as pessoas podem ter mais chances de ganhar dinheiro com jogos de loteria.
Agora que você já entende o poder do condicionamento verbal, consegue perceber por que
eu não era capaz de ganhar dinheiro com ações. Eu estava literalmente programado para
fracassar, para escolher a ação errada, pelo preço errado, na hora errada. Por quê?
Para validar subconscientemente o modelo de dinheiro que bradava: "Malditas ações!".
Tudo o que sei dizer é que, depois que arranquei essa erva daninha tremendamente tóxica
do meu "jardim financeiro" interno, comecei a colher os frutos. A partir do meu
recondicionamento, passei a escolher ações que se valorizavam e, desde então, continuei a ter
um admirável sucesso no mercado de capitais.
Parece incrível, mas, depois que a pessoa de fato compreende como o modelo de dinheiro
funciona, isso faz todo o sentido.
Repetindo: o condicionamento do seu subconsciente determina o seu pensamento. O seu
pensamento determina as suas decisões e estas determinam as suas ações, que, finalmente,
determinam os seus resultados.
São quatro os elementos-chave da mudança, todos essenciais para a reprogramação
do seu modelo de dinheiro. Eles são simples, porém muito poderosos.
O primeiro elemento da mudança é a conscientização.
Você não pode modificar uma Coisa cuja existência ignora.
O segundo elemento da mudança é o entendimento.
Compreendendo a origem do seu modo de pensar, você será capaz de reconhecer que ele
tem que vir de fora.
O terceiro elemento da mudança é a dissociação.
Ao constatar que esse modo de pensar não é seu, você tem a opção de mantê-lo ou largálo,
baseado em quem você é hoje e onde quer estar amanhã. Pode observar essa maneira de
pensar e vê-la como ela é - apenas um arquivo de informação armazenado na sua mente há
muito tempo que talvez não tenha mais um pingo de verdade nem de valor para você.
O quarto elemento é o recondicionamento.
Iniciarei esse processo na parte 2, em que apresento os arquivos mentais que criam a
riqueza. Agora, vou retornar à questão do condicionamento verbal e expor os passos que você
pode dar desde já para começar a rever o seu modelo de dinheiro.
Passos para a mudança: programação verbal
CONSCIENTIZAÇÃO - Escreva as frases que você ouvia sobre dinheiro, riqueza e
pessoas ricas quando era criança.
ENTENDIMENTO - Escreva sobre como essas frases vêm afetando a sua vida financeira
até hoje.
DISSOCIAÇÃO - Você percebe que esses pensamentos representam apenas o seu
aprendizado passado, que eles não são parte da sua anatomia, não são quem você é? Consegue
ver que o presente lhe dá a opção de ser diferente?
DECLARAÇÃO
As coisas que eu ouvia sobre dinheiro não são necessariamente verdadeiras. Opto por adotar
novas formas de pensar que contribuam para a minha felicidade e o meu sucesso.
Agora diga: Eu tenho uma mente milionária!
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A segunda influência: exemplos
A segunda maneira como somos condicionados é chamada de exemplo. Como se
comportavam os seus pais ou responsáveis em questões de dinheiro quando você era criança?
Eles cuidavam bem ou mal das finanças? Eram gastadores ou econômicos? Eram
investidores perspicazes ou nunca investiam? Eram propensos a arriscar ou conservadores?
Vocês tinham dinheiro sempre ou só esporadicamente? O dinheiro afluía com facilidade à
sua família ou era suado?
Era fonte de felicidade ou motivo de ásperas discussões?
Por que essa informação é importante? Você já deve ter ouvido a frase: "Macaco vê,
macaco faz”. Ora, nós, seres humanos, não ficamos muito atrás. Quando crianças, aprendemos
quase tudo a partir dos exemplos que nos dão.
Embora a maioria de nós odeie admitir o que vou dizer, ha uma boa dose de verdade no
velho ditado: "A fruta não cai longe da árvore”.
Isso me lembra a história da mulher que estava preparando o pernil para o jantar cortando
as duas pontas dessa peça de carne.
Sem entender, o marido lhe perguntou por que ela fazia isso. Ela respondeu: "Era assim
que a minha mãe fazia”. Justamente naquela noite a sua mãe foi jantar com eles. Os dois
aproveitaram para lhe perguntar por que ela sempre cortava as duas extremidades do pernil.
A mãe respondeu: "Porque era assim que a minha mãe fazia”. Então eles decidiram
telefonar para a avó dela e saber por que ela cortava as pontas do pernil. A resposta? "Porque a
minha panela era pequena".
A questão é: em matéria de dinheiro, tendemos a ser idênticos aos nossos pais - a um
deles em particular ou a uma combinação dos dois.
O meu pai, por exemplo, era empresário do ramo da construção civil. Construía de 12 a
100 casas por projeto. Cada um desses empreendimentos demandava um pesado investimento
de capital. O meu pai precisava empenhar tudo o que tínhamos para fazer empréstimos nos
bancos até as casas serem vendidas e o dinheiro começar a entrar. Por isso, toda vez que ele
dava início a um projeto, nós ficávamos mergulhados em dívidas e sem um tostão para gastar.
Como você pode imaginar, por essa época o humor do meu pai não era dos melhores nem
a generosidade era o seu forte.
Para tudo o que eu lhe pedia, mesmo que custasse só um centavo, a sua resposta padrão
depois de "Você acha que eu sou feito de dinheiro?". Era "Está maluco?". É claro que eu não
conseguia mais do que aquele olhar de "Nem pense em pedir outra vez".
Garanto que você sabe exatamente o que é isso. Essa situação durava um ano ou dois,
até as casas serem vendidas. Depois, ficávamos cheios da grana. Da noite para o dia, o meu pai
se transformava em outra pessoa. Ficava feliz, afável e extremamente generoso. Até me
perguntava se eu precisava de dinheiro.
Eu tinha ganas de lhe devolver aquele olhar da época das vacas magras, mas, como não
era bobo, dizia apenas: "Claro, pai, obrigado". E revirava os olhos.
A vida era boa até o maldito dia em que ele chegava em casa anunciando: "Encontrei um
ótimo terreno. Vamos construir novamente”.
Lembro-me muito bem de que eu costumava dizer "Fantástico, pai, boa sorte!”, com o
coração apertado por saber do período de dureza que teríamos pela frente.
Até onde consigo me lembrar, esse padrão já existia quando eu tinha seis anos de idade e
durou até os meus 21 anos, quando saí definitivamente de casa. Foi quando tudo mudou - pelo
menos era assim que eu pensava.
Nessa época, terminei os estudos e me tornei, como você há de imaginar, construtor.
Depois me meti em vários negócios relacionados com projetos de construção. Por algum
estranho motivo, após ganhar pequenas fortunas, em pouco tempo eu estava de novo na
pindaíba.
Então, começava outro negócio, sentia-me novamente no topo do mundo e, um ano
depois, me via mais uma vez no fundo do poço.
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Fiquei cerca de 10 anos nesse esquema de altos e baixos, até perceber que o problema
talvez não fosse o ramo de negócio em que eu estava, os sócios que escolhia, os empregados
que tinha, a situação econômica do país ou minha decisão de dar um tempo no trabalho e relaxar
quando as coisas iam bem.
Finalmente, reconheci que, talvez, estivesse inconscientemente revivendo os altos e baixos
do meu pai.
Graças a Deus, tive a oportunidade de aprender o que você está lendo neste livro e
consegui me recondicionar a abandonar o modelo ioiô e construir uma vida de prosperidade
crescente.
Até hoje sinto ânsia de mudar quando as coisas vão bem (e sabotar a mim mesmo no
processo), mas agora tenho na mente outro arquivo que observa esse sentimento e diz:
"Obrigado pela informação. Pode retomar a concentração e voltar ao trabalho”.
O exemplo seguinte vem de um dos participantes dos seminários.
Nunca vou me esquecer de um senhor que, em lágrimas, se aproximou de mim no final da
apresentação com a respiração ofegante e enxugando os olhos na manga da camisa. Olhei para
ele e perguntei:
- Qual é o problema, senhor?
Ele respondeu:
- Tenho 63 anos de idade. Leio livros e freqüento seminários desde que eles foram
inventados. Já escutei todo tipo de palestrante e tentei tudo o que eles sugeriram - ações,
imóveis, uma dúzia de negócios diferentes. Voltei à universidade e obtive um MBA. Tenho 10
vezes mais conhecimento do que a média das pessoas e jamais alcancei o sucesso financeiro.
Em todos esses anos, sempre comecei muito bem e acabei de mãos vazias e nunca soube
por quê. Eu me achava um completo idiota até hoje.
Depois de ouvir o que você falou e processar as informações, finalmente as coisas
começaram a fazer sentido. Não há nada errado comigo. Simplesmente trago o modelo de
dinheiro do meu pai gravado na mente, e esse tem sido o meu castigo. O meu pai perdeu tudo o
que possuía num negócio malsucedido. Todo dia ele saia de casa para procurar trabalho ou
tentar vender alguma coisa e voltava sem nada. Ah, se eu tivesse aprendido sobre modelos e
padrões de dinheiro há 40 anos. Quanta perda de tempo todo esse aprendizado e conhecimento.
E começou a chorar convulsivamente. Eu lhe disse:
- O seu conhecimento não é de forma nenhuma uma perda de tempo. Ele apenas ficou
latente, num canto do seu cérebro, à espera do momento oportuno para se manifestar. Agora que
o senhor formulou um "modelo de sucesso", tudo o que aprendeu ao longo da vida se tornará útil
e fará com que seja bem-sucedido.
A maioria de nós só sabe a verdade quando a escuta. Ele começou a ficar ofegante de
novo, depois foi se mostrando mais aliviado e passou a respirar profundamente. Em seguida, um
grande sorriso iluminou o seu rosto. Deu-me um forte abraço e disse:
- Obrigado, obrigado, obrigado.
Na última vez que tive notícias desse senhor, ele estava nas alturas: acumulara mais
riqueza nos últimos 18 meses do que nos últimos 18 anos. Para mim, isso é o máximo.
Repito: mesmo que você tenha todo o conhecimento e toda a qualificação do mundo, se o
seu modelo não estiver programado para o sucesso, você estará condenado financeiramente.
Nos seminários, recebo muitas pessoas cujos pais lutaram na Segunda Guerra Mundial ou
sofreram uma grande perda financeira.
Elas sempre se espantam ao perceber como as experiências dos pais influenciaram as
suas crenças e os seus hábitos a respeito do dinheiro.
Algumas delas gastam feito loucas porque, como dizem: "É muito fácil perder tudo, por isso
o melhor é desfrutar o dinheiro enquanto é possível". Outras fazem o caminho inverso: guardam o
que têm no cofre para os dias difíceis.
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Uma palavra de sabedoria: poupar para os dias difíceis parece uma boa idéia, mas pode
também criar grandes problemas. Um dos princípios que ensino nos cursos é o poder da
intenção. Se você está juntando dinheiro para os dias difíceis, o que acabará conseguindo?
Dias difíceis! Pare de fazer isso. Em vez de economizar para tempos ruins, concentre-se
em guardar para os dias felizes ou para o dia em que você alcançar a sua liberdade financeira.
Nesse caso, pela lei da intenção, é exatamente isso o que obterá.
Eu disse anteriormente que, em questões de dinheiro, a maioria das pessoas tende a se
identificar com os pais ou com um deles pelo menos, mas há também o outro lado da moeda. Há
quem acabe se tornando exatamente o oposto deles. Por que isso acontece? Será que as
palavras raiva e rebeldia têm algo a ver com essa história? Em suma, tudo depende do quanto a
pessoa se irritava com os pais.
Infelizmente, quando somos crianças não podemos dizer a eles: "Mamãe, papai, sentemse
aqui. Quero discutir uma coisa com vocês: não gosto da maneira como vocês lidam com o seu
dinheiro. Por isso, quando for adulto, vou agir de um modo totalmente diferente. Espero que
compreendam. Agora vão dormir. Tenham bons sonhos”.
Não, as coisas definitivamente não acontecem assim.
Pelo contrario: quando os nossos botões são apertados, geralmente tendemos a ficar
furiosos e a reagir com uma atitude do tipo: "Eu odeio vocês. Jamais serei como vocês. Quando
eu crescer, serei rico, terei tudo o que quero, gostem vocês ou não". Depois, vamos para o
quarto, batemos a porta e começamos a socar o travesseiro ou o que estiver ao alcance da mão
para extravasar a frustração.
Muitas pessoas nascidas em famílias pobres sentem raiva e se rebelam. Em geral, elas
vão à luta e enriquecem ou têm, pelo menos, o impulso de enriquecer. Mas há um pequeno
problema, que é na verdade um problemão. Mesmo que façam fortuna ou se matem de trabalhar
na tentativa de alcançar o sucesso, elas não costumam ser felizes. Por quê? Porque as raízes da
sua riqueza ou motivação para ganhar dinheiro são a raiva e o ressentimento.
Conseqüentemente, dinheiro e raiva tornam-se entidades associadas na sua mente:
quanto mais dinheiro elas têm ou lutam para ter, mais enraivecidas ficam. Até o dia em que a sua
consciência lhes diz: "Estou cansado de tanta raiva e de tanto estresse. Tudo o que eu quero é
paz e felicidade”.
Nesse ponto, as pessoas perguntam à mesma mente que criou aquela associação o que
fazer a respeito dessa situação. E a mente responde: "Para se livrar da raiva, será necessário dar
um fim ao seu dinheiro”. E é o que elas fazem: inconscientemente, livram-se dele.
Começam a gastar loucamente, a realizar maus investimentos, a pedir divórcios
desastrosos do ponto de vista financeiro ou a sabotar o próprio sucesso de outra forma. Mas não
importa, porque agora elas são felizes, certo? Errado. As coisas ficam ainda piores porque agora,
além de continuarem a sentir raiva, elas estão também na lona. Deram fim à coisa errada!
Livraram-se do dinheiro, e não da raiva - do fruto, e não da raiz -, quando a verdadeira
questão é, e sempre foi, a raiva que sentem dos pais. Enquanto esse sentimento permanecer,
elas nunca estarão verdadeiramente felizes ou em paz, não importa quanto dinheiro tenham ou
deixem de ter.
A sua razão, ou motivação, para enriquecer ou fazer sucesso é crucial. Se ela possui uma
raiz negativa, como o medo, a raiva ou a necessidade de provar algo a si mesmo, o dinheiro
nunca lhe trará felicidade.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
A sua razão ou motivação para enriquecer ou fazer sucesso é crucial. Se ela possui uma
raiz negativa, como o medo, a raiva ou a necessidade de provar algo a si mesmo, o
dinheiro nunca lhe trará felicidade.
Por quê? Porque nenhum desses problemas pode ser resolvido com dinheiro. Veja o caso
do medo, por exemplo. Nos seminários, costumo perguntar à platéia: "Quantos de vocês diriam
que o medo é a sua principal motivação para o sucesso?" Poucas pessoas erguem o braço.
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No entanto, quando eu pergunto "Quantos de vocês diriam que a segurança é uma das
suas principais motivações para o sucesso?", quase todos os presentes levantam a mão. Mas
preste atenção - a segurança e o medo são ambos motivados pelo mesmo fator.
A busca por segurança tem origem na insegurança, cujo fundamento é o medo.
Será que mais dinheiro dissipa o medo? Quem dera! A resposta é: absolutamente, não.
Por quê?
Porque o dinheiro não é a raiz do problema; o medo, sim. E o pior é que esse sentimento,
mais do que um problema é um hábito.
Portanto, ganhar mais dinheiro apenas mudará o tipo de temor que trazemos dentro de
nós.
Quando não possuímos nada, sentimos medo de não conseguir chegar lá ou de não
termos o suficiente. Se atingirmos um patamar qualquer, o medo passa a ser "E se eu perder tudo
o que consegui?", ou "Todo mundo vai querer o meu dinheiro", ou ainda "Vou ter que pagar uma
fortuna de impostos".
Em resumo, se não formos à raiz da questão e nos livrarmos do medo, nenhuma
quantidade de dinheiro será capaz de nos ajudar.
É claro que a maioria das pessoas, se pudessem escolher, prefeririam se preocupar com a
possibilidade de perder o dinheiro que possui a não ter um centavo, mas nenhuma dessas duas
hipóteses propicia um modo agradável de viver.
Assim como existem pessoas movidas pelo medo, há quem seja motivado a alcançar o
sucesso financeiro para provar que "é suficientemente capaz".
Vou tratar detalhadamente desse desafio na parte 2. Por enquanto, apenas entenda que
nenhuma quantidade de dinheiro jamais fará de você alguém competente.
O dinheiro não pode transformá-lo em algo que você já é. Volto a dizer: assim como
acontece com o medo, a necessidade de provar a sua competência o tempo todo acaba se
tornando o seu modo de viver. Nem passa pela sua cabeça que essa necessidade está
governando os seus atos.
Você se considera um grande realizador, um baita líder, uma pessoa determinada,
características que são todas excelentes. A questão que permanece é: por quê? Que motor está
na raiz de tudo isso?
No caso dos indivíduos movidos pela necessidade constante de provar que são capazes,
nenhuma quantidade de dinheiro consegue aliviar a dor daquela ferida interna que faz com que,
para eles, todas as coisas e todas as pessoas da sua vida não são "o suficiente".
Nem todo o dinheiro do mundo, nem qualquer outra coisa do gênero, serão o bastante para
quem não se sente capaz.
Mais uma vez: está tudo dentro de você. Lembre-se: o seu mundo interior reflete o seu
mundo exterior. Se você não se considera pleno, acabará confirmando essa crença e criando a
realidade de que não tem o suficiente.
Por outro lado, se você se sente uma pessoa plena, validará essa crença gerando
abundância. Por quê? Porque a plenitude é a sua raiz e ela se tornará o seu modo natural de
viver.
Desvinculando a sua motivação para ganhar dinheiro da raiva, do medo e da necessidade
de auto-afirmação, você poderá estabelecer novas associações para prosperar financeiramente
por meio do propósito, da contribuição e da alegria. Assim, nunca terá que se livrar do dinheiro
para ser feliz.
Ser rebelde ou ser o oposto dos seus pais na área financeira nem sempre é um problema.
Ao contrário, se você é um rebelde (geralmente o caso do segundo filho) e a sua família
tem hábitos negativos no que diz respeito ao dinheiro, é muito bom pensar e agir de forma oposta
a ela nessa questão.
Por outro lado, se os seus pais são bem-sucedidos e você está se voltando contra eles,
pode estar a caminho de enfrentar sérias dificuldades financeiras.
Em qualquer dos casos, o importante é reconhecer como o seu modo de ser se relaciona
com um dos seus pais ou com ambos em matéria de dinheiro.
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Passos para a mudança: exemplo
CONSCIENTIZAÇÃO -Pense no modo de ser e nos hábitos dos seus pais em relação à riqueza e
ao dinheiro. Liste por escrito em que aspectos você se considera igual a cada um deles ou o seu
oposto.
ENTENDIMENTO - Escreva sobre o efeito que esse exemplo vem causando na sua vida
financeira.
DISSOCIAÇÃO - Você compreende que esse modo de ser é apenas o seu aprendizado passado,
e não quem você é? Consegue perceber que tem a opção de ser diferente agora?
DECLARAÇÃO
O exemplo que tive a respeito do dinheiro era o modo de agir dos meus pais. A minha maneira de
fazer as coisas nessa área sou eu que escolho.
Agora diga: Eu tenho uma mente milionária!
A terceira influência: episódios específicos
A terceira forma básica de condicionamento são os episódios específicos. Que
experiências com dinheiro, riqueza e pessoas você teve quando criança? Elas são extremamente
importantes porque moldaram as crenças - ou melhor, as ilusões - que hoje governam a sua vida.
Vou dar um exemplo. Josey, uma enfermeira de sala de cirurgia, foi ao Seminário Intensivo
da Mente Milionária. Os seus rendimentos eram excelentes, mas ela sempre gastava tudo.
Quando cavamos um pouco mais fundo, ela falou de um episódio que vivera aos 11 anos
de idade. Estava com os pais e a irmã num restaurante chinês. A mãe e o pai começaram mais
uma das suas brigas por causa de dinheiro. De pé, o pai gritava e esmurrava a mesa com o
punho quando ficou vermelho, depois azul, e caiu no chão, vítima de um ataque cardíaco. Josey
era da equipe de natação da escola e tinha feito o treinamento de ressuscitação cardio-pulmonar.
Tentou de tudo, mas não adiantou. O pai morreu nos seus braços.
Desse dia em diante, a sua mente passou a associar o dinheiro à dor. Não admira que,
quando adulta, Josey tenha passado a se livrar subconscientemente de todo o dinheiro que
ganhava, na tentativa de dar um fim à dor. Outro dado interessante é o fato de ela ter se tornado
enfermeira. Por quê? Talvez ainda estivesse tentando salvar o pai.
No curso, nós a ajudamos a identificar e revisar o seu antigo modelo de dinheiro. Hoje ela
está a caminho de se tornar financeiramente independente. E não é mais enfermeira. Não que
não gostasse do trabalho, o problema é que estava nessa profissão pelo motivo errado. Hoje
Josey trabalha com planejamento financeiro personalizado, ajudando as pessoas a entender
como a programação passada governa todos os aspectos da sua vida financeira.
O próximo exemplo de episódio específico é mais pessoal.
Quando a minha mulher tinha oito anos de idade, toda vez que ela ouvia a buzina do
caminhão de sorvete na sua rua, corria até à mãe para pedir uma moedinha. E ouvia a seguinte
resposta: "Sinto muito, querida, eu não tenho. Peça ao seu pai”. Ele então lhe dava uma moeda e
ela ia comprar o sorvete, feliz da vida.
Toda semana essa mesma história se repetia. O que foi, então, que a minha mulher
aprendeu a respeito do dinheiro?
Primeiro, que são os homens que têm dinheiro. E o que você acha que ela esperava de
mim quando nos casamos? Exatamente: que eu lhe desse dinheiro. Só que agora ela não pedia
mais moedinhas! Já era uma mulher formada.
Segundo, ela aprendeu que mulher não tem dinheiro. Se a sua mãe (a deusa) não o tinha,
obviamente era assim que as coisas deviam ser. Para confirmar esse padrão, ela se livrava
subconscientemente de todo o dinheiro que ganhava. E era sempre precisa nesse aspecto.
Se eu lhe desse US$ 100, ela gastava US$ 100. Se lhe desse US$ 200, ela gastava US$
200, se lhe desse US$ 500, ela gastava US$ 500. Foi quando ela fez um dos meus cursos e
aprendeu tudo sobre a arte da alavancagem financeira. Eu lhe dava US$ 2 mil e ela gastava US$
10 mil! Tentei explicar: "Não, meu amor, com alavancagem quero dizer que nós deveríamos
receber US$ 10 mil, e não gastá-los”. Por alguma razão, esse conceito não se fixava na sua
mente.
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O único motivo pelo qual nós brigávamos era o dinheiro. Isso quase custou o nosso
casamento. O que não sabíamos era que dávamos significados inteiramente diferentes a ele.
Para a minha mulher, dinheiro correspondia a prazer imediato (como saborear um sorvete).
Eu, por outro lado, cresci com a crença de que ele devia ser acumulado para proporcionar
liberdade.
No que me dizia respeito, quando a minha mulher gastava dinheiro, ela estava acabando
com a nossa liberdade futura. E, do ponto de vista dela, sempre que eu a impedia de gastar,
estava tirando o seu prazer de viver.
Felizmente, aprendemos a reavaliar os nossos respectivos modelos financeiros e, mais
importante, a estabelecer um terceiro modelo específico para o nosso relacionamento.
Será que dá certo? Deixe-me responder da seguinte maneira: eu testemunhei três milagres
na minha vida:
1. O nascimento da minha filha.
2. O nascimento do meu filho.
3. O fim das minhas brigas com a minha mulher por causa de dinheiro.
As estatísticas mostram que a causa mais freqüente das separações e divórcios é o
dinheiro. E o principal motivo por trás das brigas não é o dinheiro em si mesmo, mas o conflito
entre "modelos de dinheiro!”. Não importa quanta grana você tenha ou deixe de ter. Se o seu
modelo não é compatível com o da pessoa com quem se relaciona, há um grande desafio à sua
frente. Isso vale para pessoas casadas, namorados, familiares e até sócios. O fundamental é
compreender que você está lidando com modelos, e não com dinheiro.
Uma vez que tenha identificado o modelo financeiro do seu parceiro ou da sua parceira,
conseguirá lidar com ele de um modo que satisfaça ambos.
O primeiro passo é se conscientizar de que os arquivos de dinheiro dessa pessoa são
provavelmente diferentes dos seus. Em vez de se aborrecer, procure compreender. Faça o
possível para saber o que é importante para ela nessa área e identifique as suas motivações e os
seus receios. Assim, estará lidando com as raízes e não com os frutos, e terá uma boa chance de
solucionar o problema. Do contrário, perca a esperança.
Passos para a mudança: episódios específicos
Há um exercício que você pode fazer com o seu parceiro ou com a sua parceira. Sentemse
e falem sobre as histórias envolvendo dinheiro que cada um de vocês tem na memória - o que
ouviam quando crianças, os respectivos modelos familiares e quaisquer episódios emocionais
específicos que tenham vivido. Descubram também o que o dinheiro realmente significa para
ambos: prazer, liberdade, segurança, status.
Isso os ajudará a identificar os seus modelos de dinheiro atuais e descobrir os motivos das
suas divergências nessa questão.
Em seguida, falem a respeito do que vocês querem hoje, não como indivíduos, mas como
parceiros. Cheguem a um acordo e decidam sobre os seus objetivos gerais e as suas atitudes em
relação a dinheiro e sucesso. Depois, escrevam num papel uma lista das ações que os dois
consideram positivas para guiar a sua vida. Prendam o papel na parede e, sempre que houver um
problema, lembrem-se mutuamente e com toda a gentileza daquilo que vocês decidiram juntos
quando conversaram de maneira objetiva, desapaixonada e livre das garras dos seus antigos
modelos de dinheiro.
CONSCIENTIZAÇÃO - Pense num episódio emocional específico a respeito de dinheiro que você
tenha vivido quando criança.
ENTENDIMENTO - Escreva sobre como esse episódio pode ter afetado a sua vida financeira
atual.
DISSOCIAÇÃO - Você compreende que esse modo de ser é apenas o seu aprendizado passado
e não quem você é? Consegue perceber que tem a opção de ser diferente agora?
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DECLARAÇÃO
Eu me liberto das minhas experiências passadas negativas com dinheiro e crio para mim um
futuro novo e rico.
Agora diga: Eu tenho uma mente milionária!
Afinal, o que está programado no seu modelo de dinheiro?
É hora de responder à pergunta que vale um milhão. Qual é o seu atual modelo de dinheiro
e sucesso e para quais resultados ele está dirigindo você subconscientemente? Você está
programado para o sucesso, para a mediocridade ou para o fracasso financeiro?
Está programado para viver na dureza ou para fazer fortuna? Está programado para
batalhar por dinheiro ou para trabalhar de forma equilibrada? Você está condicionado a ter um
rendimento estável ou flutuante?
Já sabe do que se trata: primeiro você tem, depois não tem, depois tem, depois não tem.
Sempre parece que as causas dessa drástica variação vêm do mundo exterior. Por
exemplo: "Eu tinha um ótimo emprego, mas a empresa faliu. Então comecei o meu próprio
negócio”.
As coisas iam de vento em popa, porém o mercado encolheu. O meu negócio seguinte ia
muito bem até o meu sócio sair", etc. Não se iluda, esse é o seu modelo em operação.
Você está programado para ter uma renda baixa, uma renda média ou uma renda alta? Sabia que
existem quantidades de dinheiro que a maioria das pessoas está programada para receber? Você
está programado para ganhar de R$ 30 mil a R$ 40 mil por ano? De R$ 50 mil a R$ 60 mil? De
R$ 80 mil a R$ 100 mil? De R$ 200 mil a R$ 300 mil? Mais de R$ 350 mil?
Alguns anos atrás, numa das minhas palestras, havia na platéia um cavalheiro
inusitadamente bem vestido. Quando terminei a apresentação, ele veio até mim e perguntou se
eu achava que o Seminário Intensivo da Mente Milionária poderia fazer algo por ele,
considerando que os seus rendimentos já eram de US$ 500 mil por ano. Perguntei-lhe há quanto
tempo ele ganhava esse valor. Ele respondeu: "Há sete anos seguidos."
Era tudo o que eu precisava ouvir. Perguntei-lhe, então, por que ele não ganhava US$ 2
milhões por ano. Disse-lhe que os princípios que ensino são destinados a pessoas que desejam
atingir o seu pleno potencial financeiro e lhe pedi que pensasse no motivo pelo qual ele estava
parado no meio milhão. Ele decidiu participar do seminário.
Um ano depois, recebi dele um e-mail que dizia: "O meu aprendizado foi incrível, mas
cometi um erro. Reprogramei o meu modelo de dinheiro para ganhar apenas US$ 2 milhões por
ano, como discutimos. Como já cheguei lá, estou me reprogramando para obter US$ 10 milhões
anuais”.
A questão é: o seu rendimento anual não importa. O que interessa saber é se você está
atingindo o seu pleno potencial financeiro ou não.
Talvez você esteja se perguntando por que diabos uma pessoa precisa de tanto dinheiro.
Primeiro, a própria pergunta não é francamente positiva para a sua riqueza, mas um sinal
de que você deve rever o seu modelo de dinheiro. Segundo, o principal motivo pelo qual aquele
senhor queria ganhar tudo aquilo era aumentar as suas doações a uma instituição de caridade
que ajuda vítimas da AIDS na África. Um golpe na crença de que as pessoas ricas são
gananciosas.
Vamos em frente. Você está programado para economizar dinheiro ou para gastá-lo? Está
programado para administrá-lo bem ou para administrá-lo mal?
O seu condicionamento o leva a escolher investimentos de sucesso ou a entrar em
"roubadas"? Talvez você esteja se perguntando: "Como é possível que o fato de eu ganhar ou
perder dinheiro na bolsa de valores ou em imóveis esteja inscrito no meu modelo?" É simples.
Quem escolhe as ações? As propriedades? Você. Quem decide quando comprá-las?
Você. Quem decide quando vendê-las? Você. Acredito que você tem algo a ver com tudo
isso.
Tenho um conhecido chamado Larry que é um verdadeiro imã quando se trata de ganhar
dinheiro. Definitivamente, o seu modelo é de rendimentos elevados. Mas, quando a questão é
investir o próprio dinheiro, Larry tem o beijo da morte.
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Tudo o que ele compra despenca como uma avalanche. (Você acredita que o pai dele
tinha o mesmo problema?) Eu me mantenho em estreito contato com ele para lhe pedir conselhos
financeiros. São sempre perfeitos, ou melhor, perfeitamente errados! Tudo o que Larry sugere eu
faço ao contrário.
Observe, porém, como algumas pessoas parecem ter o que chamei de toque de Midas.
Tudo o que elas tocam se converte em ouro. As duas síndromes, o toque de Midas e o
beijo da morte, não são senão manifestações opostas do modelo financeiro.
Volto a dizer: o seu modelo de dinheiro determinará a sua vida financeira - e até a sua vida
pessoal.
Se você é uma mulher cujo modelo de dinheiro está programado para rendimentos baixos,
o mais provável é que atraia um homem que também apresente esse tipo de programação, para
que você possa permanecer na situação financeira em que se sente confortável e validar o seu
modelo.
Caso você seja um homem cujo modelo de dinheiro está programado para rendimentos
baixos, o mais provável é que atraia uma mulher gastadora que arrase a sua conta bancária, para
que você possa permanecer na situação financeira em que se sente confortável e legitimar o seu
modelo.
A maioria das pessoas acredita que o sucesso nos negócios depende fundamentalmente
das suas qualificações e dos seus conhecimentos, ou, pelo menos, da sua perspicácia em
identificar as melhores oportunidades em termos comerciais. Odeio ter que lhe dizer que isso não
é bem assim. O sucesso do seu negócio depende do seu modelo de dinheiro.
Você sempre o validará. Se ele está programado para lhe dar R$ 30 mil anuais, essa é a
medida precisa do êxito que você obterá com ele - o suficiente para lhe garantir R$ 30 mil por
ano.
Se você é vendedor e tem um modelo programado para ganhar R$ 100 mil por ano e
consegue fechar um grande negócio que lhe renderá R$ 150 mil, acontecerá o seguinte: ou a
venda será cancelada ou, caso você receba os R$ 150 mil, o ano seguinte será péssimo para
compensar e levá-lo de volta ao nível do seu modelo financeiro.
Por outro lado, caso você esteja programado para ganhar R$ 150 mil e tenha passado dois
anos na pior, não se preocupe: você vai recuperar tudo o que não conseguiu receber. Será
necessariamente assim, é a lei subconsciente da relação entre a mente e o dinheiro.
Talvez você siga uma intuição e faça um bom negócio no mercado de capitais ou acerte
em outra investida qualquer. Não importa o que seja: de um jeito ou de outro, se você está
programado para ganhar R$ 150 mil por ano, no fim é isso que vai ter.
E como você pode descobrir a programação do seu modelo de dinheiro? Uma das
maneiras mais óbvias é examinar os seus resultados. Analise a sua conta bancária. Analise a sua
renda. Analise o seu patrimônio líquido. Analise o êxito dos seus investimentos.
Analise o seu sucesso nos negócios. Analise se você é um gastador ou um poupador.
Analise se você administra bem as suas finanças. Analise até que ponto os seus
rendimentos são estáveis ou flutuantes. Analise o quanto você dá duro para ganhar dinheiro.
Analise os seus relacionamentos que envolvem dinheiro.
O seu dinheiro é suado ou chega a você com facilidade? Você tem um negócio ou um
emprego? Você fica muito tempo no mesmo negócio ou emprego ou muda com freqüência?
O modelo de dinheiro funciona como um termostato.
Se a temperatura da sala é 22 graus, é provável que o termostato esteja regulado para 22
graus. E é nesse ponto que a questão fica interessante. É possível, considerando o fato de que a
janela está aberta e faz frio lá fora, que a temperatura da sala caia e atinja 18 graus? É claro, mas
o que acontecerá no fim? O termostato será acionado e ela voltará aos 22 graus.
É possível também, considerando o fato de que a janela está aberta e faz calor lá fora, que
a temperatura da sala suba e chegue a 25 graus?
É claro que sim, mas o que acontecerá no fim? O termostato será acionado e ela retornará
aos 22 graus.
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A única maneira de mudar permanentemente a temperatura da sala é "zerar" o termostato.
De modo análogo, a única maneira de modificar permanentemente o seu nível de sucesso
financeiro é zerar o seu termostato financeiro, também conhecido como modelo de dinheiro.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
A única maneira de mudar permanentemente a temperatura da sala é "zerar" o termostato.
De modo análogo, a única maneira de modificar permanentemente o seu nível de sucesso
financeiro é zerar o seu termostato financeiro, também conhecido como modelo de
dinheiro.
Você pode tentar o que for - desenvolver os seus conhecimentos em negócios, marketing,
vendas, negociações e administração e tornar-se especialista em imóveis ou ações. Essas são
ótimas ferramentas. Mas, no fim, se a sua caixa de ferramentas interna não for grande e forte o
suficiente para ajudá-lo a ganhar e conservar quantidades substanciais de dinheiro, todas as
ferramentas do mundo lhe serão inúteis.
Repito, é uma simples questão de aritmética: "Os seus rendimentos crescem na mesma
medida em que você cresce”.
Felizmente, ou quem sabe infelizmente, o seu modelo de dinheiro e sucesso tenderá a
permanecer com você para o resto da vida - a não ser que seja modificado e transformado. E é
exatamente disso que vou continuar tratando na parte 2.
Lembre-se de que o primeiro elemento de toda mudança é a conscientização. Faça uma
auto-análise, conscientize-se, observe os seus pensamentos, os seus medos, as suas crenças,
os seus hábitos, as suas atitudes e a sua inação.
Coloque-se sob a lente de um microscópio. Estude-se.
A maioria de nós acredita que vive uma vida baseada em escolhas, mas em geral isso não
é verdade. Mesmo sendo pessoas esclarecidas, ao longo de um dia tomamos poucas decisões
que refletem a consciência que temos de nós mesmos naquele momento. Na maior parte do
tempo somos como robôs: agimos no automático, dirigidos por condicionamentos passados e por
velhos hábitos. É nesse ponto que entra a conscientização.
A consciência observa os nossos pensamentos e as nossas ações para que vivamos das
escolhas verdadeiras feitas no momento presente em lugar de sermos governados por uma
programação proveniente do passado.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
A consciência observa os nossos pensamentos e as nossas ações para que vivamos das
escolhas verdadeiras feitas no momento presente em lugar de sermos governados por
uma programação proveniente do passado.
Portanto, adquirindo consciência, você poderá viver do que é hoje em vez do que foi
ontem; conseguirá reagir apropriadamente às situações que se apresentam, fazendo uso de toda
a gama e de todo o potencial das suas qualificações e dos seus talentos em vez de reagir de
forma inadequada aos acontecimentos, impelido por medos e inseguranças do passado.
Uma vez consciente, conseguirá ver a sua programação tal como ela é: meras gravações
de informações recebidas e aceitas no passado, quando você era muito jovem para conhecer
algo melhor.
Entenderá que esse condicionamento não é quem você é, mas quem escolheu ser;
compreenderá que você não é a "gravação", é sim o "gravador"; que não é o "conteúdo" do copo,
mas o próprio copo.
De fato, a genética pode ter influência nisso tudo e, é claro, os aspectos espirituais também
desempenham o seu papel, porém boa parte do modelo de pessoa que você é provém das
crenças e informações de outras pessoas.
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Como já disse, as crenças não são necessariamente verdadeiras nem falsas, nem certas
nem erradas - mas, sejam ou não válidas, elas são opiniões que foram transmitidas
repetidamente e, depois, passadas de geração em geração, até chegarem a você.
Sabendo disso, basta renunciar de forma consciente a qualquer conceito que não o ajude a
conquistar a riqueza e substituí-lo por outros que façam isso.
Como disse o meu amigo e escritor Robert G. Allen num dos meus seminários: "Nenhum
pensamento mora de graça na cabeça de ninguém - todos eles são investimentos OU Custos. Ou
levam a pessoa na direção da felicidade e do sucesso ou a afastam dessas duas coisas - ou a
fortalecem ou a enfraquecem".
Por isso é indispensável que você escolha sabiamente os seus pensamentos e as suas
crenças. Conscientize-se de que eles não são quem você é, tampouco estão necessariamente
ligados a você.
Por mais preciosos que pareçam, não tem mais importância e significado do que aqueles
que você lhes confere. Nada tem significado, exceto aquele que nós mesmos atribuímos às
coisas.
Se o seu verdadeiro objetivo na vida e decolar rumo ao sucesso, não acredite numa só
palavra que você mesmo disser. E, se deseja clareza instantânea, não creia num só pensamento
seu.
Caso você seja como a maioria das pessoas, vai acreditar em algo nesse ínterim, portanto
pode perfeitamente adotar para si mesmo crenças positivas, enriquecedoras. Lembre - se:
pensamentos conduzem a sentimentos, que conduzem a ações, que conduzem a resultados.
Você pode optar por pensar e agir como as pessoas ricas e, desse modo, conquistar
resultados semelhantes aos que elas alcançam.
A questão é: como pensam e agem as pessoas ricas? É exatamente isso o que mostrarei
na parte 2. Se você quer mudar para sempre a sua vida financeira, prossiga.
DECLARAÇÃO
Observo os meus pensamentos e só alimento aqueles que me fortalecem.
Agora diga: Eu tenho uma mente milionária!
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PARTE 2
Os arquivos de riqueza
Dezessete modos de pensar e agir que distinguem os ricos das outras pessoas
Na parte 1, abordei o Processo de Manifestação. Lembre-se: pensamentos conduzem a
sentimentos, sentimentos conduzem a ações e ações conduzem a resultados. Tudo tem início
com os pensamentos. Não é espantoso que, embora esse poderoso mecanismo seja a base da
nossa vida, a maioria de nós não faz a menor idéia de como ele funciona? Comece dando uma
rápida olhada em como a sua mente trabalha. Metaforicamente falando, ela não é nada mais do
que um grande armário cheio de arquivos, similar ao que você talvez tenha em casa ou no
escritório. Toda informação que entra ali é etiquetada e guardada nesses arquivos de fácil acesso
para ajudar na sua sobrevivência. Você percebeu? Eu não disse prosperidade, disse
sobrevivência.
Em cada situação, você recorre a esses arquivos mentais para determinar a sua reação.
Digamos, por exemplo, que se trate de uma oportunidade financeira. Você vai
automaticamente até os arquivos que têm a etiqueta dinheiro e, com base neles, decide o que
fazer. Os seus únicos pensamentos possíveis a respeito desse assunto são aqueles
armazenados nessas pastas, ou seja, elas contêm tudo o que está guardado na sua mente sob
essa categoria.
As suas decisões se fundamentam naquilo que lhe parece lógico, sensato e apropriado
naquele momento. Então você faz o que acredita ser a escolha certa. O problema, no entanto, é
que a escolha certa pode não ser uma escolha bem-sucedida. Na verdade, aquilo que faz total
sentido para você pode produzir péssimos resultados.
Digamos que a minha mulher está no shopping center e vê uma bolsa verde em promoção
com 25% de desconto. Ela se dirige imediatamente aos arquivos da sua mente com a pergunta:
"Devo comprar esta bolsa?".
Numa fração de segundo, eles lhe dão a resposta:
"Você anda procurando uma bolsa verde para combinar com o sapato que comprou na
semana passada. Além disso, esta tem o tamanho ideal. Compre-a”. Ela se encaminha para o
balcão sentindo-se emocionada, afinal vai comprar a linda bolsa, e também orgulhosa, pois a está
adquirindo com 25% de desconto.
Na mente da minha mulher, essa compra faz total sentido. Ela quer a bolsa, acredita que
precisa dela e, ainda por cima, que aquele é um "grande negócio". No entanto, em nenhum
momento a sua mente encontrou o seguinte pensamento: "É verdade, esta bolsa é muito linda e,
caramba, é uma verdadeira pechincha! Mas, como neste momento estou com um débito imenso
no cartão de crédito, é melhor eu me segurar".
A minha mulher não se deparou com essa informação porque esse dado não está em
nenhum arquivo dentro da sua cabeça.
A pasta "Quando você estiver devendo, evite comprar" nunca foi armazenada na sua
mente, portanto essa opção simplesmente não existe.
Percebeu? Se no seu armário só existem arquivos desfavoráveis ao sucesso financeiro,
essas serão as únicas opções à sua disposição: escolhas naturais, automáticas e que farão total
sentido para você, mas cujo resultado final será um problema muito maior ou, na melhor das
hipóteses, alguma coisa medíocre. Inversamente, se na sua mente há arquivos favoráveis ao
sucesso financeiro, você tomará, de forma natural e automática, decisões que conduzem a ele.
Nem precisará refletir sobre o assunto. O seu modo normal de pensar resultará numa ação
bem-sucedida da mesma forma que o modo normal de pensar de Donald Trump produz riqueza.
Não seria fantástico se você fosse naturalmente capaz de pensar como os ricos em
matéria de dinheiro? Desejo muito que a sua resposta a essa pergunta tenha sido "com certeza"
ou algo semelhante.
Sim, você é capaz.
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Como disse anteriormente, o primeiro passo para qualquer mudança é a conscientização.
Isto é, o ponto de partida para pensar da mesma forma que os ricos é saber como eles pensam.
As pessoas ricas pensam de um modo muito diferente de quem tem uma mentalidade
pobre ou uma visão de classe média. Os seus pensamentos se distinguem em matéria de
dinheiro, de riqueza, de si próprias, de outras pessoas e de praticamente todos os aspectos da
vida.
Nesta parte do livro, vou mostrar algumas dessas diferenças e, para auxiliá-lo no seu
recondicionamento, instalarei na sua mente "17 arquivos de riqueza" alternativos. Novos arquivos
possibilitam novas escolhas. Eles o ajudarão a perceber quando você estiver raciocinando como
um indivíduo de mentalidade pobre ou como alguém que tem uma visão de classe média e a
mudar conscientemente o seu foco para o modo de pensar das pessoas ricas. Lembre-se: você
pode optar por maneiras de pensar favoráveis à sua felicidade e ao seu sucesso e deixar de lado
as formas negativas.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Você pode optar por maneiras de pensar favoráveis à sua felicidade e ao seu sucesso e
deixar de lado as formas negativas.
Antes de começar, quero fazer alguns esclarecimentos.
Primeiro, não tenho a menor intenção de menosprezar quem dispõe de poucos recursos
financeiros nem desejo dar a impressão de que não me sensibilizo com a sua situação. Não
considero os ricos melhores do que ninguém: eles apenas têm mais dinheiro. Por outro lado, em
alguns casos, para me assegurar de que você captará a mensagem, utilizo exemplos mais
incisivos para diferenciar o modo como as pessoas pensam.
Segundo, sempre que menciono indivíduos ricos, pessoas que vivem com grandes
dificuldades financeiras e indivíduos que têm uma vida apenas satisfatória no que se refere às
finanças, estou me referindo unicamente à sua mentalidade, à sua maneira característica de
pensar e agir, e não à quantidade de dinheiro que elas têm ou ao seu valor para a sociedade.
Terceiro, exponho a questão de maneira generalizada. Sei muito bem que nem todo rico,
assim como nem toda pessoa que dispõe de recursos financeiros limitados ou simplesmente
satisfatórios, é como apresento em alguns exemplos. Repito, o meu objetivo é destacar as
diferenças entre as mentalidades para ter certeza de que você entenderá OS princípios e
conseguirá utilizá-los.
Quarto, de modo geral, menciono com menos freqüência a visão de classe média, porque
esta costuma ser um híbrido da forma como os ricos pensam e da mentalidade pobre. O meu
propósito, insisto, é que você se conscientize do lugar que ocupa na escala e raciocine como os
ricos, caso queira ser um deles.
Quinto, você pode ter a impressão de que muitos princípios desta seção do livro têm mais
a ver com hábitos e ações do que com formas de pensar. Lembre-se: as suas ações provêm dos
seus sentimentos, que provêm dos seus pensamentos. Conseqüentemente, toda ação que
conduz à riqueza é precedida de um modo de pensar que segue essa mesma direção.
Finalmente, quero que se disponha a abrir mão da idéia de que está certo. Ou seja, que
aceite deixar de fazer as coisas do seu modo. Por quê? Porque a sua forma de agir fez com que
você chegasse exatamente à situação em que está agora. Caso deseje um pouco mais dessa
mesma experiência, continue a se conduzir à sua maneira. Mas, se ainda não enriqueceu, talvez
seja hora de considerar uma alternativa indicada por alguém que tem muito dinheiro e já colocou
milhares de pessoas na estrada da fortuna. A decisão é sua.
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Os conceitos que ensino são simples, porém muito profundos.
Eles proporcionam mudanças reais, para pessoas reais, no mundo real. Como é que eu
sei?
Na minha empresa, a Peak Potentials Training, todo ano recebemos milhares de cartas e
e-mails que relatam como cada um dos arquivos de riqueza modificou a vida das pessoas.
Se você aprender o que são esses arquivos e usá-los, tenho absoluta confiança de que
eles lhe darão a chance de transformar a sua vida também.
No fim de cada seção, apresento uma declaração e descrevo as medidas que você deve
tomar para gravar esse arquivo específico de riqueza.
E essencial que cada um dos arquivos seja colocado em prática o mais rápido possível na
sua vida, para que o conhecimento passe a um nível fisico, celular, criando uma mudança
permanente e duradoura.
Quase todas as pessoas entendem que somos criaturas de hábitos.
O que elas não sabem é que existem dois tipos de hábitos: os de fazer e os de não fazer.
Tudo o que você não está fazendo neste momento você tem o hábito de não fazer. A única
maneira de mudar isso é fazer. A leitura o ajudará, mas a questão é completamente diferente
quando se passa da teoria à prática. Caso esteja de fato comprometido com o sucesso, prove
isso executando as ações sugeridas.
Arquivo de riqueza nº 01
As pessoas ricas acreditam na seguinte idéia: "Eu crio a minha própria vida”.
As pessoas de mentalidade pobre acreditam na seguinte idéia:
"Na minha vida, as coisas acontecem”.
Se você quer enriquecer, é imperativo acreditar que está no comando da sua vida, em
especial da sua vida financeira. Caso contrário, você tem uma crença enraizada de que exerce
pouco ou nenhum controle sobre a sua própria vida e, conseqüentemente, de que exerce pouco
ou nenhum controle sobre o seu sucesso financeiro.
Já reparou que em geral são as pessoas que têm uma situação financeira difícil as que
gastam mais dinheiro com jogos lotéricos?
Elas realmente acreditam que a riqueza cairá no seu colo quando as bolinhas com os seus
números forem sorteadas.
As vezes passam a noite coladas na tela da televisão esperando ansiosamente pelo
sorteio para ver se desta vez a fortuna finalmente lhes sorrira.
É claro que todo mundo quer ganhar na loteria e até os ricos jogam de vez em quando
para se divertir. Porém, em primeiro lugar, eles não gastam uma parte substancial dos seus
rendimentos com bilhetes; em segundo lugar, essa não é a sua principal "estratégia" para fazer
fortuna.
Você precisa acreditar que é você mesmo quem conquista o seu próprio êxito, que é você
mesmo quem promove a sua própria mediocridade e que é você mesmo quem estabelece a sua
própria batalha pelo dinheiro e pelo sucesso. Consciente ou inconscientemente, sempre se trata
de você.
Em vez de assumirem a responsabilidade pelo que acontece na sua própria vida, as
pessoas de mentalidade pobre preferem se colocar no papel de vítimas. Um pensamento típico
de quem apresenta esse padrão é: "Pobre de mim”. Assim, por força da lei da intenção, é
literalmente isto o que as vítimas conseguem ser: pobres.
Repare que eu disse que elas se colocam no papel de vítimas. Não afirmei que são
vítimas. Na minha opinião, ninguém é vítima. Creio que as pessoas adotam essa imagem por
acreditarem que desse modo conseguem alguma coisa.
Mais adiante examinarei essa questão com mais detalhes. Sendo assim, como é que você
sabe quando alguém está se fazendo de vítima? A resposta é: uma vítima deixa três pistas
óbvias.
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Pista nº 1 da vítima: a culpa é dos outros.
Quando o assunto é o motivo de não serem ricas, as vitimas, na sua maioria, são
especialistas no "jogo da culpa". O objetivo desse jogo é ver para quantas pessoas e
circunstâncias, uma vitima consegue apontar o dedo sem jamais olhar para si mesma.
É algo divertido, pelo menos para ela. Infelizmente, não é assim tão legal para qualquer um
que tenha a má sorte de estar ao seu lado. A razão é simples: quem está muito próximo a ela se
torna um alvo fácil.
A vítima põe a culpa na economia, no governo, na bolsa de valores, nos seus corretores,
no ramo de negócio em que atua, no patrão, nos empregados, no gerente, nos diretores da
empresa, no serviço de atendimento ao cliente, no departamento de entregas, no marido ou na
sua mulher, no sócio, em Deus e, é claro, nos pais. A culpa é sempre de outra pessoa ou de outra
coisa. O problema é invariavelmente alguém ou alguma coisa, nunca ela própria.
Pista nº 2 da vítima: sempre há uma justificativa.
Quando não está culpando alguém, a vítima trata de racionalizar ou justificar a sua
situação dizendo algo do gênero: "dinheiro não é assim tão importante." Eu lhe pergunto: você
acha que, se disser ao seu marido ou à sua mulher, ao seu namorado ou à sua namorada, à sua
sócia ou ao seu sócio que eles não são assim tão importantes, algum deles ficaria muito tempo
com você? Acredito que não. Tampouco o dinheiro ficaria.
Nos meus seminários sempre há participantes que vêm me dizer:
"Sabe, Harv, dinheiro não é tão importante assim”.
Eu os olho diretamente nos olhos e respondo: "Você está sem dinheiro?".
Em geral eles desviam o olhar para os próprios pés e respondem, cabisbaixos, qualquer
coisa como: "Bem, neste momento estou com alguns problemas financeiros, mas...".
Eu digo então: "O problema não é neste momento, você sempre esteve na pindaíba ou
muito perto disso. não é mesmo?".
A essa altura eles geralmente balançam a cabeça concordando e retornam vagarosamente
aos seus lugares, dispostos a escutar e aprender, percebendo por fim o resultado desastroso que
esse pensamento tem ou teve sobre a sua vida.
É evidente que essas pessoas estão enfrentando grandes dificuldades financeiras. Você
possuiria uma motocicleta se ela não fosse importante para você? É claro que não. Teria um
papagaio de estimação se ele não fosse importante para você? Obviamente, não. Da mesma
forma, se, na sua opinião, o dinheiro não é tão importante assim, você simplesmente não terá
nenhum.
Vou explicar algo sem meias palavras: toda pessoa que diz que dinheiro não é importante
não tem dinheiro nenhum. Os ricos entendem a importância do dinheiro e o lugar que ele ocupa
na sociedade. Quem tem a mentalidade pobre, por sua vez, valida a sua própria inépcia
financeira com comparações irrelevantes. Afirma: "O dinheiro não é mais importante do que o
amor”.
Ora, essa é uma comparação equivocada. O que é mais importante: o seu braço ou a sua
perna? É óbvio que ambos têm importância.
O dinheiro é essencial nas áreas em que produz resultados e insignificante nos campos em
que não tem utilidade. E, embora o amor possa fazer o mundo girar, esse sentimento certamente
não paga a construção de hospitais, igrejas e casas. E também não enche a barriga de ninguém.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
O dinheiro é extremamente importante nas áreas em que produz resultados e insignificante
nos campos em que não tem utilidade.
Nenhum rico acredita que o dinheiro não é importante. E, caso eu não tenha sido
convincente o bastante e você ainda pense que, de alguma forma, o dinheiro é insignificante,
você não deve ir bem financeiramente e continuará assim enquanto não erradicar esse arquivo
negativo do seu modelo de dinheiro.
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Pista nº 3 da vitima: viver se queixando
Queixar-se é a pior coisa que alguém pode fazer por sua saúde e riqueza.
A pior mesmo. Por quê?
Acredito piamente na lei universal que diz: "Aquilo que focalizamos se expande”.
Quando você se queixa, no que está se concentrando: naquilo que está certo ou no que
está errado na sua vida?
Obviamente, está dando destaque ao que está errado. E, uma vez que aquilo que é
focalizado se expande, você só receberá mais do que está indo mal.
Muitos professores da área do desenvolvimento pessoal falam sobre a lei da atração. Ela
diz que "os iguais se atraem" - isso quer dizer que, quando alguém reclama, está na realidade
atraindo coisas ruins para a sua vida.
PRINCIPIO DE RIQUEZA
A pessoa que se queixa torna-se um "imã de coisas ruins" vivo e pulsante.
Você já reparou como costuma ser difícil à vida das pessoas que vivem se lamentando?
Parece que tudo o que pode dar errado lhes acontece.
Elas dizem: "É claro que eu reclamo - olha só como minha vida é uma droga”. Agora que
você já sabe mais sobre esse assunto, poderá explicar: “Não: é exatamente porque você se
queixa que a sua vida é uma droga”.
Isso remete a outro ponto. Você tem que fazer questão absoluta de não ficar na companhia
de pessoas que vivem reclamando. Se tiver uma grande necessidade de estar perto de uma
delas, não se esqueça de se proteger com um guarda-chuva de aço, do contrário a coisa ruim
que era destinada a ela vai cair em cima de você também.
Eu procuro ficar tão distante quanto possível de quem reclama porque a energia negativa é
contagiosa. Muitas pessoas, porém, adoram se aproximar dos resmungões e ouvi-los. Por quê?
Por um motivo simples: elas estão esperando a sua vez de se queixar. "E você acha que
isso é horrível? Espere só até ouvir o que aconteceu comigo”.
Vou lhe passar um dever de casa e prometo que ele lhe dará uma grande oportunidade de
mudar a sua vida. Eu o desafio a não reclamar de nada durante os próximos sete dias. E não
apenas em voz alta, na sua cabeça também. Porém você terá que fazer isso nos próximos sete
dias inteirinhos. Por quê? Porque durante os primeiros dias talvez você ainda receba alguma
coisa ruim "residual" do passado. Por isso pode demorar um pouco para ela se dissipar.
Desafiei milhares de pessoas a fazer esse pequeno exercício e fiquei admirado com a
quantidade de gente que me disse depois que ele transformou as suas vidas. Garanto que a sua
vida também se tornará surpreendente quando você parar de se concentrar nas coisas negativas
- e de atraí-las, portanto. Se você costuma se lamentar, esqueça por enquanto a idéia de atrair o
sucesso - para a maioria das pessoas, atingir o "ponto morto" já é um grande começo.
A atitude de culpar os outros, justificar-se e queixar-se, tem o mesmo efeito das pílulas. Só
serve para reduzir o estresse. Alivia a tensão do fracasso. Pense nisso. Se a pessoa não
estivesse sendo malsucedida de algum modo, ela precisaria responsabilizar alguém, arranjar uma
justificativa para isso ou reclamar? A resposta óbvia é: não.
De hoje em diante, quando você se vir culpando os outros, se justificando ou se queixando,
pare imediatamente. Lembre-se de que você está criando a sua vida e atraindo para ela, a todo
momento, o sucesso ou algo negativo. É fundamental que escolha cuidadosamente os seus
pensamentos e as suas palavras.
Agora você está pronto para escutar um dos maiores segredos do mundo: não existem
vítimas verdadeiramente ricas. Entendeu bem?
Afinal, quem ouviria as suas queixas? "Ai, ai, o meu iate está arranhado." Diante disso,
qualquer um responderia: "E daí?".
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Não existem vitimas verdadeiramente ricas.
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Por outro lado, ser vítima têm as suas recompensas. O que as pessoas ganham se
colocando nesse papel? A resposta é: atenção. Isso é importante? Com toda a certeza. De uma
forma ou de outra, atenção é tudo o que a maioria das pessoas almeja.
E o que faz com que elas vivam em busca de atenção é o fato de cometerem um grande
erro - o mesmo que quase todos nós já cometemos: confundir atenção com amor.
Acredite: é praticamente impossível ser feliz e bem-sucedido quando se está o tempo todo
precisando de atenção. Por causa dessa necessidade, quem está sempre querendo agradar para
conseguir aprovação costuma ficar à mercê dos outros. A busca por atenção causa mais um
problema: a pessoa tende a fazer coisas idiotas para consegui-la. É essencial dissociar a atenção
do amor por vários motivos.
Primeiro, a pessoa fará mais sucesso; segundo, será mais feliz; terceiro, poderá encontrar
amor verdadeiro na sua vida.
Na maior parte dos casos, aqueles que confundem amor com atenção não se amam no
sentido genuinamente espiritual da palavra, e sim, em larga medida, a partir do seu próprio ego,
como na frase "eu amo tudo o que você faz por mim". Conseqüentemente, o relacionamento diz
respeito apenas ao próprio indivíduo, não à outra pessoa ou, pelo menos, às duas.
Dissociando a atenção do amor, a pessoa se liberta para amar o outro pelo que ele é, e
não pelo que ele faz para ela.
Como já disse, uma vítima verdadeiramente rica não existe.
Assim, para poder continuar nesse papel, quem está em busca de atenção faz questão
absoluta de nunca enriquecer de verdade.
É hora de decidir. Você pode ser uma vítima ou alguém rico, jamais as duas coisas ao
mesmo tempo. Preste atenção: toda vez que você culpar alguém, se justificar ou se queixar,
estará se degolando em termos financeiros.
É hora de resgatar o seu poder e reconhecer que você cria tudo o que existe e o que não
existe na sua vida. Observe que você produz a sua riqueza, a sua falta de riqueza e todas as
possibilidades que estão no meio do caminho.
DECLARAÇÃO
Eu mesmo crio o meu próprio grau de sucesso financeiro.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Toda vez que você se vir culpando alguém, se justificando ou se queixando, passe o dedo
indicador na frente da sua garganta no sentido horizontal para se lembrar de que esse
comportamento pode vir a causar a sua degola financeira. Embora esse gesto pareça rude, ele
não é pior do que o mal que você faz a si próprio ao responsabilizar as pessoas, se justificar e
reclamar, e o ajudará a se livrar desses hábitos destrutivos.
2. Faça um "controle". Ao final de cada dia, liste por escrito um fato que tenha sido positivo e
outro que tenha sido negativo. Depois, escreva a resposta para a seguinte pergunta: "Como eu
criei cada uma dessas situações?".
Se houver outras pessoas envolvidas, responda: "Qual foi o meu papel na criação de cada uma
dessas situações?" Esse exercício o manterá responsável por sua vida e consciente das
estratégias que estão funcionando a seu favor e das que estão contra você.
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Arquivo de riqueza nº 02
As pessoas ricas entram no jogo do dinheiro para ganhar.
As pessoas de mentalidade pobre entram no jogo do dinheiro para não perder.
As pessoas de mentalidade pobre jogam o jogo do dinheiro na defensiva.
Responda: se você fosse disputar uma partida de um esporte qualquer usando uma tática
estritamente defensiva, quais seriam as suas chances de vencer? Muita gente concordaria que
pouca ou nenhuma.
No entanto, é assim que a maioria das pessoas joga o jogo do dinheiro. A sua principal
preocupação é a sobrevivência e a segurança, e não a conquista de riqueza e abundância. Então,
qual é a sua meta, seu objetivo, sua real intenção?
A meta das pessoas verdadeiramente ricas é ter grande fortuna e abundância. Não apenas
algum dinheiro, mas muito dinheiro. E qual é o objetivo das pessoas de mentalidade pobre? Ter
"dinheiro suficiente para pagar as contas... em dia, já seria um milagre!".
Deixe-me falar uma vez mais sobre o poder da intenção. Se o que você pretende é possuir
apenas o bastante para cobrir as despesas, é exatamente isso o que conseguirá - nem um único
centavo a mais.
As pessoas que têm uma visão de classe média dão pelo menos um passo além, pena que
seja um passo muito pequeno. O seu grande objetivo na vida é igual à palavra de que mais
gostam neste mundo: "conforto", e tudo o que desejam é um pouco mais disso.
Odeio ter que lhe dar esta noticia, porém existe uma imensa diferença entre ter algum
conforto e ser rico.
Devo admitir que nem sempre eu soube disso. Mas um dos motivos pelos quais me
considero no direito de escrever este livro é o fato de ter experimentado os três níveis de situação
financeira.
Houve uma fase em que estive completamente quebrado - cheguei a pedir US$ 1
emprestado para abastecer o carro. Mas isso não foi tudo. Primeiro, o carro não era meu.
Segundo, esse dólar veio na forma de quatro moedas. Você faz idéia de como é
constrangedor para um adulto ter que pagar gasolina com moedas?
O frentista me olhou como se eu fosse um ladrão de cofrinho de criança e apenas sorriu,
balançando a cabeça. Não sei se dá para imaginar, mas esse foi um dos meus momentos
financeiros mais baixos e, infelizmente, apenas um deles.
Depois que me estruturei, passei ao nível de ter conforto. Isso é bom. Pelo menos dá para
variar indo a restaurantes melhores. Mas o máximo que eu podia pedir ali era frango. Não há
nada de errado com o frango, se esse é o prato que a pessoa realmente quer. Porém, muitas
vezes não é.
Na verdade, quem está numa situação apenas confortável do ponto de vista financeiro
geralmente escolhe o prato consultando a coluna à direita no cardápio - o lado do preço.
A questão se resume ao seguinte: se o seu objetivo é ter algum conforto, é provável que
você nunca fique rico. Mas, caso a sua meta seja enriquecer, é provável que você alcance uma
situação ricamente confortável.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Se o seu objetivo é ter algum conforto, é provável que você nunca fique rico. Mas, caso a
sua meta seja enriquecer, é provável que você alcance uma situação ricamente
confortável.
Um dos princípios que ensino nos seminários é: "Se você atirar nas estrelas, atingirá pelo
menos a Lua". As pessoas de mentalidade pobre não atiram nem no teto da sua própria casa e,
depois, ficam se perguntando por que não acertaram em nada. Bem, você acaba de descobrir por
quê. Só conseguimos aquilo que verdadeiramente almejamos. Se você quer ficar rico, a sua meta
tem que ser essa, e não a de ter apenas o suficiente para pagar as contas ou para desfrutar de
algum conforto.
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DECLARAÇÃO
A minha meta é ficar milionário e mais ainda.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Liste, por escrito, dois objetivos financeiros que demonstrem a sua intenção de criar
abundância, e não mediocridade ou pobreza. Relacione metas do tipo "jogar para ganhar" em
termos de:
a. rendimento anual
b. patrimônio líquido
Torne essas metas possíveis dentro de um prazo realista, mas lembre-se também de "atirar nas
estrelas".
2. Vá a um restaurante sofisticado e peça um prato caro sem perguntar quanto custa. (Se a grana
estiver curta, é aceitável dividir.) Obs.: Frango não vale.
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Arquivo de riqueza nº 3
As pessoas ricas assumem o compromisso de serem ricas.
As pessoas de mentalidade pobre gostariam de ser ricas.
Pergunte as pessoas se elas querem ser ricas. A maioria delas vai pensar que você é
doido. "É claro que sim", dirão. A verdade, porém, é que quase todas elas não desejam
enriquecer.
Por quê?
Porque têm no seu subconsciente muitos arquivos de riqueza negativos que lhes dizem
que há algo errado em ser rico.
No Seminário Intensivo da Mente Milionária, uma das perguntas que faço é: quais são
algumas das possíveis desvantagens de ser rico ou de tentar ser rico?
Veja o que os participantes costumam dizer e verifique se alguma das respostas tem a ver
com o que você pensa a respeito dessa questão.
"E se eu me der bem e perder tudo? Aí serei realmente um fracassado”.
"Nunca vou saber se as pessoas gostam de mim por mim mesmo ou pelo meu dinheiro”.
"Vou cair na faixa mais alta do imposto de renda e ter que dar metade do meu dinheiro ao
governo”.
"Dá muito trabalho”.
"O esforço pode acabar com a minha saúde”.
"Os meus amigos e a minha família vão me criticar, dizendo: ”Quem você pensa que é?".
"Todo mundo vai me pedir uma ajudinha”. "Eu poderia ser roubado”. "Os meus filhos
poderiam ser seqüestrados”.
“Uma responsabilidade muito grande. Terei que administrar rios de dinheiro. Precisarei
entender tudo de investimentos. Vou ter que me preocupar com estratégias fiscais e proteção de
ativos e contratar contadores e advogados caros. Ai, que coisa chata!".
E por aí vai. Como mencionei anteriormente, cada um de nós tem arquivos de riqueza
dentro do armário chamado mente. Esses arquivos contêm as nossas crenças pessoais, uma das
quais é a de que ser rico é maravilhoso. No entanto, no caso de muita gente, nessas pastas estão
também informações que dizem que ser rico talvez não seja tão espetacular assim. Ou seja,
essas pessoas têm mensagens contraditórias a respeito da riqueza.
Uma parte desses registros afirma, radiante: "Ter mais dinheiro tornaria a minha vida muito
mais divertida". Mas outra parte grita: "É, mas vou ter que me matar de trabalhar! Qual é a graça,
então?". Uma parte diz: "Vou poder viajar pelo mundo inteiro”. E outra destaca: "É, mas todos vão
querer uma ajudinha”. Essas contradições podem parecer inocentes, mas, na realidade, são
alguns dos principais motivos pelos quais a maioria das pessoas nunca enriquece.
Podemos considerar a questão da seguinte maneira. O universo (outra forma de dizer
"força superior"), que está ligado a um grande departamento de pedidos via correio, está o tempo
todo lhe enviando acontecimentos, pessoas e coisas.
Você "pede" (e recebe) aquilo que deseja encaminhando-lhe mensagens cheias de energia
baseadas nas suas crenças dominantes.
Por força da Lei da atração, o universo faz o que está ao seu alcance para dizer sim e
atende aos seus desejos. Mas, se você tem mensagens contraditórias nos seus arquivos de
riqueza, ele não compreende o que você quer.
Em determinado momento, o universo ouve que você deseja enriquecer e começa a lhe
enviar oportunidades para que alcance o seu objetivo. Depois, porém, ele o escuta dizer “Os ricos
são gananciosos" e começa a ajudá-lo a não ganhar muito dinheiro.
Em seguida, você pensa: "Ser rico tornaria a minha vida muito mais interessante"; e o
universo, perplexo e confuso, recomeça a lhe mandar chances de ganhar mais dinheiro. No dia
seguinte, você não está de bom humor e pensa: "O dinheiro não é tão importante assim”.
Frustrado, o universo grita: "Dá um jeito nessa sua cabeça. Eu lhe darei o que você quiser,
mas me diga o que é!".
O principal motivo que impede a maioria das pessoas de conseguir o que quer é não saber
o que quer. Os ricos não têm nenhuma dúvida de que almejam fazer fortuna. São inabaláveis no
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seu desejo e totalmente comprometidos com a criação da riqueza. Farão tudo o que for legal,
moral e ético para concretizar a sua meta.
Eles não enviam mensagens contraditórias ao universo. As pessoas de mentalidade pobre,
sim. (Por falar nisso: se, enquanto você estava lendo o parágrafo anterior, uma voz interna lhe
disse algo do gênero "Os ricos não estão nem aí para a legalidade, a moralidade e a ética" você
está definitivamente fazendo a coisa certa lendo este livro. Mais adiante, vou mostrar como esse
modo de pensar é nocivo).
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
O principal motivo que impede a maioria das pessoas de conseguir o que quer
é não saber o que quer.
As pessoas de mentalidade pobre apontam uma série de motivos para explicar por que
enriquecer e ser rico pode ser um problema.
Conseqüentemente, elas nunca estão 100% certas de que querem fazer fortuna. As
mensagens que enviam ao universo são contraditórias, assim como aquelas que transmitem aos
outros. E por que toda essa confusão? Porque as mensagens que elas mandam para si mesmas
também são incoerentes.
Já falei sobre o poder da intenção. Sei que é difícil acreditar, mas você sempre consegue o
que quer - aquilo que você deseja no seu subconsciente, e não o que você diz querer. Talvez
você negue isso enfaticamente: "Está louco? Por que motivo eu ia querer continuar me matando
de trabalhar?". Respondo-lhe exatamente com a mesma pergunta: "Não sei. Por que razão você
haveria de querer continuar se matando de trabalhar?".
Se você não está obtendo a riqueza que diz desejar, há uma grande probabilidade de que
seja porque, primeiro, no seu subconsciente, você não a almeja de verdade; segundo, você não
está disposto a fazer o que é necessário para consegui-la. Vou explorar um pouco mais essa
questão.
O querer tem três níveis.
- O primeiro é: "Eu quero ser rico”. Essa é outra forma de dizer: "Pegarei tudo o que cair
no meu colo”. Mas querer somente não basta. Você nunca notou que "querer" nem sempre
conduz a "ter"? Observe também que querer e não ter cria mais querer. Querer torna-se um
hábito que só leva a ele mesmo, um círculo vicioso que não chega a lugar nenhum. A riqueza não
resulta simplesmente do fato de a pessoa desejar possuí-la. Como eu sei disso? Basta observar a
realidade: bilhões de indivíduos querem ser ricos, mas relativamente poucos são.
- O segundo nível do querer é: "Eu escolho ser rico”. Isso implica a decisão de ficar rico. A
escolha tem uma energia muito forte e anda de mãos dadas com a responsabilidade que a
pessoa tem de criar a sua própria realidade. A palavra decisão vem do latim “decidere”, que
equivale a "eliminar todas as outras alternativas". Escolher é muito bom, mas ainda não é o
melhor.
- O terceiro nível do querer é: "Eu me comprometo a ser rico”. O significado de
comprometer-se é "dedicar-se sem restrições". O que exige não se refrear e dar 100% de tudo o
que se tem para obter riqueza. Isso requer disposição para fazer o que for necessário durante o
tempo que for preciso. é o caminho do guerreiro.
Nenhuma desculpa, nenhum se, nenhum “mas”, nenhum talvez - e o fracasso não é uma
opção. O caminho do guerreiro é simples: "Serei rico ou morrerei tentando”. "Eu me comprometo
a ser rico”. Experimente dizer isso a si mesmo. O que você sente? Há quem experimente uma
sensação de força e há quem tenha uma sensação de medo.
As pessoas, na sua maioria, jamais se comprometeriam a serem ricas. Se alguém lhes
perguntasse: "Vocês apostariam a sua vida que farão fortuna nos próximos 10 anos?" Quase
todas elas diriam: "Nem pensar!".
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Essa é a diferença entre quem tem muito dinheiro e os indivíduos de mentalidade pobre. É
por não se comprometerem de verdade a se tornarem ricos que estes últimos não o são e
provavelmente jamais o serão.
Alguém entre eles poderia dizer: "Harv, não sei do que você está falando. Eu trabalho duro
o ano inteiro, faço o possível, de todas as formas. É claro que estou comprometido com o objetivo
de enriquecer”. E eu responderia que tentar não é suficiente.
A definição de comprometer-se é dedicar-se incondicionalmente.
A palavra-chave é: incondicionalmente. Ela mostra que você está dando tudo, e quero
dizer tudo mesmo, o que tem para conseguir ser rico. Muitas das pessoas financeiramente
empacadas que conheço têm um limite quanto ao que estão dispostas a fazer, ao que aceitam
arriscar e ao que admitem sacrificar.
Embora se digam prontas para fazer tudo o que for necessário, eu sempre descubro,
quando as questiono profundamente, que elas impõem uma série de condições em relação ao
que estão ou não dispostas a realizar para terem sucesso.
Detesto ter que lhe dizer isso, mas ficar rico não é um passeio no bosque. E, se alguém
disser que é, ou essa pessoa sabe muito mais do que eu ou não é sincera. A minha experiência
diz que enriquecer exige foco, coragem, conhecimento, especialização, 100% de dedicação,
atitude de não desistir jamais e, é claro, programação mental de pessoa rica.
Você precisa também acreditar piamente que pode conquistar a riqueza e que de fato a
merece.
Repito: o significado de tudo isso é que, se você não estiver verdadeira e plenamente
determinado a fazer fortuna, o mais provável é que não a obtenha mesmo.
PRINCIPIO DE RIQUEZA
Se você não está verdadeira e plenamente determinado a fazer fortuna,
o mais provável é que não a obtenha mesmo.
Você está disposto a trabalhar 16 horas por dia? As pessoas ricas estão. Concorda em
trabalhar sete dias por semana e abrir mão da maior parte dos seus fins de semana? As pessoas
ricas, sim. Admite sacrificar o seu tempo com a família e os amigos e se privar das suas
diversões e dos seus hobbies? As pessoas ricas fazem isso. Aceita arriscar todo o seu tempo,
toda a sua energia e todo o seu capital inicial sem nenhuma garantia de retorno? As pessoas
ricas correm esse risco.
Elas estão preparadas para agir assim e dispostas a fazer tudo isso durante um tempo que
pode ser curto ou bastante longo. E você, está pronto para essa realidade?
Com sorte, não terá que trabalhar muito tempo, nem muito, nem sacrificar nada. Desejar é
de graça, porém eu não contaria com isso.
No entanto, é interessante notar que, uma vez que você se comprometa, o universo se
apressará em ajudá-lo.
Um dos meus textos favoritos, escrito pelo explorador W. H. Murray numa das suas
primeiras expedições ao Himalaia, diz o seguinte: "Até que se esteja comprometido, sobrevém à
hesitação, a possibilidade de recuar, uma ineficiência permanente. Todo ato de iniciativa (e
criação) responde a uma única verdade elementar, e desconhecê-la mata incontáveis idéias e
esplêndidos planos: a partir do momento em que o indivíduo se compromete definitivamente, a
Providência se move junto com ele. Toda uma cadeia de eventos emana da decisão do
individuo, levando a seu favor todos os tipos de imprevistos, encontros e assistência material que
ninguém jamais sonharia que pudessem ocorrer dessa maneira”.
Em outras palavras, o universo ajudará, guiará, apoiará e fará até milagres a seu favor.
Mas, primeiro, você tem que se comprometer.
DECLARAÇÃO
Eu me comprometo a ser rico.
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Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Escreva um pequeno parágrafo sobre o motivo exato pelo qual enriquecer é importante para
você. Seja específico.
2. Procure um amigo ou parente que esteja disposto a ajudá-lo.
Diga a ele que você quer conquistar o máximo de sucesso invocando o poder do compromisso.
Olhe nos olhos dessa pessoa e repita as seguintes palavras:
"Eu, _______ [o seu nome], por meio desta declaração, me comprometo a ser milionário ou mais
ainda em ____ [data]”.
Peça ao seu parceiro que diga: "Eu acredito em você”. Depois diga: "Muito obrigado”.
Obs.: Observe como você se sentia antes e como se sente depois de firmar o seu
compromisso. Se a sensação é de liberdade, você está no caminho certo. Caso tenha sentido
uma pontada de medo, continua no caminho certo. Mas, se não significou nada, é porque você
ainda está no padrão "Não estou disposto a fazer tudo o que for necessário" ou no padrão "Não
preciso de nenhuma dessas bobagens". Seja como for, não se esqueça de que o seu padrão o
levou exatamente ao ponto onde você está neste momento.
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Arquivo de riqueza nº 04
As pessoas ricas pensam grande.
As pessoas de mentalidade pobre pensam pequeno.
Num dos seminários havia um professor-instrutor que aumentara o seu patrimônio liquido
de US$ 250 mil para US$ 6 milhões em apenas três anos.
Quando lhe perguntei qual o seu segredo, ele disse: "Tudo mudou a partir do momento em
que comecei a pensar grande”. Considere a lei dos rendimentos: "A sua remuneração se dará na
proporção direta do valor que você agregar, de acordo com o mercado”.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Lei dos rendimentos: "A sua remuneração se dará na proporção direta do valor que você
agregar, de acordo com o mercado".
A palavra-chave é valor. E é importante conhecer os quatro fatores que determinam o seu
valor no mercado: oferta, demanda, qualidade e quantidade. A minha experiência diz que o fator
que representa o maior desafio para a maioria das pessoas é a quantidade.
Ele corresponde simplesmente a: quanto do seu valor você realmente agrega ao mercado?
Outra maneira de dizer isso é: quantas pessoas você atende ou atinge?
No meu negócio, por exemplo, há instrutores que preferem ensinar a pequenos grupos de
20 pessoas de uma vez, outros que se sentem confortáveis com 100 ouvintes na sala, outros que
gostam de um público de 500 participantes e outros ainda que adoram platéias de mil a 5 mil
pessoas ou mais. Há diferença de rendimento entre esses instrutores? Pode acreditar que sim.
No começo deste livro mencionei que fui proprietário de uma cadeia de lojas de
equipamentos de ginástica. A partir do momento em que pensei entrar nesse ramo, a minha
intenção era ter 100 lojas bem-sucedidas e atender milhares de clientes. A minha concorrente,
que começou seis meses depois de mim, tinha a meta de possuir uma única loja de sucesso.
Como você quer viver? Como deseja jogar o jogo? Prefere pensar grande ou pequeno? A
escolha é sua. A maioria das pessoas escolhe pensar pequeno. Por quê? Primeiro, por causa do
medo.
Elas morrem de medo do fracasso e também do sucesso. Segundo, porque se sentem
inferiores e não merecedoras. Não se consideram suficientemente importantes ou capazes de
fazer uma real diferença na vida de alguém. Mas preste atenção: a nossa vida não diz respeito
somente a nós.
Diz respeito também a contribuir para a vida dos outros. Diz respeito a ser fiel a nossa
missão e à nossa razão de estarmos neste mundo neste momento. Diz respeito a
acrescentarmos a nossa peça ao quebra-cabeça do planeta. A maioria das pessoas está tão
presa ao seu próprio ego que pensa: "Tudo gira em volta de mim, de mim e de mim”.
No entanto, se você quer ser rico no verdadeiro sentido da palavra, isso não pode se limitar
a você. Tem que incluir o valor que você acrescenta à vida dos outros. Buckrninster Fuller, um
dos maiores inventores e filósofos da nossa época, disse: "O propósito da nossa vida é
acrescentar valor à vida das pessoas desta geração e das gerações seguintes”.
Cada um de nós veio ao mundo com certos talentos naturais, habilidades específicas.
Esses dons nos foram dados por uma razão: usá-los e compartilhá-los. Pesquisas mostram
que os indivíduos mais felizes são aqueles que exploram ao máximo esses talentos.
Parte da nossa missão na vida deve ser, portanto, partilhar os talentos e o valor que temos
com o maior número possível de pessoas. Isso requer estar disposto a pensar grande.
Você conhece a definição de empresário? A minha é: "Uma pessoa que lucra solucionando
problemas alheios”. Exatamente. Um empresário não é nada mais do que alguém que soluciona
problemas.
Eu lhe pergunto: você prefere resolver problemas de mais pessoas ou de menos pessoas?
Se respondeu mais, você precisa começar a pensar grande e decidir ajudar um grande
número de pessoas - milhares, milhões até.
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O efeito disso é que, quanto mais gente você auxiliar, mais "rico" ficará nos planos mental,
emocional, espiritual, e, por fim, financeiro.
Não se iluda: neste mundo todos nós temos uma missão. Há uma razão para você estar
vivendo neste exato momento. No livro Fernão Capelo Gaivota, de Richard Bach, a certa altura o
personagem pergunta: "Como vou saber se completei a minha missão?" A resposta: "Se você
ainda respira, é porque ela ainda não terminou”.
O que tenho testemunhado é muita gente deixando de fazer o seu trabalho, de cumprir a
sua obrigação, ou dharma, como é chamada em sanscrito. O que vejo é muita gente pensando
pequeno demais e muita gente se deixando guiar por egos moldados pelo medo.
O resultado é muita gente abrindo mão de viver à altura do seu potencial, tanto em termos
da própria vida quanto da sua contribuição para os outros.
Tudo se resume ao seguinte: se não for você, quem será?
Volto a dizer: cada um de nós tem um propósito exclusivo na vida.
Suponha que você seja um investidor que compra imóveis para alugá-los e ganhar dinheiro
com o fluxo de caixa e a valorização.
Que ajuda você está prestando? Você agrega valor à sua comunidade auxiliando famílias a
encontrar casas confortáveis que, de outra forma, elas talvez não chegassem a conhecer. Mas a
questão é: a quantas famílias e pessoas você pode dar a sua contribuição? A sua intenção é
ajudar 10 em vez de uma, 20 em vez de 10, 100 em vez de 20?
É isso o que eu quero dizer com pensar grande.
Em Um retorno ao amor, a escritora Marianne Williamson expôs a questão da seguinte
maneira: “Você é filho de Deus. Viver de modo pequeno não serve ao mundo. Não há nada de
iluminado em se esconder para que as pessoas não se sintam Inseguras ao seu redor. Todos nós
fomos feitos para brilhar, como as crianças. Nascemos para tornar manifesta a glória de Deus
que está dentro de nós. Não apenas de algumas pessoas, mas de todas. Quando deixamos a
nossa luz brilhar, inconscientemente damos permissão aos outros para fazerem o mesmo. No
momento em que nos libertamos do nosso próprio medo, a nossa presença liberta
automaticamente outras pessoas. O mundo não precisa de mais gente que viva de modo
pequeno. É hora de parar de se esconder e ir à luta. É hora de parar de necessitar e passar a
conduzir. É hora de começar a compartilhar os seus talentos em vez de escondê-los ou fingir que
eles não existem. É hora de dar início ao jogo da vida em grande estilo. No fim, pensar e agir
pequeno só leva a uma vida de sacrifícios e insatisfação. Pensar grande e agir grande permite
possuir dinheiro e uma vida com sentido. A escolha é sua”.
DECLARAÇÃO
Eu penso grande. Escolho ajudar milhares de pessoas.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Liste, por escrito, o que você acredita serem os seus talentos naturais - as coisas em que você
sempre se destacou. Descreva também como e em que você pode usar mais esses talentos,
especial mente na sua vida profissional.
2. Escreva ou faça uma sessão de analise com um grupo de pessoas sobre como você pode
resolver problemas de um número de pessoas 10 vezes maior do que o que você atinge
com o seu trabalho ou negócio atual. Proponha pelo menos três estratégias. Pense em
"alavancagem".
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Arquivo de riqueza nº 05
As pessoas ricas focalizam oportunidades.
As pessoas de mentalidade pobre focalizam obstáculos.
As pessoas ricas vêem oportunidades. As pessoas de mentalidade pobre identificam
obstáculos. As pessoas ricas reconhecem o potencial de crescimento. As pessoas de
mentalidade pobre consideram o potencial de perda. As pessoas ricas focalizam a remuneração.
As pessoas de mentalidade pobre concentram-se no risco.
Tudo se resume à velha questão: "O copo esta meio vazio ou meio cheio?". Não estou
falando de pensamento positivo, estou me referindo à sua perspectiva habitual do mundo. Grande
parte das pessoas de mentalidade pobre toma decisões inspirada pelo medo. A sua mente está o
tempo todo à procura do que está ou pode dar errado em qualquer situação. A sua programação
mental primordial é: "E se não der certo?" Ou, mais freqüentemente: "Isso não vai dar certo”.
Quem possui uma visão de classe média é ligeiramente mais otimista. A sua programação
mental é: "Espero que de certo”. Os ricos, como já disse, assumem a responsabilidade pelos
resultados da sua vida e agem segundo a programação mental "Vai dar certo porque eu farei com
que dê certo".
Eles esperam ser bem-sucedidos. Têm confiança na sua capacidade e criatividade e
acreditam que, se alguma coisa falhar, vão descobrir outro jeito de obter sucesso.
De modo geral, quanto maior a recompensa, maior o risco. Por verem oportunidades o
tempo todo, as pessoas ricas estão dispostas a arriscar. Elas acreditam que conseguirão
recuperar o seu dinheiro caso a vaca vá para o brejo.
A expectativa das pessoas de mentalidade pobre, ao contrario, é fracassar. Elas não têm
confiança em si mesmas nem na sua capacidade. Estão certas de que, se não forem bemsucedidas
nas suas ações, será uma catástrofe. E, como só vêem obstáculos, geralmente não
estão dispostas a correr riscos. Sem risco, não há recompensa.
É bom lembrar que estar aberto a aceitar riscos não corresponde necessariamente a estar
disposto a perder. As pessoas ricas correm riscos calcu lados. Isso quer dizer que elas
pesquisam, realizam as análises necessárias e tomam decisões baseadas em fatos e
informações sólidas. Mas será que passam a vida inteira se informando?
Não. Elas fazem o que está ao seu alcance, no menor tempo possível, e tomam a decisão
calculada de ir à luta ou não.
Embora digam estar se preparando para uma oportunidade, o que as pessoas de
mentalidade pobre geralmente fazem é marcar passo. Morrendo de medo, levam semanas,
meses e até mesmo anos a fio pensando no que fazer e, quando decidem, a oportunidade já
desapareceu. Então elas se justificam dizendo: "Eu estava me preparando”. Com certeza, mas,
enquanto se preparavam, o sujeito rico entrou em cena, saiu de cena e ganhou mais uma fortuna.
Sei que pode parecer estranho o que vou dizer, considerando quanto valorizo a
responsabilidade do indivíduo para consigo mesmo.
Realmente acredito que o que as pessoas chamam de sorte está associado ao
enriquecimento e ao sucesso em qualquer campo.
No futebol, um time pode ganhar o jogo porque o goleiro da outra equipe engole um frango
faltando menos de um minuto para o fim da partida. No golfe, pode ser uma tacada mal dada que
bate numa árvore e volta para o gramado a 10cm do buraco.
No mundo dos negócios, você já deve ter ouvido falar de alguém que aplicou dinheiro num
terreno da periferia e 10 anos depois surgiu um conglomerado que decidiu construir ali um
shopping center ou um edifício de escritórios. Esse investidor ficou rico. Terá sido uma brilhante
jogada comercial ou pura sorte? O meu palpite é: um pouco das duas coisas.
A questão, porém, é que a sorte - ou qualquer coisa do gênero - não cruzará o seu
caminho se você não executar uma ação. Para ter sucesso financeiro, primeiro é necessário que
você faça algo, compre algo ou comece algo. E depois disso? Terá sido a sorte, o universo ou um
poder superior que o terá ajudado com um milagre por sua coragem e por seu compromisso de ir
à luta?
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Na minha opinião, tanto faz. Apenas acontece. Outro princípio-chave pertinente nesse caso
é: as pessoas ricas focalizam o que elas querem, enquanto as que têm uma mentalidade pobre
concentram-se no que não querem. Repetindo, a lei universal diz: "Aquilo que você focaliza se
expande”.
Como os ricos estão sempre voltados para as oportunidades, elas chovem neles.
O seu maior problema é administrar todas as chances de ganhar dinheiro que aparecem à
sua frente. No caso das pessoas de mentalidade pobre, que, por outro lado, estão sempre
enfatizando os obstáculos, eles se multiplicam ao seu redor. O seu maior problema é como se
livrar de tantos problemas.
A questão é simples. O seu campo focal determina o que você encontrará na vida.
Concentre-se nas oportunidades e verá oportunidades.
Atenha-se aos obstáculos e terá obstáculos. Não estou lhe dizendo para não tomar
cuidado com os problemas. Trate deles à medida que forem aparecendo, no momento presente.
Mas mantenha os olhos postos nas suas metas, permaneça em movimento rumo aos seus
objetivos.
Dedique o seu tempo e a sua energia a conquistar aquilo que você quer. Quando surgirem
dificuldades, supere-as e, em seguida, recupere rapidamente o seu foco. Não permaneça a vida
inteira resolvendo complicações. Pare de ficar o tempo todo apagando incêndios. Quem faz isso
anda para trás.
Empregue o seu tempo e a sua energia em pensamentos e atos, seguindo firmemente
adiante, na direção do seu propósito.
Quer um conselho simples, mas raro? Se você deseja ficar rico, concentre-se em ganhar,
conservar e multiplicar o seu dinheiro.
Se preferir ser pobre, dedique-se a gastá-lo. Independentemente de quantas dezenas de
livros você leia e de quantos cursos sobre sucesso você faça, tudo se resume a isso. Lembre-se:
aquilo que você focaliza se expande.
As pessoas ricas entendem também que não é possível ter todas as informações de
antemão. Em um dos meus programas, oriento os participantes a acessar a sua força interior e
vencer a despeito de tudo. Ensino um princípio conhecido como "Preparar, fogo, apontar!".
O que significa isso? Prepare-se o melhor que puder no menor tempo possível, aja e
corrija-se no caminho. É loucura pensar que se pode saber tudo o que vai ocorrer no futuro. É
ilusão supor que é possível estar preparado para qualquer circunstância que surja no processo e
também protegido contra ela. No universo não há linha reta, você sabia? A vida não viaja em
linhas perfeitamente retas. Ela se assemelha mais a uma estrada sinuosa.
Em geral, só conseguimos ver a curva seguinte e, só depois de alcançá-la, é que somos
capazes de avistar mais. A idéia é você começar o jogo com tudo o que tem, no lugar onde está.
Ê o que chamo de entrar no corredor. Vou lhe dar um exemplo.
Anos atrás eu planejava abrir um café e confeitaria 24 horas em Fort Lauderdale, Flórida.
Estudei as opções de localização, o mercado e o equipamento necessário. Pesquisei
também os tipos de bolos, tortas, sorvetes e cafés disponíveis, O primeiro problema foi que
engordei à beça.
Comer o objeto da minha pesquisa não foi de grande ajuda. Então me perguntei: "Harv,
qual é a melhor maneira de estudar um ramo de negócio?". E esse sujeito chamado Harv, que era
evidentemente muito mais esperto do que eu, respondeu: "Se você quer conhecer um negócio a
fundo, entre nele.
Ninguém tem a obrigação de saber tudo. Entre no corredor conseguindo um emprego na
area. Você aprenderá mais varrendo o chão e lavando pratos num restaurante do que se passar
10 anos pesquisando do lado de fora”. (Eu não disse que ele era muito mais esperto do que eu?)
Foi o que fiz. Arranjei um emprego numa empresa do ramo. Gostaria de poder dizer que os
meus soberbos talentos foram imediatamente reconhecidos e que recebi de cara o cargo de
diretor executivo. Mas, o que fazer... Como ninguém ali percebeu as minhas qualidades de
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liderança, tive que começar como ajudante de garçom. É isso mesmo, varrendo o chão e lavando
pratos. Não é engraçado como o poder da intenção dá certo?
Você deve estar pensando que eu tive que engolir o meu orgulho para aceitar esse
trabalho, mas a verdade é que nunca considerei a questão dessa forma. A minha missão era
conhecer o negócio dos doces, por isso me senti grato pela oportunidade de aprender o assunto
"de carona" na empresa de alguém e ainda por cima ganhar um dinheirinho.
Nessa temporada como ajudante de garçom, passei o máximo de tempo conversando com
o gerente sobre receitas e despesas, examinando caixas para descobrir os nomes dos
fornecedores e ajudando o padeiro, às quatro da manhã, para aprender sobre os equipamentos,
ingredientes e problemas do ramo.
Eu devia estar indo bastante bem na minha função porque, depois de uma semana, o
gerente me chamou, me deu um pedaço de torta e me ofereceu uma promoção ao posto de...
caixa. Pensei naquilo durante um exato segundo e respondi: "Obrigado, mas não, muito
obrigado".
Primeiro, não haveria muito que aprender se eu ficasse preso atrás de uma caixa
registradora. Segundo, já sabia o que eu queria saber. Missão cumprida.
É isso o que quero dizer com "corredor": entrar no campo em que você quer estar no
futuro, aceitando qualquer função, para ter condições de conhecer a atividade. Esse é, de longe,
o melhor método para se aprender um negócio.
Primeiro, você pode vê-lo por dentro; segundo, tem condições de fazer os contatos
necessários, o que seria complicado estando do lado de fora; terceiro, uma vez no corredor,
outras "portas de oportunidade" se abrem à sua frente - isto é, observando o que realmente
acontece, você tem a chance de identificar um nicho que não havia percebido antes; quarto,
talvez você descubra que não gosta do ramo - e dê graças a Deus por ter ficado sabendo disso
antes que fosse muito tarde.
Então, qual dessas quatro situações ocorreu comigo? Quando deixei aquela empresa, mal
podia ver uma torta e, muito menos, sentir o cheiro de qualquer uma delas.
Segundo, o padeiro saiu de lá um dia depois de mim e me telefonou para dizer que
acabara de descobrir um novo e fantástico equipamento de ginástica conhecido como botas para
gravidade, que são usadas nos exercícios de inversão corporal feitos em barras (talvez você
tenha visto Richard Gere com elas numa cena do filme Gigolô americano em que ele fica
pendurado de cabeça para baixo).
Ele queria saber se eu estava interessado em dar uma olhada naquele produto. Fui conferir
e cheguei à conclusão de que as botas eram simplesmente o máximo, mas o ex-padeiro, não.
Assim, entrei sozinho no negócio.
Comecei vendendo as botas para lojas de departamentos e de material esportivo.
Percebi que todos os revendedores tinham algo em comum - equipamentos de ginástica de
má qualidade. Os sinos do meu cérebro badalaram freneticamente: "Oportunidade, oportunidade,
oportunidade”.
É engraçado como as coisas acontecem.
Era a minha primeira experiência com esse tipo de produto e ela me levou a abrir uma das
primeiras lojas de varejo de artigos de fitness
da América do Norte e a ganhar o meu primeiro milhão.
E pensar que tudo começou quando me propus a ser ajudante de garçom.
A mensagem é simples: entre no corredor. Você nunca sabe que portas se abrirão no seu
caminho.
Eu tenho um lema: "A ação sempre vence a inação”.
As pessoas ricas saem em campo, acreditando que, uma vez dentro do jogo, podem tomar
decisões inteligentes, no momento presente, fazer correções de rumo e ajustar as velas durante o
percurso.
As pessoas de mentalidade pobre, por não confiarem em si mesmas e nas suas aptidões,
acreditam que precisam saber tudo de antemão, o que é praticamente impossível. Enquanto isso,
não fazem nada.
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Os ricos, com a sua atitude positiva de "preparar, fogo, apontar", entram em ação e quase
sempre vencem.
Quem pensa pequeno costuma dizer a si mesmo: "Não vou fazer nada até identificar todos
os possíveis problemas e saber exatamente como lidar com eles."
Assim, nunca age e conseqüentemente sempre perde.
Os ricos vêem uma oportunidade, mergulham nela e ficam ainda mais ricos.
E aquelas outras pessoas? Ainda estão "se preparando".
DECLARAÇÃO
Eu focalizo as oportunidades e não os obstáculos.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Entre no jogo. Pense numa situação ou num projeto que você tenha tido vontade de começar.
O que quer que você esteja esperando, esqueça. Comece agora, de onde está, a partir do que
você tem. Se possível, dê o primeiro passo trabalhando como empregado ou com outra pessoa
para aprender os macetes. Se já aprendeu, não tem mais desculpa. Vá à luta!
2. Pratique o otimismo. Tudo o que alguém considerar problema ou obstáculo, reclassifique como
oportunidade. Você deixará loucas as pessoas negativas, mas, afinal, qual é a diferença? Não é
isso o que elas fazem consigo mesmas o tempo todo?
3. Focalize o que você tem e não o que você não tem. Faça uma lista de 10 coisas pelas quais
você se sente grato e leia-a em voz alta. Repita essa leitura todas as manhãs durante os 30 dias
seguintes. Se não gostar do que possui, não terá mais nada disso nem precisará ter.
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Arquivo de riqueza nº 06
As pessoas ricas admiram outros indivíduos ricos e bem-sucedidos.
As pessoas de mentalidade pobre guardam ressentimento de quem é rico e bem-sucedido.
As pessoas de mentalidade pobre costumam olhar para o sucesso alheio com
ressentimento, ciúme e inveja.
Ora alfinetam com frases do tipo "Que sorte eles têm!" ora sussurram "Esses ricos idiotas".
Se você quer ser uma pessoa boa, mas considera os ricos naturalmente maus, nunca será
um deles. É impossível. Como você pode ser algo que despreza?
É espantoso observar o ressentimento e até a raiva pura e simples que muitas pessoas de
mentalidade pobre têm dos ricos. É como se acreditassem que eles são os responsáveis pela
situação difícil em que elas se encontram. "É isso mesmo, os ricos ficam com todo o dinheiro, por
isso não sobra nenhum para mim”.
Esse é, obviamente, o perfeito discurso da vítima. Vou contar uma história, não para me
queixar, mas para registrar uma experiência real que tive com esse princípio. Antigamente, nos
meus tempos de dureza, eu tinha um carro velho. Mudar de faixa de
tráfego nunca era problema.
Quase todos os motoristas me deixavam entrar. Depois que fiquei rico e comprei um belo
Jaguar preto, novinho em folha, notei que as coisas mudaram. De um dia para o outro, comecei a
ser cortado, às vezes ganhando gestos obscenos de brinde. Chegavam a me atirar objetos, e por
uma única razão: eu possuía um Jaguar.
Um dia, eu estava dirigindo por um bairro muito simples onde tinha ido distribuir perus de
Natal como caridade. Ao abrir o teto solar do Jaguar, percebi atrás de mim quatro sujeitos malencarados
na traseira de uma picape.
Sem mais nem menos, eles começaram a usar o meu carro para jogar basquete, tentando
acertar latas de cerveja no teto solar.
Vários amassados e arranhões depois, passaram por mim gritando: "Rico filho da mãe!".
Imaginei, é claro, que se tratava de um incidente isolado, até duas semanas depois, quando
deixei o carro estacionado na rua de outro bairro também muito simples e, ao retornar, em menos
de 10 minutos, encontrei um imenso arranhão na lateral feito à chave.
Na ocasião seguinte, eu fui a essa mesma parte da cidade com um Ford Escort alugado.
Para minha surpresa, não houve nenhum problema. Não estou absolutamente inferindo
que aqueles bairros sejam habitados por gente má, porém a experiência me diz que algumas
pessoas ali guardam ressentimento dos ricos.
É fácil falar em não ter ressentimento de quem tem muito dinheiro, porém essa é uma
armadilha em que qualquer um pode cair, até mesmo eu, dependendo do estado de espírito.
Certa vez, quando liguei a televisão para saber os resultados esportivos, o programa da Oprah
estava no ar.
Mesmo não sendo um grande fã de televisão, eu adoro a Oprah. Essa mulher afetou
positivamente mais pessoas do que qualquer outra no planeta e merece, por isso, cada centavo
que possui... e muito mais.
Ela estava entrevistando a atriz Halle Berry, ganhadora do Oscar 2002 por sua atuação em
A última ceia. O tema era o contrato que Halle acabara de fechar, um dos maiores contratos de
atriz da história do cinema - US$ 20 milhões. Halle disse que não ligava para dinheiro e que lutou
por esse contrato fabuloso para abrir caminho para as suas colegas de profissão. Então, eu me vi
dizendo, ceticamente: "Ah, sem essa! Você acha que todas as pessoas que estão assistindo ao
programa são idiotas? Pegue logo uma parte dessa grana e dê um aumento ao seu assessor de
relações públicas. Essa é a melhor jogada publicitária que já vi na vida“.
Senti a energia negativa crescendo dentro de mim. Mas, antes que ela me dominasse,
reagi. "Cancela, cancela, obrigado pela informação", gritei à minha mente, para abafar a voz do
ressentimento. Não dava para acreditar. Ali estava eu, o Sr. Mente Milionária em pessoa,
ressentido com Halle Berry por causa do dinheiro que ela ganhara.
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Rapidamente, dei a volta por cima e comecei a gritar com toda a força dos meus pulmões:
"É isso aí, garota! Você é o máximo! Ficou barato para eles, você devia ter pedido US$ 30
milhões. Parabéns! Você é incrivel, você merece”.
Depois disso me senti muito melhor. Qualquer que fosse o motivo de Halle Berry querer
tanto dinheiro, o problema não era ela, era eu.
Lembre-se de que as minhas opiniões não fazem nenhuma diferença para a felicidade nem
para a riqueza dessa pessoa, no entanto fazem toda a diferença para a minha felicidade e
riqueza. Não se esqueça também de que opiniões e pensamentos não são bons nem maus,
certos nem errados quando entram na nossa mente, mas podem, seguramente, ajudar ou
atrapalhar a nossa felicidade e o nosso sucesso quando invadem a nossa vida.
No momento em que senti a energia negativa fluindo dentro de mim, o meu alarme "de
observação" soou e, tal como havia treinado, eu imediatamente neutralizei a negatividade na
minha mente.
Não é necessario ser perfeito para ficar rico, porém é importante saber reconhecer
pensamentos que não fortalecem nem você mesmo nem os outros e mudar o foco para
pensamentos mais positivos.
Quanto mais você estudar este livro, mais rápido e fácil será o processo.
No livro O milionário em um minuto, os meus amigos Mark Victor Hansen e Robert G.
Allen citam uma história comovente narrada por Russell H. Conwell no livro Uma fortuna ao seu
alcance, escrito há mais de um século: "Eu digo que vocês devem enriquecer, que é seu dever
enriquecer.
Quantos irmãos piedosos me dizem: "Mas o senhor, um ministro cristão, usa o seu tempo
para percorrer o país de alto a baixo aconselhando as pessoas a enriquecer, a ganhar dinheiro?".
Sim, é claro que sim. Então eles continuam: "Que coisa horrível! Por que o senhor não
prega o Evangelho em vez de doutrinar as pessoas a ganhar dinheiro?”. “Porque ganhar dinheiro
honestamente é pregar o Evangelho. Essa é a razão. Os homens que enriquecem talvez sejam
os mais honestos que podemos encontrar na comunidade". "Mas durante toda a minha vida me
disseram que as pessoas ricas são desonestas, indignas, vis e desprezíveis”, afirma um jovem
aqui esta noite. "Meu amigo, é exatamente por aceitar essa idéia que você não tem nenhum
dinheiro".
A base da sua fé e totalmente falsa. Eu lhe digo com toda a clareza que 98 de cada 100
homens (e mulheres) ricos dos Estados Unidos são honestos. E é por isso que são ricos. É por
esse motivo que os outros lhes confiam dinheiro. É por causa disso que realizam grandes
empreendimentos e sempre encontram pessoas para trabalhar com eles.
Diz outro jovem: "Às vezes ouço falar de homens que ganham milhões de dólares
desonestamente". Sim, é claro que ouve, e eu também. Mas eles são tão raros que os jornais
falam a seu respeito o tempo todo como notícia até ficarmos com a impressão de que todos os
ricos conseguem as suas fortunas de modo desonesto.
Meu amigo, leve-me aos subúrbios da Filadélfia e me apresente aos moradores que
possuem casas ao redor dessa grande cidade, casas belas com jardins e flores, casas
esplêndidas de refinada arte, e eu o apresentarei às pessoas mais plenas de caráter e iniciativa
da nossa cidade.
Aqueles que têm as suas próprias casas se tornam mais dignos, honestos e puros, mais
fiéis, econômicos e cuidadosos por possuí-las. Nós pregamos contra a cobiça no púlpito e
usamos a expressão "lucro imundo" de um modo tão radical que os cristãos ficam com a idéia de
que é pecado um homem ser rico.
Dinheiro é poder, e é preciso ser razoavelmente ambicioso para ganhá-lo. Deve ser assim
porque vocês podem praticar melhores ações com ele do que sem ele.
O dinheiro imprime as suas Bíblias, o dinheiro constrói as suas igrejas, o dinheiro envia os
seus missionários e o dinheiro sustenta os seus pastores. Portanto, eu digo que é necessário ter
dinheiro. Se vocês são capazes de enriquecer honestamente, é seu dever sagrado fazer isso. É
um erro terrível das pessoas piedosas pensar que se deve ser pobre para ser piedoso".
Essa passagem de Conwell expõe excelentes questões. A primeira é a confiabilidade. De
todos os atributos necessários para enriquecer, ser confiável deve estar perto do topo da lista.
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Diga-me, você faria negócio com uma pessoa em quem não confia pelo menos um pouco?
Nem pensar! Portanto, para enriquecer, é necessário ser confiável aos olhos de muita
gente. E, se tantas pessoas confiam assim em alguém, é porque esse indivíduo deve ser mesmo
confiável.
Que outras características as pessoas devem ter para fazer fortuna e, mais importante
ainda, permanecer ricas? É claro, toda regra tem exceção, mas, em termos gerais, quem você
precisa ser para se sair bem em qualquer coisa?
Considere as seguintes características: alguém positivo, confiável, focado, determinado,
persistente, trabalhador, ativo, bondoso, comunicador competente, razoavelmente inteligente e
especializado em pelo menos uma área.
Outro aspecto interessante da passagem de Conwell é o fato de tantas pessoas terem sido
condicionadas a acreditar que não se pode ser ao mesmo tempo rico e bondoso ou rico e
espiritualizado. Até eu pensava dessa maneira.
Como muitos de nós, ouvia dos meus amigos e professores, da mídia e do resto da
sociedade que todo rico é, em princípio, mau e ganancioso. Mais uma vez, esse modo de pensar
é pura bobagem.
Com base na minha própria experiência de vida, e não em velhos mitos fundamentados no
medo, descobri que as pessoas mais ricas que conheço são também as mais amáveis.
Quando nos mudamos para San Diego, fomos morar num dos bairros mais sofisticados da
cidade. Adorávamos a beleza da casa e da região, mas eu estava um pouco inseguro, pois não
conhecia ninguém ali e ainda não me sentia adaptado.
O meu plano era ficar na minha e não me misturar com aqueles endinheirados esnobes.
Mas quis o universo que os meus filhos, com cinco e sete anos de idade naquela época, se
tornassem amigos das crianças da vizinhança. Assim, não demorou muito para que eu os levasse
de carro a uma daquelas mansões para brincar.
Lembro-me perfeitamente do momento em que bati na pesada porta de madeira, de pelo
menos 6m de altura, maravilhosamente entalhada.
A dona da casa a abriu e, com a voz mais simpática do mundo, disse: "Harv, é tão bom
conhecê-lo, entre". Eu me senti um pouco confuso ao ver que ela estava me servindo um chá
gelado com uma tigela de frutas. "Que brincadeira é esta?", a minha mente cética não parava de
perguntar. Logo chegou o marido, que antes se divertia com as crianças na piscina.
Ele foi ainda mais simpático: "Harv, estamos felizes por você estar morando no bairro.
Venha com a sua família ao nosso jantar amanhã. Vamos apresentá-los aos nossos
amigos. Nem pense em recusar. Falando nisso, você joga golfe? Vou jogar depois de amanhã no
clube. Venha como meu convidado”.
Fiquei em estado de choque. Onde estavam os esnobes que eu tinha certeza que
encontraria? Fui para casa dizer à minha mulher que iríamos ao jantar. - Ai, meu Deus - disse ela
-‘ eu não tenho roupa. Mas eu a acalmei: - Meu bem, você não entendeu.
As pessoas são incrivelmente simpáticas e absolutamente informais.
Seja você mesma e vai ficar tudo bem. Fomos e, naquela noite, conhecemos algumas das
pessoas mais afetuosas, amáveis, generosas e adoráveis da nossa vida. A certa altura, o assunto
enveredou para uma campanha de caridade dirigida por uma das convidadas. Os talões de
cheques foram logo aparecendo.
Eu mal podia crer na fila que se formara para dar dinheiro àquela mulher. Mas os cheques
eram doados sob a condição de que haveria reciprocidade: a mulher apoiaria a obra de caridade
em que o doador estivesse envolvido.
É isso mesmo, cada pessoa ali era responsável por um projeto dessa natureza ou tinha um
papel de destaque nesse trabalho. O casal que nos convidou participava de várias dessas
iniciativas. Na verdade, todo ano o seu objetivo era contribuir com as maiores doações individuais
da cidade para o Hospital da Criança. Eles não apenas doavam milhares de dólares como
organizavam um jantar anual de gala que arrecadava mais alguns milhares.
Depois, nos tornamos íntimos da família de um dos mais importantes angiologistas do
mundo. Ele ganhava uma fortuna fazendo quatro ou cinco cirurgias por dia - cada uma delas
custava de US$ 5 a US$ 10 mil.
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Eu o menciono como exemplo porque toda terça-feira era o seu dia "livre", em que operava
pessoas da cidade que não podiam pagar por esse serviço.
Trabalhava das 6h às 22h e realizava cerca de 10 cirurgias, todas de graça.
Como se não bastasse, dirigia uma organização própria, cuja missão era convencer outros
médicos a adotar o "dia grátis", para os membros das suas respectivas comunidades.
Desnecessário dizer que, diante da realidade, a minha velha crença condicionada de que
os ricos são esnobes gananciosos dissipou-se totalmente.
Hoje eu sei que a verdade é outra. A minha experiência diz que as pessoas mais ricas que
conheço são também as mais amáveis. E as mais generosas.
O que não quer dizer que quem não é rico não possa ter essas qualidades.
Mas afirmo com segurança que a idéia de que os ricos são em princípio maus é pura
ignorância.
A verdade é que o ressentimento contra as pessoas bem-sucedidas financeiramente é uma
das maneiras mais seguras de alguém continuar na pior.
Nós somos criaturas de hábitos - para superar esse ou qualquer outro hábito, precisamos
praticar.
Quero que você, em lugar de se ressentir dos ricos, pratique admirá-los, pratique abençoálos,
pratique amá-los.
Assim, saberá inconscientemente que, quando enriquecer, outras pessoas o admirarão, o
abençoarão e o amarão em vez de se roerem de ressentimento da maneira como talvez você
faça agora.
Uma das minhas filosofias de vida provém da ancestral sabedoria Huna, ensinamentos dos
sábios do Havaí.
Ela diz o seguinte:
"Abençoe aquilo que você quer. Quando vir uma pessoa com uma casa bonita, abençoe a
pessoa e a casa. Quando vir uma pessoa com um belo carro, abençoe a pessoa e o carro.
Quando vir uma pessoa com uma bela família, abençoe a pessoa e a família. Quando vir uma
pessoa com um belo corpo, abençoe a pessoa e o corpo”.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
"Abençoe aquilo que você quer”.
Filosofia Huna - milenar sabedoria do Havaí.
A questão é: se de algum modo você se ressente do que as pessoas possuem, nunca
poderá tê-lo.
Em qualquer caso: quando você vir alguém num belo Jaguar com o teto solar aberto, não
atire latas de cerveja nele!
DECLARAÇÃO
Eu admiro as pessoas ricas. Eu abençôo as pessoas ricas. Eu amo as pessoas ricas. E vou ser
uma pessoa rica também.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Pratique a filosofia Huna: "Abençoe aquilo que você quer." Passeie, compre revistas, observe
as casas bonitas e os carros bacanas e leia sobre negócios bem-sucedidos. Abençoe tudo o que
você vir e gostar. Abençoe também os proprietários desses bens ou as pessoas que estão
envolvidas com eles.
2. Escreva e envie uma breve carta ou um e-mail a alguém que você conheça (não
necessariamente em pessoa) que seja extremamente bem-sucedido em qualquer campo,
dizendo-lhe o quanto você o admira e respeita por suas realizações.
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Arquivo de riqueza nº 07
As pessoas ricas buscam a companhia de indivíduos positivos e bem-sucedidos.
As pessoas de mentalidade pobre buscam a companhia
de indivíduos negativos e fracassados.
As pessoas bem-sucedidas observam outras pessoas bem-sucedidas para se motivar - as
vêem como exemplos com os quais podem aprender e dizem a si mesmas: "Se elas conseguem,
eu também consigo”.
Como afirmei antes, o exemplo propicia uma das maneiras fundamentais de aprendizado.
Quem é rico se sente grato por outras pessoas terem tido êxito antes dele, pois, com um
modelo para seguir, fica mais fácil encontrar o próprio sucesso. Por que reinventar a roda?
Existem métodos comprovados para enriquecer que dão certo para quase todos que os
aplicam.
O modo mais rápido e fácil de enriquecer é aprender como as pessoas ricas, mestras em
fazer fortuna, jogam o jogo da riqueza. Basta copiar as suas estratégias internas e externas. Faz
sentido: se você tiver uma programação mental idêntica à delas e imitar a sua forma de agir, as
suas chances de obter os mesmos resultados serão muito grandes.
Foi o que eu fiz e é disso que este livro trata. Ao contrário dos ricos, muitas pessoas de
mentalidade pobre, quando ouvem falar do sucesso de alguém, costumam julgar, criticar e
escarnecer, além de tentar puxar esse individuo para o seu próprio nível.
Quanta gente assim você conhece? Quantos parentes seus agem desse jeito?
A questão é: como é possível aprender com os indivíduos que você critica ou se inspirar
neles?
Sempre que sou apresentado a alguém muito rico, dou um jeito de conhecer essa pessoa
e aprender como ela pensa. Se você acha que estou errado em fazer isso, é porque talvez pense
que eu deveria ficar amigo de quem está na pior. Eu não concordo.
Como mencionei anteriormente, a energia é contagiosa, e não quero me expor a
influências negativas.
Um dia, enquanto eu dava uma entrevista para uma radio, uma mulher telefonou com uma
ótima pergunta: "O que faço se sou positiva e quero crescer e o meu marido é alguém que puxa
tudo para baixo? Devo deixá-lo? Devo tentar mudá-lo?".
Ouço perguntas semelhantes a essa pelo menos 100 vezes por semana nos cursos.
Quase todos os participantes querem saber a mesma coisa: "O que fazer se as pessoas do
meu convívio intimo não estão interessadas no crescimento pessoal e até me criticam porque eu
estou? ".
A resposta é a seguinte: primeiro, não perca tempo tentando mudar pessoas negativas.
Não é sua obrigação. O seu dever é usar o que aprendeu para melhorar a si mesmo e a
sua vida.
Seja o exemplo. seja bem-sucedido, seja feliz e, quem sabe, as pessoas vejam a luz (em
você) e queiram um pouco dela para si próprias.
Repito, a energia é contagiosa. A escuridão se dissipa na luz. As pessoas têm que se
esforçar para se manter "escuras" quando ha luz a sua volta.
A sua tarefa é apenas ser o melhor que puder. Se lhe perguntarem o seu segredo, conte.
Segundo, tenha em mente um princípio que ensino nos cursos para que a pessoa aprenda
a manifestar a sua vontade, mantendo-se calma, centrada e em paz.
Ele diz: "Tudo acontece por um motivo, e esse motivo existe para me ajudar”. De fato, é
muito mais difícil ser positivo e consciente ao lado de pessoas e circunstâncias negativas, mas
esse é o seu teste.
Da mesma forma como o aço é endurecido pelo fogo, você crescerá mais rápido e ficará
mais forte se permanecer fiel aos seus valores quando todos a sua volta estiverem cheios de
dúvidas e propensos a recriminações.
Não se esqueça de que nada tem significado, exceto aquele que nós mesmos atribuímos
às coisas.
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Lembre-se também de que, na parte 1, você leu sobre como nos identificamos com os
nossos pais ou nos rebelamos contra eles, dependendo do modo como "enquadramos" as suas
ações.
De hoje em diante, quero que pratique reenquadrar a negatividade alheia para se recordar
de como não deve pensar e agir.
Quanto mais negativas forem as pessoas, mais lembranças você terá do quanto é
desagradável ser assim.
Não estou sugerindo que lhes diga isso. Apenas aja como proponho, sem condená-las por
serem como são. Se começar a julgá-las, criticá-las e menosprezá-las, você acabará não sendo
melhor do que elas.
No pior dos casos, se não for mais capaz de lidar com a energia negativa de pessoas que
o cercam e se isso o estiver prejudicando de tal maneira que não consiga mais crescer, talvez
você precise tomar algumas decisões corajosas a respeito de si próprio e de como quer viver a
sua vida.
Não estou lhe sugerindo que aja de modo irrefletido, mas eu, por exemplo, jamais poderia
conviver com alguém negativo e que desdenhasse do meu desejo de aprender e crescer -
pessoal, espiritual e financeiramente.
Nunca faria isso comigo mesmo porque tenho respeito por mim e pela minha vida. Mereço
toda a felicidade e todo o sucesso que puder ter. Repito, a energia é contagiosa: portanto, você
pode afetar ou infectar as pessoas. O inverso também é verdade: ou elas o afetam ou o infectam.
Eu lhe pergunto: você abraçaria uma pessoa sabendo que ela está com conjuntivite? A
maioria de nós diria: "Nem pensar, da conjuntivite eu quero é distância”.
Muito bem, acredito que o pensamento negativo é uma espécie de conjuntivite mental. Em
vez de coceira nos olhos, ele provoca um sentimento de desdém; em vez de dor, causa vontade
de criticar; em vez de ardência, desencadeia um sentimento de frustração.
Agora me diga: está seguro de que deseja ficar perto de alguém que apresenta esses
sintomas?
Tenho certeza de que você já ouviu a expressão "cada qual com o seu igual". Você sabia
que a maior parte das pessoas ganha 20% a mais ou a menos do que os seus amigos íntimos?
Por isso é importante observar quem são as pessoas com quem você se junta e escolher
cuidadosamente com quem passar o seu tempo.
Pela minha experiência, vejo que os ricos não entram para clubes de alta classe só para
jogar golfe, mas também para estar em contato com outros indivíduos bem-sucedidos.
Há um ditado que diz: "Não se trata do que você sabe, mas de quem você conhece".
Faço questão de buscar a companhia de pessoas positivas e de sucesso e, tão importante
quanto, de manter distância de quem é negativo.
Além disso, não abro mão de evitar situações destrutivas. Não vejo motivo para me deixar
envenenar por uma energia prejudicial. Nisso incluo: discutir, fofocar e falar pelas costas. E
acrescento o hábito de assistir a programas bobocas na televisão, a não ser como estratégia de
relaxamento, nunca como forma básica de diversão.
Quando vejo televisão, geralmente assisto a programas esportivos, jogos e entrevistas com
atletas de destaque.
Primeiro, porque gosto de ver os campeões de qualquer área em ação; segundo, porque
aprecio ouvi-los, presto muita atenção na sua programação mental. Para mim quem está na
primeira divisão de qualquer esporte já é um vencedor.
O atleta desse nível necessariamente superou diversas etapas para chegar aonde chegou,
o que considero fantástico.
Admiro a atitude que eles assumem nas vitórias: "Foi um grande esforço de toda a equipe.
Obtivemos um bom resultado. Apesar de ainda precisarmos melhorar muita coisa. Em todo caso,
fomos recompensados pelo nosso trabalho". Gosto também do que eles costumam dizer depois
das derrotas: "Foi só uma partida. Estaremos em campo de novo. Vamos simplesmente esquecer
esse jogo e nos concentrar no próximo. Agora é só conversarmos sobre os erros cometidos,
treinar e fazer o que for necessário para vencer".
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Nos Jogos Olímpicos de 2004, a canadense Perdita Felicien, campeã mundial dos 100m
com barreiras, era a favorita absoluta para a medalha de ouro. Mas na prova final ela tocou no
primeiro obstáculo e caiu feio. Nem completou a prova. Extremamente abalada, ficou lá chorando
sem acreditar no que havia acontecido.
Passara os quatro anos anteriores se preparando, seis horas por dia, sete dias por
semana.
Na manhã seguinte, eu ouvi a sua entrevista coletiva. Devia tê-la gravado. Fiquei
impressionado com a visão dessa atleta sobre o que lhe ocorrera e sobre o futuro.
Ela disse mais ou menos o seguinte: "Não sei por que aconteceu, mas aconteceu, e eu vou
aprender com isso. Estou decidida a me concentrar mais e trabalhar mais nos próximos quatro
anos”. “Quem sabe qual seria o meu caminho se eu tivesse vencido? Talvez eu perdesse o
ímpeto de competir. Não sei, mas a minha gana de vencer é agora maior do que nunca. Voltarei
ainda mais forte".
Ouvindo-a falar assim, só pude dizer "Caramba!".
A gente aprende um bocado com os campeões. As pessoas ricas procuram a companhia
de vencedores, enquanto as de mentalidade pobre preferem estar perto de perdedores.
Por quê?
É uma questão de conforto. Os ricos sentem-se bem com o sucesso dos outros,
consideram-se dignos de estar com eles.
Quem pensa pequeno está sempre desconfortável ao lado de indivíduos bem-sucedidos,
seja porque tem medo de ser rejeitado, seja porque se sente deslocado. Para se proteger, o seu
ego parte para o julgamento e a crítica.
Se você quer enriquecer, tem que mudar o seu modelo interno para passar a acreditar que
é absolutamente tão capaz quanto qualquer milionário ou multimilionário.
Nos seminários, fico pasmo quando alguém me pergunta se pode tocar em mim, dizendo:
"Eu nunca toquei um multimilionário antes". Em geral, sou educado e sorrio, mas na minha
cabeça estou dizendo: "Vá viver a sua vida! Eu não sou melhor do que você nem diferente. Se
não entender isso rapidinho, estará sempre na pior".
Não se trata de tocar os milionários, mas de decidir que você é tão capaz e merecedor
quanto qualquer um deles e agir da mesma forma. O meu melhor conselho é o seguinte: caso
você queira tocar um milionário, torne-se um deles.
Espero que tenha compreendido. Em vez de desdenhar das pessoas ricas, imite-as. Em
vez de evitá-las, conheça-as. Em vez de dizer "Caramba, elas são o máximo", diga "Se elas
podem, eu também posso". No fim, quando você quiser tocar um milionário, bastará tocar a si
mesmo.
DECLARAÇÃO
Eu imito as pessoas ricas e bem-sucedidas. Eu busco a companhia de pessoas ricas e bemsucedidas.
Se elas podem, eu também posso!
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Vá a uma biblioteca, a uma livraria ou acesse a internet para ler a biografia de uma pessoa que
é ou foi extremamente rica e bem-sucedida. Roberto Marinho, Antônio Ermírio de Morais, Abilio
Diniz, Bill Gates, Donald Trump, Jack Welch e Ted Turner são bons exemplos. Use as suas
histórias pessoais para se inspirar, para aprender estratégias de sucesso específicas e, o mais
importante, para copiar a sua programação mental.
2. Associe-se a um clube de alta classe - de tênis, de negócios, de golfe, etc. Aproxime-se de
pessoas ricas num ambiente requintado. Se não puder entrar para um clube de alto nível, tome
um café ou drinque no hotel mais chique da sua cidade. Sinta-se à vontade nessa atmosfera e
observe os clientes. Perceba que eles não são diferentes de você.
3. Identifique uma situação ou pessoa que puxa você para baixo. Afaste-se dessa situação ou
ligação ou diminua os contatos.
4. Pare de assistir a bobagens na televisão e fique longe de conversas destrutivas.
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Arquivo de riqueza nº 08
As pessoas ricas gostam de se promover.
As pessoas de mentalidade pobre não apreciam vendas nem autopromoção.
Não gostar de autopromoção é um dos grandes obstáculos ao sucesso. Em geral, quem
reage negativamente a vendas e promoções está na pior. É óbvio. Como alguém pode obter uma
receita significativa com o seu próprio negócio ou como representante de um se não está disposto
a deixar os outros saberem que ele, o seu produto e o seu serviço existem? No caso de quem é
empregado, se a pessoa não divulgar as próprias virtudes, outro funcionário que se disponha a
fazer isso passará rapidamente à sua frente na hierarquia da empresa. As pessoas costumam ter
problemas com vendas e autopromoção por vários motivos. Quem sabe você reconhece um
deles como o seu?
Primeiro, talvez no passado você tenha tido uma experiência ruim com alguém que tentou
lhe vender algo de maneira inadequada. Essa pessoa pode ter forçado a barra, aborrecido você
num momento impróprio ou se recusado a aceitar um não. O que importa, em qualquer caso, é
reconhecer que esse episódio ficou para trás. Prender-se a ele não é útil hoje.
Segundo, pode ser que você tenha vivido uma experiência decepcionante tentando vender
algo a alguém que não estava nem um pouco interessado no seu produto. Nesse caso, a sua
aversão a se promover é apenas uma projeção do seu próprio medo do fracasso e da rejeição.
Repito: o passado não é necessariamente igual ao futuro.
Terceiro, talvez a sua resistência se origine de uma programação transmitida por seus
pais. Muita gente aprende que é falta de educação "vender o próprio peixe". Mas, no mundo real
dos negócios e do dinheiro, se você não vender o seu próprio peixe, ninguém fará isso no seu
lugar. As pessoas ricas dispõem-se a exaltar as próprias virtudes e os próprios valores a qualquer
um que queira ouvi-las e, quem sabe, fazer negócios com elas também.
Finalmente, há quem se considere acima da autopromoção. Chamo isso de síndrome de
superioridade, atitude também conhecida como "vejam como sou especial". Nesse caso, o
sentimento é este: "Se os outros querem o que eu tenho, eles que me descubram e venham a
mim". Os que acreditam nisso ou estão na pior ou estarão em pouco tempo, com certeza. Eles
pensam que o mundo inteiro vai se virar pelo avesso para encontrá-los só porque têm um bom
produto. No entanto, nunca ninguém vai saber que esse produto existe, pois a empáfia dessas
pessoas não lhes permite anunciar isso a quem quer que seja, e o mercado está cheio de
concorrentes.
Talvez você conheça este ditado: "Faça uma ratoeira melhor e todas as pessoas virão
bater à sua porta". Isso só é verdade quando se acrescenta outra frase depois: "Se elas ficarem
sabendo que a ratoeira existe”.
Em geral, os ricos são excelentes na atividade da promoção. Estão sempre dispostos a
divulgar os seus produtos, os seus serviços e as suas idéias com paixão e entusiasmo. E sabem
também como colocá-los numa embalagem atraente. Se você acha que isso é errado, então
devemos proibir as mulheres de se maquiar e, aproveitando o embalo, acabar também com os
ternos masculinos. Todas essas coisas não passam de "embalagens".
Robert Kiyosaki, autor de Pai rico, pai pobre, diz que todo negócio, inclusive o de escrever
livros, depende de vendas, e observa que é reconhecido como um autor campeão de vendas e
não como o melhor escritor. A primeira qualificação paga muito mais do que a segunda.
As pessoas ricas geralmente são líderes e todo grande líder é excelente em
autopromoção. Para ser um líder, você tem que ter seguidores e pessoas que o apóiem. Portanto,
deve ser capaz de convencer, inspirar e motivar os outros a adotar as suas idéias. Até os
presidentes dos países precisam "vender" as suas idéias o tempo todo - ao público, ao
Congresso e até ao seu partido - para vê-las implementadas. E, muito antes disso, se não as
venderem a si próprios em primeiro lugar, não conseguirão nem se eleger.
Em suma, todo líder que não pode ou não quer se promover não ocupará essa posição por
muito tempo, seja na política, nos negócios, nos esportes - nem mesmo em casa, como pai ou
mãe. Insisto nisso porque os líderes ganham muito mais dinheiro do que os seguidores.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
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Os líderes ganham muito mais dinheiro do que os seguidores.
O ponto crítico nessa questão não é se você gosta ou não de se promover, mas por que
precisa fazer isso. Tudo se resume às suas crenças. Você crê de verdade no seu próprio valor?
Acredita de fato no seu produto ou serviço? Está inteiramente seguro de que ele beneficia as
pessoas para as quais está tentando vendê-lo?
Se você tem certeza do valor do seu produto, por que escondê-lo de quem necessita dele?
Suponha que você vendesse um remédio para artrite e encontrasse uma pessoa que sofre dessa
doença. Você o ocultaria dela? Esperaria que ela lesse a sua mente e adivinhasse que você tem
um medicamento que pode ajudá-la?
O que você pensaria de um indivíduo que, por ser tímido, medroso ou bacana demais para
se promover, não oferecesse uma oportunidade de melhora a alguém que sofre?
As pessoas que desconfiam da autopromoção costumam não acreditar de forma plena nas
suas capacidades e nos seus produtos ou serviços. Por isso é extremamente difícil para elas
imaginar que existe alguém que esteja tão certo do valor daquilo que possui que deseja
compartilhá-lo de todas as formas possíveis com quem cruza o seu caminho.
Se você acreditar que o que tem a oferecer pode ser verdadeiramente útil para as pessoas,
terá grandes chances de ficar rico.
DECLARAÇÃO
Promovo o meu valor com paixão e entusiasmo.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Dê uma nota de um a dez ao produto ou serviço que você está oferecendo atualmente (Ou
pensando em oferecer), de acordo com o grau de confiança que tem nele. Se a nota for de sete a
nove, faça uma nova avaliação com o objetivo de elevar o seu valor. Caso o resultado seja igual
ou inferior a seis, pare de oferecê-lo e comece a trabalhar com algo em que você realmente
acredite.
2. Leia livros e faça cursos de marketing e vendas. Torne-se um especialista nessas áreas, capaz
de vender o seu produto ou serviço com sucesso e total integridade.
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Arquivo de riqueza nº 09
As pessoas ricas são maiores do que os seus problemas.
As pessoas de mentalidade pobre são menores do que os seus problemas.
Como já disse, enriquecer não é um passeio no bosque. É uma viagem cheia de curvas,
guinadas, desvios e obstáculos. A estrada para a riqueza é repleta de perigos e armadilhas, e é
precisamente por isso que a maioria das pessoas não a toma. Elas não querem os atritos, as
dores de cabeça e as responsabilidades decorrentes. Em suma, não desejam problemas.
Nesse aspecto se encontra uma das maiores diferenças entre as pessoas ricas e bemsucedidas
e as de mentalidade pobre: as primeiras são maiores do que os seus problemas,
enquanto as últimas são menores do que eles.
Aqueles que pensam pequeno fazem qualquer coisa para evitar obstáculos. Quando se
vêem diante de um desafio, saem correndo. A ironia é que, nessa busca por uma vida sem
complicações, eles acabam tendo outros problemas, sentindo-se muitas vezes fracassados.
O segredo do sucesso não é tentar evitar os problemas nem se esquivar ou se livrar deles,
mas crescer pessoalmente para se tornar maior do que qualquer adversidade.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
O segredo do sucesso não é tentar evitar os problemas nem se esquivar ou se livrar deles,
mas crescer pessoalmente para se tornar maior do que qualquer adversidade.
Numa escala de um a dez, imagine-se uma pessoa dotada de força de caráter e
determinação de nível dois enfrentando um problema de nível cinco. Essa dificuldade lhe parece
grande ou pequena?
Olhando do nível dois, um obstáculo do nível cinco há de parecer um grande problema.
Agora imagine que você se aprimorou e a sua força de caráter atingiu o nível oito. Esse
mesmo problema de nível cinco se mostra grande ou pequeno aos seus olhos? Como num passe
de mágica, ele se transformou num probleminha. Para terminar, suponha que você deu um duro
danado consigo mesmo e tornou-se uma pessoa com força de caráter de nível dez. O mesmo
obstáculo de nível cinco é agora um grande ou um pequeno problema?
A resposta é: ele simplesmente não é mais um problema!
O seu cérebro nem sequer o registra como tal e tampouco esse entrave produz qualquer
energia negativa - ele é apenas uma ocorrência normal do seu dia-a-dia, como escovar os dentes
e se vestir. Observe que, independentemente de você ser rico ou pobre, de pensar grande ou
pequeno, as adversidades não deixam de existir. Enquanto você respirar, sempre estará diante
dos chamados problemas e obstáculos da vida. Para encurtar a conversa: o tamanho do
problema nunca é a questão principal - o que importa é o seu próprio tamanho.
Isso pode doer, mas, se você está pronto para passar ao nível seguinte de sucesso, vai ter
que se conscientizar do que de fato acontece na sua vida. Preparado? Então lá vai.
Se você tem um grande problema, isso quer dizer apenas que está sendo uma pessoa
pequena. Não se deixe enganar pelas aparências. O seu mundo exterior é um simples reflexo do
seu mundo interior, caso queira fazer uma mudança permanente, redirecione o foco: do tamanho
dos seus problemas para o tamanho da sua pessoa.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Se você tem um grande problema,
isso quer dizer apenas que está sendo uma pessoa pequena.
Um dos lembretes nada sutis que sugiro aos participantes dos seminários é: sempre que
você pensar que tem um problemão, aponte para si mesmo e grite: "Pequeno, pequeno,
pequeno!" Isso o despertará abruptamente e o fará redirecionar o foco para o objeto que nunca
deveria ter abandonado: você mesmo. Depois, a partir do seu eu superior" (e não do eu de vítima,
baseado no ego), respire fundo e decida, naquele exato momento, que você será uma pessoa
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maior, que não permitirá que nenhuma dificuldade ou obstáculo estrague a sua felicidade e o seu
sucesso.
Quanto maiores forem os problemas com os quais você lidar, maior o negócio que será
capaz de conduzir; quanto maior o número de funcionários que você administrar, maior a
quantidade de clientes que poderá atender; quanto maior o universo de clientes que você
atender, maior o montante de dinheiro que conseguirá controlar e, finalmente, maior a fortuna que
terá capacidade de acumular.
Repito: a sua riqueza cresce na mesma medida que você, o objetivo é evoluir
pessoalmente até ser capaz de superar quaisquer problemas e obstáculos que se interponham no
caminho da conquista e conservação do seu dinheiro.
Por falar nisso, conservar a riqueza é uma história inteiramente diferente, sabia? Eu não.
Para mim, depois que enriquecesse, permaneceria rico. Acredite: perder o meu primeiro milhão
quase tão depressa quanto o ganhei foi um doloroso despertar. Hoje entendo qual foi o problema.
Na época, a minha "caixa de ferramentas" não era grande e forte o suficiente para manter
a riqueza que eu havia conquistado. Digo e repito: ainda bem que pratiquei os princípios da
mente milionária e consegui me recondicionar. Não apenas recuperei o milhão como, por causa
do meu novo modelo de dinheiro, ganhei muitos outros. E o melhor de tudo é que, além de
conservá-los, eu os faço continuar crescendo num ritmo fenomenal.
Pense em você como o seu próprio recipiente de riqueza. Se ele é pequeno e a sua fortuna
é muito grande, o que acontecerá? Você a perderá. O recipiente vai transbordar e o excesso de
dinheiro cairá pelo lado de fora. Não se pode ter mais dinheiro do que cabe no próprio recipiente.
Portanto, você terá que crescer até se tornar um recipiente amplo, capaz não apenas de
guardar, mas de atrair mais fortuna. O universo abomina o vazio - se o seu recipiente de riqueza
for muito grande, ele se prontificará a preencher o espaço.
Um dos motivos pelos quais as pessoas ricas são maiores do que os problemas está
relacionado com algo que expliquei antes. Elas não estão concentradas nos obstáculos, mas nas
metas. Repito: em geral a mente focaliza uma coisa principal de cada vez; portanto, ou a pessoa
está se lamuriando por causa da dificuldade ou está trabalhando para saná-la. Os ricos e bemsucedidos
são orientados para as soluções, empregam o seu tempo e a sua energia pensando
em estratégias e respostas para os desafios que surgem e criando sistemas para garantir que o
problema não volte a ocorrer.
As pessoas fracassadas e de mentalidade pobre são orientadas para os problemas.
Perdem tempo e energia praguejando e se queixando e raramente encontram soluções criativas
para amenizar a dificuldade, ou para que ela não volte a surgir.
Os ricos não fogem das adversidades, não se esquivam nem se queixam delas. São
guerreiros financeiros. Nos cursos, a definição que dou a guerreiro é: "Aquele que conquista a si
mesmo”.
Feitas as contas, se você se torna um mestre em lidar com problemas e na superação de
qualquer obstáculo, o que pode impedi-lo de alcançar o sucesso? A resposta é: nada. E, se nada
pode detê-lo, você não pára nunca. E, se jamais pára, que opções possui na vida? A resposta é:
todas. Como nada pode freá-lo, todas as coisas estarão à sua disposição. Você apenas escolhe e
aquilo é seu - isso é que é liberdade.
DECLARAÇÃO
Sou maior do que os meus problemas. Posso lidar com qualquer problema.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Sempre que você se sentir perturbado por um "grande" problema, aponte para si mesmo e
diga: "Pequeno, pequeno, pequeno! Em seguida, respire fundo e declare para si mesmo: "Posso
lidar com isso. Sou maior do que qualquer problema".
2. Registre por escrito um problema que você tem. Depois liste 10 medidas possíveis para
resolvê-lo ou, pelo menos, para melhorar a situação. Assim, você deixará de pensar nesse
obstáculo e começará a solucioná-lo. Além disso, se sentirá muito melhor.
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Arquivo de riqueza nº 10
As pessoas ricas são excelentes recebedoras.
As pessoas de mentalidade pobre são péssimas recebedoras.
Se eu tivesse que estabelecer a causa número um que impede muita gente de atingir o seu
pleno potencial financeiro, ela seria a seguinte: não saber receber. A maioria das pessoas pode
ou não saber dar, mas definitivamente não é boa em receber. E, por causa disso, acaba não
recebendo mesmo.
Receber costuma ser um desafio por diversas razões. Primeiro, a pessoa não se sente
digna ou merecedora. Essa síndrome permeia toda a nossa sociedade. Eu diria que mais de 90%
dos indivíduos carregam o sentimento de não serem merecedores.
De onde vem tanta baixa auto-estima? Da fonte de sempre: o nosso condicionamento. Na
maior parte dos casos, isso é o resultado de ouvirmos 20 respostas "Não" para cada "Sim", 10
"Você está fazendo errado!" para apenas um "Você está fazendo certo!" e cinco "Você é um
trouxa!" para cada "Você é o máximo!".
Por mais positivos que tenham sido os nossos pais ou responsáveis, em geral acabamos
carregando o sentimento de não estarmos o tempo todo à altura dos seus elogios e das suas
expectativas. Por isso não nos consideramos merecedores.
Além disso, a maioria de nós traz o fator punição gravado na mente. Essa regra não escrita
diz que, quando fazemos algo errado, seremos punidos. Algumas pessoas são castigadas pelos
pais, outras pelos professores... e, em certos círculos religiosos, há quem seja ameaçado com a
maior de todas as condenações: não ir para o céu.
É claro que, agora que somos adultos, tudo isso é passado. Certo?
Errado. O condicionamento da punição está tão impregnado na nossa mente que, não
havendo ninguém por perto para nos castigar quando cometemos um erro ou quando
simplesmente não somos perfeitos, nós punimos a nós mesmos sem perceber. Na nossa
infância, esse castigo talvez tenha vindo na clássica maneira "Você se comportou mal, por isso
não vai ganhar chocolate". Hoje, porém, poderia assumir a forma "Você se comportou mal, por
isso não vai ganhar dinheiro" Isso explica por que algumas pessoas limitam os seus rendimentos
e outras sabotam o próprio sucesso de modo subconsciente.
Não admira que as pessoas tenham dificuldade em receber. Basta um pequeno erro para
que se sintam condenadas a carregar o ônus da miséria e da pobreza pelo resto da vida. "Isso
está meio exagerado", você deve estar pensando. E desde quando a mente tem lógica e
compaixão? Repito: a mente condicionada é uma pasta de arquivos cheia de programações
passadas, significados inventados e histórias de dramas e desastres. "Fazer sentido" não é o seu
forte.
Nos seminários, costumo ensinar algo que talvez o faça se sentir melhor. No fim das
contas, não importa se você se sente merecedor ou não, pois poderá enriquecer de qualquer
forma. Muitas pessoas ricas não se consideram altamente merecedoras. Na verdade, essa
costuma ser uma das maiores motivações para alguém fazer fortuna: provar o próprio valor a si
mesmo e aos outros. Mas a idéia de que o mérito próprio é indispensável para a construção do
patrimônio liquido não tem necessariamente fundamento na vida real. Como já disse, enriquecer
para atestar a capacidade pessoal talvez não torne a pessoa feliz, portanto é melhor conquistar a
riqueza por outros motivos. O essencial é perceber que o sentimento de não ser merecedor não
impede ninguém de ser bem-sucedido - do ponto de vista estritamente financeiro, pode até ser
um ativo motivacional.
Dito isso, quero que você entenda de forma bem clara o que vou afirmar agora. Este pode
ser um dos momentos mais importantes da sua vida. Preparado? Então lá vai.
Reconheça que ser ou não merecedor é apenas uma "história" inventada. Mais uma vez:
nada tem significado, exceto aquele que nós mesmos atribuímos às coisas. Quanto a você, não
sei, mas eu nunca ouvi falar de alguém que ao nascer tenha passado pela "fila do carimbo"! Você
consegue imaginar Deus carimbando a testa de cada pessoa que acaba de chegar ao mundo?
"Merecedor... não merecedor... merecedor... não merecedor. Argh... definitivamente não
merecedor." Sinto muito, não acredito que as coisas aconteçam assim.
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Ninguém lhe impõe esse rótulo. É você mesmo quem faz isso, quem inventa isso e quem
decide isso. Você e só você determina se é ou não merecedor. É um ponto de vista
exclusivamente seu. Se você diz que é merecedor, então é. Se diz que não é, então não é. Em
qualquer hipótese, você viverá a sua própria história. É simples assim.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Se você diz que é merecedor, então é. Se diz que não é, então não é. Em qualquer hipótese,
você viverá a sua própria história. É simples assim.
Mas por que as pessoas fazem isso consigo mesmas?
Por que inventam a história de que não são merecedoras?
Porque isso é da natureza da mente humana. Você já percebeu que um cão não se
preocupa com essas coisas? Consegue imaginar um cachorro dizendo "Não vou enterrar esse
osso para o dia em que tiver fome porque não mereço?".
Criaturas pouco inteligentes como essa nunca fariam isso consigo mesmas. Somente nós,
os seres mais evoluidos do planeta, conseguimos nos limitar dessa maneira.
Um dos meus próprios ditados é: "Se um carvalho de 30m de altura tivesse a mente de um
ser humano, cresceria apenas 3m". Eis, portanto, a minha sugestão: como é muito mais fácil
mudar a sua história do que o seu senso de merecimento, altere a sua história em vez de se
preocupar em modificar o seu senso de merecimento. É bem mais simples e barato. Apenas
invente uma história nova e mais positiva e viva-a.
"Eu não posso fazer isso", afirma você. "Sinto muito, mas não sou indicado para dizer se
sou ou não merecedor. Isso tem que partir de outra pessoa". Sinto muito, digo eu: a questão
definitivamente não é assim. Não faz a menor diferença o que alguém diz agora ou disse no
passado porque, para que essa idéia dê resultado, você tem que acreditar nela e aceitá-la por
inteiro, e isso não pode ser feito por outra pessoa que não seja você mesmo. No entanto, apenas
para fazê-lo sentir-se melhor, vamos jogar o jogo: a partir deste momento, eu o declaro
merecedor pelo resto da sua vida.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
"Se um carvalho de 30m de altura tivesse a mente de um ser humano,
cresceria apenas 3m".
Portanto, siga este conselho: pare de engolir essa tolice de "não merecimento" e comece a
tomar as medidas cabíveis para enriquecer.
O segundo motivo principal da dificuldade de receber é a pessoa ter acreditado no ditado:
"Dar é melhor do que receber." Trata-se de um completo disparate.
O que é melhor: quente ou frio, grande ou pequeno, esquerda ou direita, claro ou escuro?
Dar e receber são as duas faces de uma mesma moeda.
Quem inventou que é melhor dar do que receber, sinto muito, era ruim em matemática.
Para todo doador tem que haver um recebedor; para todo recebedor tem que haver um doador.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Para todo doador tem que haver um recebedor;
para todo recebedor tem que haver um doador.
Pense no assunto: como você poderia dar algo se, do outro lado, não existisse alguém
para receber? As duas pessoas têm que estar em perfeito equilíbrio para que possam atuar meio
a meio. E, como dar e receber necessariamente se equivalem, devem também ser iguais
em importância.
Além disso, como é a sensação de dar? A maioria de nós provavelmente concorda que o
ato de dar nos proporciona um sentimento maravilhoso e gratificante. Por outro lado, como fica o
nosso estado de espírito quando queremos dar e a outra pessoa não quer receber? Quase todos
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nós nos sentimos muito mal com isso. Saiba, portanto, o seguinte: aquele que não se dispõe a
receber "rouba" quem quer lhe dar algo.
Recusar-se a receber é negar ao outro a alegria e o prazer da doação, é fazê-lo infeliz. Por
quê? Porque, corno não me canso de dizer, tudo é energia. Quando uma pessoa quer dar alguma
coisa e não consegue, essa energia não tem como se expressar e fica presa dentro dela,
transformando-se em emoções negativas.
Para piorar as coisas, não estando plenamente propensa a receber, a pessoa está
"treinando" o universo a não lhe dar. É simples: se alguém não está aberto a receber a sua parte,
ela irá para quem esteja. Esse é um dos motivos que levam os ricos a ficar mais ricos e as
pessoas de mentalidade pobre a se ver numa situação cada vez mais difícil.
Não é porque os primeiros sejam mais merecedores, mas porque eles admitem receber,
enquanto a maior parte daqueles que pensam pequeno não aceita isso.
Aprendi essa lição em grande estilo num acampamento na floresta.
Como pretendia passar dois dias ali, montei uma espécie de tenda com uma lona - prendi
um dos lados do tecido no chão e o outro a uma árvore, mantendo uma inclinação de 45º.
Foi bom ter feito esse abrigo, pois choveu durante toda a noite. Quando saí dali na manhã
seguinte, vi que eu, como tudo o mais sob aquele teto improvisado, estava seco, mas que uma
poça muito funda se formara do lado de fora, na base da lona. Foi quando escutei a minha voz
interna dizer: "A natureza é plena em abundância, mas não discrimina nada nem ninguém.
Quando a chuva cai, a água tem que ir para algum lugar. Se uma parte está seca, outra tem que
estar duplamente molhada”.
Olhando a poça, percebi que esse mesmo processo ocorre com o dinheiro. Verdadeiras
fortunas circulam por aí em plena abundância, e elas têm que ir para algum lugar. A questão é
simples: se uma pessoa não está propensa a receber a sua parte, esta acabará indo para quem
está. O dinheiro, como a água da chuva, não liga a mínima para quem vai ficar com ele.
Por conta da experiência naquele abrigo, criei uma oração que diz o seguinte: "Universo,
se você mandou uma coisa extraordinária para uma pessoa que não está querendo recebê-la,
faça-a chegar até mim. Estou aberto e disposto a aceitar todas as suas bênçãos. Obrigado".
Peço aos participantes de meus seminários que repitam isso comigo.
As pessoas ficam eufóricas. Elas se entusiasmam porque estar inteiramente aberto a
receber é algo incrível, e essa sensação é maravilhosa, pois o natural é se sentir desse jeito.
Qualquer alternativa que você tenha inventado para isso é, eu insisto, apenas uma história inútil,
que não serve a você nem a ninguém. Deixe a sua história partir e o seu dinheiro chegar.
Quem é rico trabalha muito e acredita que é perfeitamente apropriado ser bem
recompensado por seus esforços e pelo valor que agrega aos outros. As pessoas de mentalidade
pobre também dão duro, mas o sentimento de que não são merecedoras as faz crer que não é
justo serem bem remuneradas por seus esforços e pelo valor que agregam. Essa crença as
predispõe ao papel de vítimas. Pergunto: como alguém poderá ser uma "boa" vítima se ganhar
bem?
Muitos indivíduos de mentalidade pobre acreditam de verdade que são melhores porque
não têm dinheiro. Algo lhes diz que são maus bondosos, piedosos ou espiritualizados. Bobagem.
A única Coisa que os distingue é estarem freqüentemente numa situação financeira ruim. Num
dos seminarios, um homem veio falar comigo aos prantos.
Ele disse: - Não consigo imaginar como poderei me sentir bem tendo um monte de dinheiro
enquanto outras pessoas possuem tão pouco.
Eu lhe fiz algumas simples perguntas: - Que bem o senhor pode fazer aos necessitados se
também é um deles? A quem o senhor está ajudando se está sem dinheiro? Por acaso o senhor
não é uma boca a mais para alimentar? Não seria mais eficaz se enriquecesse e fosse capaz de
ajudar as pessoas a partir de uma posição de força em vez de uma posição de fraqueza?
Ele parou de chorar e respondeu: - Agora entendo. Como posso ter acreditado numa
bobagem tão grande? Harv, acho que chegou a hora de ficar rico e, no caminho, ajudar os outros.
Obrigado.
Ele voltou ao seu lugar como um novo homem. Tempos depois, recebi dele um e-mail
dizendo que estava ganhando três vezes mais do que antes e que estava impressionado com
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isso. E o melhor de tudo: que era maravilhoso poder ajudar os seus amigos e familiares que ainda
estavam em dificuldades.
Isso me leva a um ponto importante: se você possui meios de ganhar rios de dinheiro,
ganhe. Por quê? Porque muitas pessoas - pense sobretudo nas que vivem em regiões assoladas
pela fome, pelas guerras e pelas doenças - provavelmente jamais terão essa oportunidade. Se
você é um dos afortunados que têm capacidade para fazer isso (e você tem, do contrário não
estaria lendo este livro), use todos os recursos de que dispõe para a conquista desse objetivo.
Enriqueça e ajude quem não tem a mesma possibilidade que você. Essa atitude faz muito
mais sentido do que continuar sem dinheiro e não prestar auxílio a ninguém.
É claro, haverá quem diga: "O dinheiro vai fazer com que eu mude. Se eu enriquecer,
posso me tornar um individuo ganancioso".
Primeiro, as únicas pessoas que dizem isso são as que têm uma mentalidade pobre. Essa
idéia não passa de uma justificativa para o fracasso, fruto das muitas ervas daninhas dos seus
jardins financeiros "internos". Não caia nessa armadilha.
Segundo, quero deixar bem claro: o dinheiro apenas intensificará aquilo que você já é. Se
você é mesquinho, o dinheiro lhe dará a oportunidade de ser mais mesquinho. Se você é bom,
ele lhe propiciara os meios de ser melhor. Se você tem ma índole, ele lhe permitira ser pior ainda.
Se você é generoso, a riqueza só fará com que a sua generosidade aumente. E quem disser que
não é assim está, com certeza, numa situação financeira ruim.
PRINCIPIO DE RIQUEZA
O dinheiro apenas intensificará aquilo que você já é.
O que fazer, então? Como se tornar um bom recebedor?
Primeiro, comece a nutrir a si mesmo. Lembre-se: somos criaturas de hábitos, portanto
você terá que praticar conscientemente o ato de receber o melhor que a vida tem para lhe
oferecer.
Um dos elementos-chave do sistema de administração do dinheiro que ensino é ter a
Conta da Diversão, da qual você poderá sacar um valor designado para gastar com coisas que
lhe dão satisfação e o façam sentir-se "milionário". A idéia com essa conta bancária é ajudá-lo a
validar o seu merecimento e fortalecer o seu "músculo recebedor".
Segundo, quero que você pratique se sentir emocionado e grato toda vez que achar ou
receber algum dinheiro. É engraçado, quando eu estava nas minhas fases de dureza e via uma
moeda no chão, jamais me abaixava para apanhá-la. Hoje, que sou rico, pego qualquer coisa que
pareça dinheiro. Dou-lhe um beijo de boa sorte e declaro em voz alta: "Eu sou um ímã que atrai
dinheiro. Obrigado, obrigado, obrigado."
Não fico ali parado julgando o nome que aquilo tem - dinheiro é dinheiro, e achá-lo é uma
bênção do universo. Agora, que estou plenamente aberto a receber qualquer coisa que passa na
minha frente, essas dádivas chegam a mim.
Essa disposição é absolutamente essencial para quem quer enriquecer. É também
indispensável para os que desejam conservar a fortuna. Se você é mau recebedor e por acaso
lhe cai no colo uma quantidade substancial de dinheiro, o mais provável é que ele desapareça
num instante. Repito: "Primeiro o interior, depois o exterior".
Em primeiro lugar, expanda a sua "caixa" de recebimento, depois observe como o dinheiro
surgirá para enchê-la.
Volto a dizer: o universo abomina o vazio. Em outras palavras, um espaço vazio sempre
será preenchido. Você já notou o que acontece com uma garagem e um armário desocupados?
Eles geralmente não ficam assim por muito tempo. Já reparou também como é estranho
que o tempo necessário para a execução de uma tarefa qualquer é sempre igual ao tempo dado
para que ela seja concluída? Não?
Quando você expandir a sua capacidade de receber, perceberá isso.
E mais: assim que você se tornar aberto a receber, todas as áreas da sua vida passarão a
ser igualmente receptivas. Você ganhará não apenas mais dinheiro como mais amor, mais paz,
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mais felicidade e mais satisfação. Por quê? Por causa de outro principio que uso com freqüência.
Ele diz: "Você faz uma coisa do mesmo modo como faz todas as outras coisas".
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Você faz uma coisa do mesmo modo como faz todas as outras coisas.
A sua maneira de ser numa área é geralmente a mesma em todos os setores da sua vida.
Se você se bloqueia para não receber dinheiro, é provável que também não se abra para aceitar
todas as outras coisas boas que poderia ganhar. Em geral, a mente não delimita um campo
especifico em que a pessoa é má recebedora. Na verdade, ocorre exatamente o contrário: ela
tem o hábito de generalizar ao extremo, dizendo: "Você é do jeito que é, sempre e em todos os
aspectos".
Se você é um mau recebedor, é assim que age em todas as áreas.
A boa notícia é que, quando se tornar um excelente recebedor, será assim também em
todos os aspectos: aberto para aceitar tudo o que o universo tem a lhe oferecer em todos os
campos da sua vida.
A única coisa de que você precisa se lembrar é continuar dizendo "obrigado" sempre que
obtiver uma bênção.
DECLARAÇÃO
Sou um excelente recebedor. Estou aberto e propenso a receber grandes quantidades de
dinheiro na vida.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Pratique ser um excelente recebedor. Toda vez que alguém o elogiar por qualquer motivo, diga
apenas: "Obrigado." Não retribua a gentileza na mesma hora. Isso permitirá que você receba
plenamente o elogio e se aproprie dele em vez de "mandá-lo de volta" como muita gente faz.
Além disso, garante à pessoa que o elogiou a alegria de lhe dar esse presente sem ter o
desprazer da devolução.
2. Absolutamente todo dinheiro que você achar ou receber deve ser festejado com muito
entusiasmo. Vá em frente e declare em alto e bom som: "Eu sou um ímã que atrai dinheiro.
Obrigado, obrigado, obrigado". Isso vale para o dinheiro que você encontrar no chão, para aquele
que receber de presente, para aquele que vier do governo, para aquele que chegar às suas mãos
como pagamento e para aquele que o seu negócio lhe proporcionar.
Lembre-se: o universo está programado para apoiá-lo. Caso você continue declarando que é um
ímã que atrai dinheiro - e especialmente se você tem uma prova disso -, o universo dirá apenas
"Certo" e lhe enviará mais.
3. Trate-se com carinho. Pelo menos uma vez por mês, tome uma atitude especial para agradar a
você mesmo e ao seu espírito. Receba massagens, corte o cabelo num salão chique, se dê um
almoço ou jantar refinado, alugue um barco ou uma casa de praia ou peça a alguém que lhe sirva
o café da manhã na cama. Faça coisas que lhe permitam se sentir rico e merecedor. Mais uma
vez: a energia vibracional que você emite nesse tipo de experiência enviará ao universo a
mensagem de que a abundância está presente na sua vida e, insisto, o universo simplesmente
fará o seu trabalho, dizendo "Certo", e lhe dará oportunidades de receber mais.
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Arquivo de riqueza nº 11
As pessoas ricas preferem ser remuneradas por seus resultados.
As pessoas de mentalidade pobre preferem ser remuneradas pelo tempo que despendem.
Você já deve ter ouvido este conselho: "Vá à escola, tire boas notas, arranje um bom
emprego, consiga um contracheque "estável", seja pontual, trabalhe duro... e será feliz para
sempre." Não sei qual é a sua opinião a respeito disso, mas eu gostaria de ter a garantia dessa
promessa por escrito. Infelizmente, esse sábio conselho vem do Livro dos Contos de Fadas,
volume 1.
Não vou me dar ao trabalho de desmascarar essa afirmação. Você é capaz de fazer isso
sozinho, observando a sua própria experiência e a vida das pessoas ao seu redor. O que quero
analisar é a idéia que está por trás do contracheque "estável". Não há nada errado em ter um
contracheque assim, a não ser que ele interfira na capacidade que você possui de ganhar o que
merece. É nesse ponto que está o problema: ele geralmente interfere.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Não há nada errado em ter um contracheque estável, a não ser que ele interfira na
capacidade que você possui de ganhar o que merece.
É nesse ponto que está o problema: ele geralmente interfere.
As pessoas de mentalidade pobre preferem receber um salário garantido ou ser
remuneradas por horas trabalhadas. Precisam da "segurança" de saber que terão aquela exata
quantidade de dinheiro sempre na mesma data, todo mês. O que elas não percebem é que essa
segurança tem um preço, e o preço é a riqueza.
A vida baseada na segurança é uma vida fundamentada no medo.
Na verdade, o que a pessoa está dizendo é: "Temo não ser capaz de ganhar o suficiente
pelo meu desempenho, por isso me contento em receber o suficiente para sobreviver ou ter
algum conforto".
As pessoas ricas escolhem ser remuneradas pelos resultados que produzem, se não
totalmente, pelo menos em parte. Elas costumam ter o seu próprio negócio. Tiram os seus
rendimentos dos lucros que obtêm. Ganham por comisSão ou por percentual de receita.
Preferem ações da empresa ou participação nos lucros a salários altos. Observe que
nenhuma dessas fontes de renda dá garantias.
Como disse antes, no mundo financeiro as recompensas são geralmente proporcionais dos
riscos.
Os ricos acreditam em si mesmos. Crêem no seu valor e na sua capacidade de agregá-lo
ao mercado. Pessoas que pensam pequeno, não. É por isso que precisam de garantias.
Certa vez, negociei com uma assessora de relações públicas que queria que eu lhe
pagasse honorários mensais de US$ 4 mil. Perguntei-lhe o que eu receberia em troca. Ela
respondeu que eu teria pelo menos o equivalente a US$ 20 mil em divulgação na imprensa por
mês, em média. Eu quis saber: "E se você não produzir esse resultado ou algo próximo a isso?"
Ela afirmou que de qualquer modo estaria dispondo do seu tempo, por isso merecia esse valor.
Eu lhe disse: "Não estou interessado em remunerá-la pelo seu tempo, mas por determinado
resultado. Se você não o alcançar, por que devo lhe pagar? Por outro lado, caso você obtenha
um resultado melhor, receberá mais. Preste atenção: eu lhe darei 50% de qualquer valor médio
que você produzir. De acordo com os seus números, isso corresponderia a honorários mensais
de US$ 10 mil, ou seja, mais do que o dobro do que você pretende ganhar".
Ela topou? De jeito nenhum. Ela vai bem? Não, e continuará assim até descobrir que, para
ficar rica, precisa receber por seus resultados.
As pessoas de mentalidade pobre trocam tempo por dinheiro. O problema dessa estratégia
é que o seu tempo é limitado. Portanto, elas invariavelmente acabam quebrando a regra de
riqueza nº 1, que diz: "Nunca estabeleça um teto para os seus rendimentos".
Ao optar por ser remunerado pelo tempo que despende, você estará matando as chances
de ficar rico.
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PRINCIPIO DE RIQUEZA
Nunca estabeleça um teto para os seus rendimentos.
Essa regra também se aplica aos negócios de prestação de serviço em que, geralmente,
as pessoas são remuneradas por horas trabalhadas. É por isso que advogados, contadores,
consultores e outros profissionais que ainda não são sócios das empresas para as quais
colaboram - e, portanto, de cujos lucros não participam - só conseguem, na melhor das hipóteses,
rendimentos moderados.
Suponha que você está no ramo de canetas e recebe um pedido de 50 mil unidades. O
que faria nesse caso? Telefonaria para o seu fornecedor, encomendaria as 50 mil canetas, as
entregaria ao cliente e embolsaria o lucro, feliz da vida.
Agora imagine que você é um exímio massagista e tem 50 mil clientes fazendo fila a sua
porta, todos eles querendo os seus serviços. O que você faz? Simplesmente se rói de
arrependimento por não estar no ramo de canetas. O que mais pode fazer? Experimente explicar
a ultima pessoa da fila que o atendimento vai demorar "um pouco porque a consulta terá que ser
marcada para as 15h15 de uma terça-feira daqui a quatro décadas".
Não estou sugerindo que é errado prestar serviços pessoais.
Apenas não espere ficar rico tão cedo, a não ser que você invente uma forma de se
duplicar ou de alavancar a si mesmo.
Nos seminários, freqüentemente encontro assalariados e profissionais que são
remunerados por hora que se queixam de não estar ganhando tanto quanto merecem. A minha
resposta é: "Na opinião de quem? Tenho certeza de que o seu patrão acredita que está lhe
pagando de forma justa. Por que você não sai do esquema do salário e pede que o seu
pagamento seja feito, parcial ou integralmente, com base no seu desempenho? Ou, se não for
possivel, por que não trabalha por conta própria? Só assim saberá que está recebendo o que
merece". Mas esse conselho, por alguma razão, não parece satisfazer essas pessoas que,
obviamente, morrem de medo de testar o seu real valor no mercado.
A resistência que as pessoas costumam ter à idéia de receber por seus resultados decorre,
muitas vezes, apenas do medo de romper com o velho condicionamento. Pela minha experiência,
vejo que a maioria daqueles que estão empacados num emprego estável tem uma programação
passada que lhe diz que essa é a maneira "normal" de ser remunerado por seu trabalho.
Os pais não podem ser responsabilizados por isso. (Se você for uma boa vítima, acho até
que colocará a culpa neles.) Em geral, eles tendem a ser abertamente protetores.
Portanto, no seu modo de entender, é natural querer que os seus filhos tenham uma
existência segura em termos financeiros. Como você já deve ter percebido, qualquer trabalho que
não proporcione um contracheque estável geralmente produz aquela terrível reação por parte
deles: "Quando é que você vai arranjar um emprego de verdade?".
Quando os meus pais me faziam essa pergunta, felizmente a minha resposta era: "Se
Deus quiser, nunca!" A minha mãe ficava arrasada. Mas o meu pai dizia: "É isso mesmo. Você
jamais ficará rico trabalhando para outra pessoa em troca de salário. Se é para ter um emprego,
faça questão de que lhe paguem em porcentagem. Ou, então, o melhor é trabalhar por conta
própria."
Eu também o aconselho a adotar esse esquema. Escolha entre abrir o seu próprio negócio,
trabalhar por comissão ou receber uma porcentagem da receita, dos lucros ou das ações da
empresa.
Qualquer que seja a sua decisão, assegure-se de criar uma situação que lhe permita
ganhar com base nos seus resultados.
Acredito que a maioria das pessoas deveria trabalhar por conta própria, em tempo integral
ou parcial. O principal motivo disso é que a maior parte dos milionários enriqueceu montando um
negócio próprio.
Se você não tem uma idéia brilhante para iniciar um negócio, não se preocupe: use a de
alguém. Por exemplo, trabalhe como um vendedor comissionado. A atividade de vendas costuma
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produzir resultados financeiros excelentes. Caso seja bom nisso, terá a chance de ganhar uma
fortuna.
Em alguns países, como os Estados Unidos, uma ótima opção é entrar para uma empresa
de marketing de rede - um sistema de distribuição que movimenta bens e/ou serviços do
fabricante para o consumidor por meio de uma "rede" de empresários independentes, sem a
necessidade de pontos-de-venda. Os produtos são adquiridos por eles diretamente da empresa a
preço de distribuidor e revendidos a preço de tabela ao consumidor final.
Mesmo com pouco dinheiro, a pessoa pode se tornar um empresário/distribuidor e
desfrutar das vantagens de possuir um negócio próprio com um pequeno número de
inconvenientes administrativos. Porém, e isso é importante, não pense nem por um minuto que
alguém consegue ser bem-sucedido nessa atividade sem se dedicar - o negócio só dá certo
quando o trabalho é bem-feito. O êxito nesse ramo depende de treinamento, tempo e energia.
Outra opção é trocar o emprego por uma relação contratual. Se o seu empregador estiver
disposto, ele pode contratar a sua empresa em vez da sua pessoa para realizar basicamente as
mesmas atividades que você executa agora. Algumas exigências legais tem que ser atendidas,
mas o importante é que, Caso você consiga um ou dois clientes a mais, mesmo em tempo
parcial, podera receber como empresário em vez de como empregado e desfrutar das vantagens
fiscais correspondentes. Quem sabe o tempo parcial se torna tempo integral, dando-lhe a
oportunidade de alavancar a si mesmo, contratar outras pessoas para fazer o trabalho e,
finalmente, dirigir o seu próprio negócio?
Você deve estar pensando: "O meu patrão jamais concordaria com isso." Eu não teria tanta
certeza. Entenda que o custo de um funcionário para a empresa é bastante alto - ela tem que
pagar não apenas o salário, mas uma série de encargos trabalhistas que podem chegar a 80% do
valor dessa remuneração. É claro que, em alguns casos, você talvez tenha que abrir mão dos
benefícios que recebe como funcionário, mas, só com o que estará economizando em impostos,
poderá adquirir o que há de melhor para satisfazer as suas necessidades.
No fim das contas, a única maneira de você ganhar o que realmente merece é receber com
base nos seus resultados. Não custa lembrar o que meu pai me dizia: "Você jamais ficará rico
trabalhando para outra pessoa em troca de um salário. Se é para ter um emprego, faça questão
de que lhe paguem em porcentagem. Ou, então, trabalhe por conta própria".
Isso é que é conselho sábio.
DECLARAÇÃO
Prefiro ser remunerado com base nos meus resultados.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Se atualmente você trabalha por um salário mensal, crie e depois proponha ao seu
empregador um plano de remuneração que lhe permita receber, ao menos parcialmente, com
base nos seus resultados pessoais, bem como nos resultados da empresa.
Caso você tenha um negócio próprio, estabeleça um plano de remuneração que permita aos seus
colaboradores e fornecedores receberem basicamente pelos resultados que produzem e pelos
resultados da sua empresa.
2. Se você está empregado e não ganha o que merece com base nos resultados que alcança,
pense em abrir um negócio próprio, ainda que em tempo parcial. Uma opção é oferecer serviços
independentes de consultoria à empresa para a qual trabalha, mas agora recebendo por
desempenho e resultados, e não apenas pelo seu tempo.
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Arquivo de riqueza nº 12
As pessoas ricas pensam: "Posso ter as duas coisas".
As pessoas de mentalidade pobre pensam: "Posso ter uma coisa ou outra".
As pessoas ricas vivem numa realidade de abundância. As pessoas de mentalidade pobre
vivem num universo de limitações.
Embora elas habitem o mesmo mundo físico, a diferença está nas suas perspectivas. Os
indivíduos que pensam pequeno cultivam conceitos baseados na escassez. Deixam-se guiar por
lemas como "Nunca se tem o bastante" e "Não se pode ter tudo"! Mesmo assim, embora ninguém
possa ter "tudo" - afinal, isso faz parte da vida -, eu acredito que você, com toda a certeza, é
capaz de possuir "tudo o que realmente quer".
Você almeja uma carreira de sucesso ou ter mais tempo para ficar com a sua família?
Ambos. Você quer se dedicar aos negócios ou se divertir? Ambos. Você deseja dinheiro ou uma
vida com sentido? Ambos. Você pretende enriquecer ou fazer o trabalho que ama? Ambos.
As pessoas de mentalidade pobre sempre escolhem uma coisa ou outra, enquanto os ricos
optam por ambas. Eles entendem que, com um pouco de criatividade, podem quase sempre
imaginar uma forma de possuir o melhor dos dois mundos.
De agora em diante, quando você se confrontar com uma situação do tipo "ou uma coisa
ou outra", a questão fundamental a perguntar a si mesmo é: "Como posso ter as duas coisas?"
Esse questionamento mudará a sua vida. Ele o livrará de um modelo de escassez e
limitação e, em troca, lhe dará um universo de possibilidades e abundância.
Isso não se aplica apenas às coisas que você quer, mas a todas as áreas da sua vida.
Por exemplo: certa vez, tive que lidar com um fornecedor insatisfeito que achava que a
minha empresa, a Peak Potentials, devia pagar despesas extras que ele não havia originalmente
previsto.
O meu entendimento foi de que a estimativa dos seus próprios custos era assunto dele, e
não meu. E, se ele havia tido mais gastos do que o previsto, aquilo era algo que cabia a ele
mesmo resolver. Eu estava mais do que disposto a negociar um novo acordo para uma próxima
vez, porém, no caso daquele serviço especificamente, fiz questão absoluta de manter tudo o que
tinha sido acertado entre nós.
Nos meus tempos de vacas magras, eu teria entrado nessa discussão com o objetivo de
defender o meu ponto de vista e deixar claro que não pagaria ao sujeito um único centavo a mais
do que o combinado. E, mesmo que pretendesse mantê-lo como fornecedor, aquela situação
provavelmente acabaria numa grande briga. Partiria do princípio de que só haveria um vencedor.
No entanto, como àquela altura eu já estava treinado a pensar em termos de conseguir "as
duas coisas" entrei na discussão completamente aberto a criar uma situação em que não pagaria
um único centavo a mais e o meu fornecedor ficaria felicíssimo com o acerto que fizéssemos. Em
outras palavras, a minha meta era alcançar os dois objetivos. E foi o que consegui.
Veja outro exemplo. Houve uma época em que decidi comprar uma casa de férias no
Arizona. Vasculhei a área em que estava interessado e todos os agentes imobiliários me
disseram que, se eu quisesse uma casa de três quartos com um escritório nessa região, teria que
desembolsar mais de US$ 1 milhão.
A minha intenção, porém, era gastar menos de US$ 1 milhão. A maioria das pessoas
reduziria a sua expectativa ou aceitaria pagar o valor apontado pelos corretores. Eu me propus a
conseguir a casa e manter a quantia que estava disposto a desembolsar por ela. Depois, recebi
um telefonema com a notícia de que os proprietários de uma casa no lugar que eu desejava e
com o número de cômodos que eu queria haviam reduzido o seu preço em US$ 200 mil, ou seja,
menos de US$ 1 milhão.
Mais um tributo à intenção de obter as duas coisas.
Finalmente, sempre disse aos meus pais que não pretendia me tornar escravo de um
trabalho que eu não apreciasse e que "ficaria rico fazendo aquilo que amava". A resposta era
sempre a mesma: "Você vive num mundo de sonhos. A vida não é um mar de rosas. Negócios
são negócios, prazer é prazer. Cuide primeiro de ganhar o seu sustento. Depois, se sobrar tempo,
curta a vida".
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Lembro-me perfeitamente de dizer a mim mesmo: "Se eu seguir esse conselho, acabarei
como eles. Não, eu vou conseguir as duas coisas". Foi muito dificil. Às vezes eu era obrigado a
ficar uma ou duas semanas fazendo um trabalho que detestava para poder comer e pagar o
aluguel. Mas nunca abri mão da intenção de alcançar os meus dois objetivos. Jamais permaneci
muito tempo num emprego ou negócio que eu não apreciava. No fim, fui capaz de enriquecer
fazendo aquilo de que gostava. Agora que sei que isso é possível, continuo em busca somente de
trabalhos e projetos que me dão prazer. E o melhor de tudo: hoje tenho o privilégio de ensinar
outras pessoas a agir desse modo.
Em nenhuma outra área o pensamento de que podemos ter "as duas coisas" é mais
importante do que no campo financeiro. As pessoas de mentalidade pobre acreditam que devem
optar entre a riqueza e os demais aspectos da vida, por isso racionalizam a posição de que o
dinheiro não é tão importante.
Como já disse, essa idéia está errada. Afirmar que o dinheiro não é tão relevante quanto as
outras coisas da vida é absurdo. Volto a perguntar: o que é mais importante - o seu braço ou a
sua perna? Ambos, é claro.
O dinheiro é um lubrificante. Ele lhe permite "deslizar" pela vida, em vez de "se arrastar"
por ela. Proporciona liberdade - para você comprar o que desejar e fazer o que quiser do seu
próprio tempo.
Com ele você tem condições de desfrutar o que há de melhor e também a oportunidade de
ajudar outras pessoas a satisfazer as suas necessidades básicas. Acima de tudo, ser rico faz com
que você não precise gastar a sua energia se preocupando com a falta de dinheiro.
A felicidade também é importante. Repito: é nesse ponto que as pessoas que pensam
pequeno se confundem. Muitas delas acreditam que dinheiro e felicidade são mutuamente
excludentes: ou se é rico ou se é felit. Isso não passa da programação de quem pensa pequeno.
Uma pessoa que é rica, em todos os sentidos dessa palavra, entende que as duas coisas
são indispensáveis. Da mesma forma como precisamos de dois braços e de duas pernas,
necessitamos de dinheiro e felicidade.
Você pode comer o bolo e ter o bolo!
Chegamos, portanto, a outra importante diferença entre os indivíduos ricos e os de
mentalidade pobre.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
As pessoas ricas acreditam que "se pode comer o bolo e ter o bolo".
As pessoas que têm um pensamento de classe média crêem
que "bolo é doce demais, por isso só se deve comer um pedacinho".
As pessoas de mentalidade pobre, por acreditarem que não merecem bolo, pedem uma
rosquinha, se concentram no furo e se perguntam por que elas não têm "nada".
Eu lhe pergunto: de que serve ter o "bolo" se você não pode comê-lo? O que exatamente
você deve fazer com ele? Colocá-lo numa mesa e ficar olhando? Bolo serve para ser comido e
saboreado.
O modo de pensar "ou uma coisa ou outra" também ilude as pessoas que acreditam na
seguinte idéia: "Para eu ter mais, alguém tem que ter menos". Volto a dizer: isso não passa de
uma programação restritiva baseada no medo. A noção de que os ricos apropriam-se de todo o
dinheiro deste mundo e por isso não sobra para ninguém mais é absurda.
Primeiro, essa crença pressupõe que a quantidade de dinheiro existente é limitada. Não
sou economista, mas, até onde consigo perceber, notas e mais notas continuam a ser impressas.
Há décadas a oferta de dinheiro não está vinculada a nenhum ativo.
Portanto, mesmo que hoje Os ricos possuíssem toda a riqueza do planeta, amanhã haveria
milhões, talvez bilhões mais, disponíveis.
Outro aspecto que os simpatizantes dessa visão limitada parecem não observar é que o
mesmo dinheiro pode ser usado indefinidamente para criar valor para todas as pessoas. Vou dar
um exemplo.
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Nos seminários, peço a cinco participantes que se dirijam ao palco levando consigo um
objeto. Dou uma nota de US$ 5 à pessoa nº 1 e lhe digo para comprar algo da pessoa nº 2 com
aquele dinheiro.
Suponha que ela adquira uma caneta.
Agora a pessoa nº 1 tem uma caneta e a pessoa nº 2, US$ 5. A pessoa nº 2 usa então os
mesmos US$ 5 para comprar, digamos, uma prancheta da pessoa nº 3.
Depois, com aquela mesma nota, a pessoa nº 3 adquire um laptop da pessoa nº 4. Espero
que você tenha captado a imagem e a mensagem. Os mesmos US$ 5 foram usados para levar
valor a cada pessoa que o possuiu. Aquela nota passou por cinco indivíduos e criou US$ 5 em
valor para cada um deles e um total de USS 25 em valor para o grupo. Portanto, os US$ 5, além
de não terem se esgotado, circularam e criaram valor para todos.
As lições são claras. Primeiro, o dinheiro não se esgota - a mesma nota pode ser usada
anos e anos e por milhares de pessoas. Segundo, quanto mais rico é um individuo, mais dinheiro
ele pode colocar em circulação, permitindo que outras pessoas tenham mais dinheiro para trocar
por mais valor.
Isso é exatamente o contrário do que prega o pensamento baseado em "ou uma coisa ou
outra!". Quando uma pessoa possui dinheiro e o usa, tanto ela quanto o indivíduo com quem
aquela quantia foi gasta têm, ambos, o valor. Para ser direto: se você está tão preocupado com
as outras pessoas e quer se assegurar de que elas tenham a sua parte (como se existisse uma
parte), faça o que puder para enriquecer e espalhar mais dinheiro por aí.
Eu o estimulo a se livrar do mito de que o dinheiro é mau e de que você deixará de ser tão
"bom" ou tão "puro" se enriquecer. Essa crença é uma grande besteira, e, se você continuar a
aceitá-la, ficará empacado num importante aspecto de sua vida.
Ser bondoso, generoso e afetuoso não tem nada a ver com a quantidade de notas que há
na sua carteira - essas qualidades vêm do que existe no seu coração. Ser puro e espiritualizado
não tem relação com a sua conta bancária - esses atributos se originam do que está na sua alma.
Acreditar que o dinheiro tem o poder de torná-lo bom ou mau não passa do modo de
pensar "ou uma coisa ou outra", puro lixo programado que não ajuda em nada a sua felicidade e
o seu sucesso. Essa idéia também não tem a menor utilidade para as pessoas ao seu redor,
especialmente para as crianças. Se você faz absoluta questão de ser uma boa pessoa, seja bom
o suficiente para não infectar a geração seguinte com crenças equivocadas que possa ter
adotado sem querer.
Caso deseje viver de fato uma vida sem limites, deixe de lado o modo de pensar
excludente e mantenha a intenção de ter as duas coisas.
DECLARAÇÃO
Eu sempre penso: "Posso ter as duas coisas".
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Pratique pensar em ter "as duas coisas" e crie maneiras de conseguir isso. Sempre que se
encontrar diante de duas alternativas, pergunte-se: "Por que não posso ter ambas?".
2. Conscientize-se de que dinheiro em circulação acrescenta valor à vida de todas as pessoas.
Sempre que você gastar dinheiro, diga a si mesmo: "Esse dinheiro passará por centenas de
indivíduos e criará valor para todos eles".
3. Pense em si próprio como um exemplo para os outros - mostrando que é possível ser bondoso,
generoso, afetuoso e rico.
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Arquivo de riqueza nº 13
As pessoas ricas focalizam o seu patrimônio líquido.
As pessoas de mentalidade pobre focalizam o seu rendimento mensal.
Em geral, quando o assunto é dinheiro, as pessoas freqüentemente perguntam: "Quanto
você ganha?" É raro ouvirmos: "Quanto vale o seu patrimônio?" Pouca gente fala assim, a não
ser nos ambientes de alta classe.
Nesses lugares, as conversas sobre dinheiro costumam dizer respeito ao patrimônio: "O
Pedro acabou de vender as ações. Ele tem agora um patrimônio de mais de R$ 3 milhões. A
empresa de João abriu o capital. Ele agora possui R$ 5 milhões. A Maria vendeu a firma e agora
tem R$ 8 milhões". Ninguém diz: "Sabia que o Ricardo ganhou um aumento, além de uma ajuda
de custo de 2%?".
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
A verdadeira medida da riqueza é o patrimônio líquido e não os rendimentos.
A verdadeira medida da riqueza é o patrimônio líquido e não os rendimentos. Sempre foi e
sempre será. O patrimônio líquido é o valor de tudo o que uma pessoa tem. Para determinar o
seu patrimônio, some o valor de todas as coisas que você possui - dinheiro, ações, títulos,
imóveis, o seu negócio atual, a sua casa - e depois subtraia tudo o que deve, O patrimônio líquido
é a medida definitiva da riqueza porque, se necessário, os bens podem ser liquidados, ou seja,
convertidos em dinheiro.
Quem é rico sabe que há uma imensa diferença entre rendimentos e patrimônio
líquido. Os primeiros são importantes, mas constituem apenas um dos quatro fatores
determinantes do patrimônio líquido, que são:
1. Rendimentos
2. Poupança
3. Investimentos
4. Simplificação
Toda pessoa rica compreende que a construção de um patrimônio líquido substancial
resulta de uma equação que contém esses quatro elementos. Como todos eles são essenciais,
examinarei um a um.
Existem dois tipos de rendimentos: ativos e passivos. Rendimento ativo é o dinheiro que
você ganha por seu trabalho: o seu salário ou, caso seja um empresário, a renda ou os lucros que
obtém com o seu próprio negócio. O rendimento ativo é importante porque, na sua ausência, é
quase impossível chegar aos outros três fatores do patrimônio líquido.
É com os rendimentos ativos que enchemos o nosso "funil financeiro", por assim dizer. Em
condições normais, quanto maior o rendimento ativo, mais podemos poupar e investir. Embora
esse tipo de rendimento seja fundamental, eu repito: o seu valor depende da parte que ele ocupa
no conjunto do patrimônio líquido.
Rendimento passivo é o dinheiro que você recebe sem trabalhar ativamente. Depois
abordarei o rendimento passivo com mais detalhes. Por ora, considere-o uma das fontes de
abastecimento do seu funil financeiro, que pode ser usada para gastos, poupança e investimento.
Poupar também é indispensável. Se você ganhar rios de dinheiro e não conservar nenhum,
não fará fortuna. Muita gente tem um modelo de dinheiro programado para gastar - quanto mais
ganha, mais gasta. São indivíduos que optam pela gratificação imediata em detrimento do
equilíbrio a longo prazo. Os gastadores têm três lemas.
O primeiro é: "Ah, é só dinheiro". Conseqüentemente, dinheiro é algo que eles não
possuem em grande quantidade. O segundo é: "Tudo que vai vem". Pelo menos é do que
gostariam, porque o seu terceiro lema é: "Sinto muito, agora não dá. Estou quebrado".
Sem rendimentos para encher o funil financeiro e sem poupança para conservá-lo, é
impossível passar ao próximo fator do patrimônio líquido.
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Depois que tiver começado a poupar uma parte apropriada dos seus rendimentos, você
pode chegar à etapa seguinte: fazer o seu montante de dinheiro aumentar por meio de
investimentos. Em geral, quanto melhores os investimentos, mais rápido o dinheiro cresce e mais
patrimônio líquido ele proporciona.
As pessoas ricas despendem tempo e energia aprendendo a investir e têm orgulho de ser
excelentes investidoras ou, pelo menos, de contratar ótimos profissionais para executar essa
tarefa por elas. Quem tem a mentalidade pobre pensa que investimento é coisa de rico. E, como
nunca aprende a fazer isso, continua na pior.
Volto a dizer: todas as partes da equação são importantes.
O quarto fator do patrimônio líquido pode ser considerado o azarão do páreo: pouca gente
reconhece a sua importância para a criação da riqueza. Trata-se da "simplificação". Ela caminha
lado a lado com a poupança e requer o estabelecimento consciente de um estilo de vida em que
você dependa menos de dinheiro. Com a redução do seu custo de vida, aumentam a poupança e
também a quantidade de dinheiro disponível para investir.
Para ilustrar o poder da simplificação, vou contar a história de uma participante do
Seminário da Mente Milionária. Aos 23 anos de idade, Sue tomou uma sábia decisão: comprou
uma casa. Nesse negócio, ela gastou pouco menos de US$ 300 mil. Sete anos depois houve um
boom no mercado imobiliário e Sue vendeu a casa por mais de US$ 600 mil, obtendo um lucro
superior a US$ 300 mil.
Ela pensou em adquirir uma nova casa, mas, após participar do seminário, percebeu que,
se investisse o dinheiro com juros de 10% e simplificasse o seu estilo de vida, poderia viver
confortavelmente dos rendimentos sem nunca mais ter que trabalhar. Em vez de comprar uma
nova casa, Sue foi morar com a irmã. Hoje, aos 30 anos, ela é financeiramente livre.
Não conquistou a independência ganhando uma tonelada de dinheiro, mas reduzindo
conscientemente as suas despesas pessoais. Sim, ela ainda trabalha - porque gosta -, porém ela
não precisaria mais fazer isso. Na verdade, Sue só trabalha seis meses por ano. Os outros seis
meses ela passa nas ilhas Fiji - primeiro, porque adora o lugar; segundo, porque, como diz, lá o
seu dinheiro rende muito mais.
Como vive entre os moradores locais e não entre os turistas, os seus gastos não são
grandes. Você conhece alguém que pode ficar seis meses por ano numa ilha tropical sem
precisar trabalhar, na flor dos seus 30 anos? E que tal aos 40, 50, 60 ou em qualquer outra
idade? Tudo isso aconteceu porque Sue criou um estilo de vida simples. Assim, não precisa de
nenhuma fortuna para se sustentar.
Quanto lhe custa, portanto, ser financeiramente feliz? Se você sente necessidade de morar
numa verdadeira mansão, ter 10 carros e três casas de veraneio, dar a volta ao mundo todo ano,
comer caviar e beber o melhor champanhe para preencher a sua vida, ótimo. Saiba, no entanto,
que está colocando o seu sonho de felicidade num patamar extremamente alto e pode precisar de
um tempo enorme para alcançá-lo.
Mas, Caso você não faça questão de todos esses "brinquedos" para ser feliz, é provável
que concretize o seu objetivo financeiro mais cedo.
Volto a dizer: a construção do patrimônio líquido é uma equação de quatro partes.
Considere a seguinte analogia. Imagine-se dirigindo um ônibus. Como seria a viagem se
esse veículo só tivesse uma roda?
Provavelmente lenta, acidentada, cheia de percalços - você ficaria girando em círculos.
Soa familiar? As pessoas ricas jogam o jogo do dinheiro com as quatro rodas. Por isso a viagem
que fazem é tão rápida, suave, direta e relativamente tranqüila.
A propósito, uso a analogia do ônibus porque, depois de alcançar o sucesso, a sua meta
pode ser levar outras pessoas nesse passeio.
Aqueles que têm uma mentalidade pobre ou uma visão de classe média jogam o jogo do
dinheiro com uma roda só. Acreditam que o único jeito de enriquecer é ganhando rios de dinheiro.
Eles pensam assim porque nunca fizeram fortuna. Não conhecem a lei de Parkinson: "A
despesa cresce na proporção direta da receita".
Veja o que normalmente acontece na nossa sociedade. A pessoa tem um carro, depois
ganha mais dinheiro e compra um carro melhor; possui uma casa, depois ganha mais dinheiro e
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adquire uma casa maior; tem roupas. Depois ganha mais dinheiro e compra roupas mais caras;
tem férias, depois ganha mais dinheiro e gasta mais nas férias. É claro que existem exceções a
essa regra, pouquíssimas, aliás. Em geral, à medida que os rendimentos aumentam, os gastos
sobem também. É por isso que apenas os rendimentos por si mesmos não criam riqueza.
Este livro se chama Os segredos da mente milionária.
Eu pergunto: milionária se refere aos rendimentos ou ao patrimônio líquido? Ao patrimônio
líquido. Portanto, se você pretende ser um milionário ou algo mais do que isso, tem que focalizar
a construção desse patrimônio, que, como já demonstrei, depende de muitas coisas além dos
seus rendimentos.
Adote a política de conhecer o seu patrimônio líquido até o último centavo. Vou lhe sugerir
um exercicio que pode mudar a sua vida financeira.
Pegue uma folha de papel e escreva o cabeçalho PATRIMÔNIO LÍQUIDO. Em seguida,
crie uma planilha simples, começando com zero e terminando com o objetivo que você considerar
adequado.
Anote o seu patrimônio líquido atual. A cada 90 dias, inclua o seu novo patrimônio líquido.
Desse modo, você se verá ficando cada vez mais rico. Por quê? Porque estará
monitorando esse patrimônio.
Lembre-se: aquilo que focalizamos se expande. Como sempre digo nos treinamentos que
organizo: "É onde a atenção está que a energia flui e o resultado aparece".
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
É onde a atenção está que a energia flui e o resultado aparece.
Monitorando o seu patrimônio líquido, você se concentra nele.
Como aquilo que a mente focaliza se expande, esse patrimônio crescerá. Por falar nisso,
essa lei vale para todos os aspectos da vida: tudo aquilo de que você cuida cresce.
Para isso, eu lhe recomendo procurar um bom consultor financeiro. Esse profissional pode
ajudá-lo a monitorar e construir o seu patrimônio líquido. Ele o orientará sobre como organizar as
suas finanças e lhe ensinará maneiras de poupar e fazer o seu dinheiro crescer.
A melhor forma de encontrar um bom consultor é buscar referências com um amigo ou
parceiro que esteja satisfeito com um especialista nessa área. Não estou lhe dizendo para aceitar
tudo o que esse profissional disser como um dogma. A minha sugestão é que você escolha
alguém com as qualificações necessárias para orientá-lo a planejar e controlar as suas finanças.
Um bom consultor lhe fornecerá instrumentos, programas de computador, conhecimentos e
recomendações que o ajudarão a adquirir hábitos de investimento geradores de riqueza. Em
geral, eu recomendo que seja uma pessoa que trabalhe com todo tipo de produtos financeiros, e
não apenas com seguros e fundos, para que você possa escolher as opções que mais lhe
convêm.
DECLARAÇÃO
Estou concentrado na construção do meu patrimônio líquido.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Mantenha-se concentrado nos quatro fatores do patrimônio líquido: aumentar os seus
rendimentos, engordar a sua poupança, elevar o retorno dos seus investimentos e diminuir os
gastos pessoais, simplificando o seu estilo de vida.
2. Crie um extrato do seu patrimônio liquido. Atualize em reais tudo o que você tem (os seus
ativos) e subtraia o valor de tudo o que deve (o seu passivo). Comprometa-se a monitorar e
revisar trimestralmente esse extrato. Repito: por força da lei do foco, tudo aquilo de que você
cuida cresce.
3. Contrate um consultor financeiro bem-sucedido que trabalhe para uma firma conhecida e
conceituada. A melhor forma de encontrar um excelente especialista nessa área é pedir
referências a amigos e parceiros.
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Arquivo de riqueza nº 14
As pessoas ricas administram bem o seu dinheiro.
As pessoas de mentalidade pobre administram mal o seu dinheiro.
Para escrever o livro O milionário mora ao lado, Thomas Stanley pesquisou milionários de toda
a América do Norte. O livro mostra quem são eles e como fizeram fortuna. As suas lições podem
ser resumidas numa unica frase: "Os ricos sabem gerir as suas finanças".
As pessoas ricas administram bem o seu dinheiro. Às pessoas de mentalidade pobre, não.
Os ricos não são mais inteligentes do que os indivíduos de mentalidade pobre, apenas têm
hábitos diferentes e mais positivos em relação às finanças. Como expliquei na parte 1, esses
hábitos se baseiam primordialmente no condicionamento passado. Se alguém não controla o
próprio dinheiro de modo adequado, é porque provavelmente não foi programado para lidar com
esse assunto. E é possível também que essa pessoa não saiba gerir o seu dinheiro de forma
simples e eficaz. Não sei se é o seu caso, mas a faculdade que freqüentei não oferecia o curso
Administração do Dinheiro.
Talvez esse tema não tenha muito glamour, mas ele se resume a isto: o que distingue o
sucesso do fracasso financeiro é a capacidade que a pessoa tem de administrar o próprio
dinheiro. É simples: para controlar dinheiro, é necessário administrá-lo.
Quem pensa pequeno administra mal suas finanças ou evita esse tema
completamente. Muitos indivíduos não gostam de gerir a sua vida financeira porque, segundo
dizem, isso lhes tira a liberdade ou porque não têm dinheiro suficiente para controlar.
Quanto à primeira desculpa: administrar dinheiro não restringe a liberdade de ninguém - ao
contrário, a aumenta. Tomar a frente dessa atividade é o que dá a uma pessoa a situação
financeira de que ela precisa para nunca mais ter que trabalhar na vida. Essa, para mim, é a
verdadeira liberdade.
Os que se valem do argumento "não tenho dinheiro suficiente para administrar", por sua
vez, estão olhando pelo lado errado do telescópio. Em lugar de dizerem "Quando eu possuir
muito dinheiro, começarei a administrá-lo" devem dizer "Quando eu começar a administrar as
minhas finanças, terei muito dinheiro".
Quem pretende passar a controlar o dinheiro assim que "sair do buraco" se comporta da
mesma forma que o obeso que diz "Vou começar a fazer exercícios e dieta depois que perder
10kg". Isso é colocar o carro na frente dos bois e não leva a lugar nenhum. Primeiro, é necessario
que a pessoa administre corretamente o dinheiro que possui para, depois, ter mais recursos
financeiros para gerir.
Nos Seminários, costumo contar uma história que atinge em cheio a maioria das pessoas.
Imagine que você está passeando com uma criança de cinco anos e passa por uma sorveteria.
Você entra e compra para ela uma bola de sorvete na casquinha. Depois que vocês saem
dali, a criança balança o cone na mão e, de repente, o sorvete cai no chão. Ela começa a chorar.
Você volta à sorveteria e, quando vai repetir o pedido, a criança vê num cartaz colorido a foto de
uma casquinha com três bolas. Ela aponta para o cartaz e grita: "Eu quero este!".
Instala-se o problema. Por ser a pessoa bondosa, afetuosa e generosa que é, você faria a
vontade da criança e pediria uma casquinha com três bolas? De imediato, a sua resposta talvez
seja: "É claro". Mas, pensando um pouco melhor, a maioria dos participantes dos seminários
responde: "De jeito nenhum". Afinal, por que premiar o erro da criança e programá-la para falhar?
Se ela não é capaz de segurar direito uma casquinha que tem só uma bola de sorvete,
como vai conseguir fazer isso com uma que tenha três?
Esse mesmo raciocínio se aplica quando se trata da sua relação com o universo. Vivemos
num universo bondoso e afetuoso cuja regra é: "Você não terá mais até provar que é capaz de
lidar com o que já possui".
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Você não terá mais até provar que é capaz de lidar com o que já possui.
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Antes de gerir uma grande fortuna, você precisa adquirir o hábito e a capacidade de
administrar pouco dinheiro. Lembre-se: somos criaturas de hábitos. Portanto, o hábito de
administrar o dinheiro é mais importante do que a quantidade de dinheiro que você tem.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
O hábito de administrar o dinheiro é mais importante
do que a quantidade de dinheiro que você tem.
Então, como você deve administrar seu dinheiro?
Primeiro, abra uma conta bancária e batize-a Conta da Liberdade Financeira. Deposite
nela 10% de cada real que você receber (já descontados os impostos). Esse dinheiro só deve ser
usado para investir e para comprar ou criar fluxos de rendimentos passivos.
A finalidade dessa conta é gerar uma galinha que ponha ovos de ouro chamados
rendimentos passivos. E quando é que você vai começar a gastar esse dinheiro? Nunca! Ele
jamais será gasto - trata-se de investimento apenas.
Quando você se aposentar, passará a usar os rendimentos dessa conta (os ovos), mas
não o principal.
Assim, ele estará sempre crescendo e você nunca ficará na mão.
Emma, uma das minhas alunas, contou-me a sua história. Alguns anos atrás, ela estava à
beira da falência. Não queria, mas não via alternativa: as suas dívidas iam muito além da sua
capacidade de administrá-las. Depois de conhecer o sistema de administração do dinheiro que
ensino, ela disse: "É isso aí. É assim que eu vou sair dessa enrascada".
Como os demais participantes, Emma foi orientada a dividir o seu dinheiro entre várias
contas. "Fantástico", disse a si mesma, "mas não tenho nenhum dinheiro para dividir". Decidida a
tentar, ela começou a depositar US$ 1 por mês nas suas contas.
Aplicando o sistema de alocação que aprendeu, daquele dólar ela depositou 10 centavos
na Conta da Liberdade Financeira. O seu primeiro pensamento foi: "Como vou me tornar
financeiramente livre com 10 centavos de dólar por mês?" Então, comprometeu-se a dobrar
aquele valor mensalmente. No mês seguinte, ela separou US$ 2, no terceiro US$ 4, depois US$
8, depois US$ 16, US$ 32, US$ 64 e assim por diante, até que, a partir do 12º mês, estava
depositando US$ 2.048.
Dois anos depois, os seus esforços começaram a dar resultados espetaculares: Emma
conseguiu depositar US$ 10 mil de uma só vez na sua Conta da Liberdade Financeira. Ela havia
desenvolvido tão bem o hábito de administrar dinheiro que, quando um prêmio de US$ 10 mil caiu
no seu colo, Emma não precisou dessa quantia para nada e pôde investi-la naquela conta.
Hoje, essa mulher não deve mais e está a caminho de se tornar financeiramente livre.
Tudo isso foi possível porque ela agiu de acordo com o que aprendeu, começando com um
único dólar por mês.
Não importa se você tem uma fortuna ou praticamente nada. O essencial é começar já a
administrar o que está nas suas mãos. Em pouco tempo, você ficará impressionado com os
resultados.
Outro dos meus alunos disse: "Como posso gerir o meu dinheiro se estou vivendo de
empréstimos?". A resposta foi: pegue emprestado mais US$ 1 e administre-o. Não interessa se
você está arranjando dinheiro emprestado ou ganhando uma ninharia por mês. Administre o valor
que tiver, porque o principio que está em ação transcende o mundo físico: ele é também um
princípio espiritual. Milagres financeiros acontecerão se você demonstrar ao universo que é capaz
de controlar adequadamente as suas finanças.
Depois de abrir a Conta da Liberdade Financeira, crie na sua casa o Pote da Liberdade
Financeira e guarde nele alguma quantia todos os dias. Podem ser R$ 5 ou R$ 10, um único real,
um centavo que seja ou todo o seu dinheiro trocado, O valor não importa - o hábito, sim, O
segredo, repito, é dar atenção diária ao seu objetivo de se tornar financeiramente livre. Os
semelhantes se atraem - dinheiro chama dinheiro. Deixe esse pote se tornar o seu "ímã que atrai
dinheiro", faça com que ele traga para a sua vida mais e mais riqueza e oportunidades de
liberdade financeira.
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Tenho certeza de que não é a primeira vez que você ouve o conselho de poupar 10% dos
seus rendimentos para investimentos de longo prazo, mas talvez seja a primeira vez que alguém
lhe diz para ter uma outra conta - a Conta da Diversão -, especificamente para você poder gastar
e curtir.
Um dos maiores segredos da administração do dinheiro é o equilíbrio. Por um lado, você
deve poupar o máximo para ter condições de investir e ganhar mais dinheiro. Por outro lado,
convém depositar 10% dos seus rendimentos na Conta da Diversão. Por quê?
Porque temos uma natureza holística. Não podemos afetar uma parte da vida sem
afetarmos outra. Algumas pessoas economizam ao extremo. Com isso, o seu ser lógico e
responsável fica satisfeito, mas o seu espírito, não. No fim, esse lado espiritual, ávido por
satisfação, diz: "Chega. Quero um pouco de atenção também". E sabota os seus resultados.
Se você apenas gasta, não só jamais enriquecerá como a parte responsável do seu ser
acabará fazendo com que você não curta as coisas com as quais despende o seu dinheiro,
porque se sente culpado. Então, a culpa o leva a gastar ainda mais como forma de expressar as
suas emoções. Você se sente melhor durante um tempo, porém a culpa e a vergonha logo
retornam. A única maneira de romper esse círculo vicioso é aprender a administrar as suas
finanças de um modo que dê certo.
O objetivo primordial da Conta da Diversão é a sua satisfação. Ela lhe dará a
oportunidade de fazer coisas que você normalmente não faria - extravagâncias, como ir a um
bom restaurante e pedir uma garrafa do melhor vinho ou champanhe ou alugar um carro caro
para passear durante o fim de semana.
A regra que comanda a Conta da Diversão é: ela tem que ser "zerada" todo mês.
Exatamente. Você deve "torrar" mensalmente todo o dinheiro que tiver depositado de um modo
que o faça sentir-se rico.
Imagine-se, por exemplo, despejando cada centavo dessa conta no balcão de um hotel de
alta classe para passar um fim de semana ali.
É como eu disse: uma extravagância. Para a maioria de nós, a única forma de respeitar o
plano de poupança é compensá-lo com um plano que premie o nosso esforço. Outras finalidades
da Conta da Diversão são: fortalecer o seu "músculo recebedor" e tornar mais divertida a
administração do dinheiro. Além da Conta da liberdade Financeira e da Conta da Diversão, eu o
aconselho a criar outras quatro contas para dividir o seu dinheiro:
10% para a Conta da liberdade Financeira;
10% para a Conta de Poupança para Despesas de longo Prazo;
10% para a Conta da Instrução Financeira (estudos e cursos);
10% para a Conta da Diversão;
50% para a Conta das Necessidades Básicas;
10% para a Conta das Doações.
Vou dizer outra vez: as pessoas de mentalidade pobre pensam que tudo depende dos
rendimentos - acreditam que, para enriquecer, é necessário ter um salário nababesco. Isso é uma
grande bobagem. A verdade é que, se você administrar o seu dinheiro seguindo o programa que
sugiro, terá grandes chances de se tornar financeiramente livre com rendimentos relativamente
baixos. No entanto, caso controle mal as suas finanças, não conseguirá essa liberdade mesmo
que tenha rendimentos elevados. É por isso que alguns profissionais bem remunerados, como
médicos, advogados, dentistas e até atletas, muitas vezes são duros. Afinal, não se trata de
quanto dinheiro entra, e sim do que a pessoa faz com ele.
John, um dos participantes do seminário, disse-me que na primeira vez em que ouviu falar
em sistema de administração de dinheiro pensou: "Que saco! Por que diabos alguém gastaria o
seu precioso tempo com essa bobagem?" Mais tarde, ele percebeu que, se quisesse ser
financeiramente livre um dia, também teria que saber administrar o próprio dinheiro como fazem
os ricos.
Como esse novo hábito não era algo natural para ele, John precisou aprender essa lição.
Disse ter se lembrado de quando treinava para provas de triatlo. Era muito bom em natação e
ciclismo, mas não gostava de correr. Sempre forçava os pés, os joelhos e as costas e ficava todo
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dolorido depois dos treinos. Durante a corrida, respirava com dificuldade e os seus pulmões
queimavam, mesmo que ele não se empenhasse ao máximo. Detestava aquilo, porém sabia que,
se quisesse ser um triatleta de primeiro nível, teria que aprender a correr e aceitar as
conseqüências como parte dos custos da vitória. John decidiu, então, correr todos os dias. Após
alguns meses, passou não apenas a gostar dessa atividade como a ansiar pela hora do seu
treino diário.
Aconteceu-lhe exatamente a mesma coisa na área da administração do dinheiro. John
começou detestando esse sistema, porém depois acabou gostando dele. Agora, aguarda pela
chegada do pagamento para depositá-lo nas contas. E curte também monitorar o seu patrimônio
líquido, que passou de zero para mais de US$ 300 mil e continua crescendo dia a dia.
Tudo se resume ao seguinte: ou você controla o seu dinheiro ou ele o controlará. Para
controlar o dinheiro, você tem que administrá-lo.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Ou você controla o seu dinheiro ou ele o controlara.
Adoro ouvir o que as pessoas formadas nos meus seminários falam da sua confiança a
respeito de dinheiro, de sucesso e de si mesmas depois que começam a administrar
corretamente as suas finanças. E o melhor de tudo é que essa confiança se transfere às outras
áreas da sua vida, aumentando a sua felicidade e melhorando os seus relacionamentos e até a
sua saúde.
O dinheiro é uma parte fundamental da existência humana.
Quando você aprender a colocar as suas finanças sob controle, todos os setores da sua
vida andarão bem.
DECLARAÇÃO
Sou um excelente administrador de dinheiro.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Abra a Conta da Liberdade Financeira. Deposite nela 10% de todos os seus rendimentos
(descontados os impostos). Esse dinheiro jamais deve ser gasto, apenas investido para produzir
rendimentos passivos para a sua aposentadoria.
2. Crie na sua casa o Pote da Liberdade Financeira e guarde uma quantia qualquer ali todos os
dias. Podem ser R$ 5 ou R$ 10, um único real, um centavo que seja ou todo o seu dinheiro
trocado. Isso deixará a sua atenção diariamente concentrada na sua liberdade financeira. E,
como você sabe, onde a atenção se fixa os resultados aparecem.
3. Abra a Conta da Diversão ou tenha em casa o Pote da Diversão, no qual você depositará 10%
de todos os seus rendimentos.
Além da Conta da Diversão e da Conta da Liberdade Financeira, abra quatro outras contas e
deposite nelas as seguintes porcentagens dos seus rendimentos:
10% na Conta de Poupança para despesas de Longo Prazo;
10% na Conta da Instrução Financeira;
50% na Conta das Necessidades Básicas;
10% na Conta das Doações.
4. Independentemente de quanto dinheiro você possui, comece a administrá-lo agora. Não deixe
para amanhã. Mesmo que só tenha R$ 1, administre-o. Pegue 10 centavos e deposite no Pote ou
na Conta da Liberdade Financeira. Separe outros 10 centavos e deposite no Pote ou na Conta da
Diversão. Essa simples ação enviará ao universo uma mensagem dizendo que você está pronto
para receber mais dinheiro. É claro que, se puder administrar mais, vá em frente.
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Arquivo de riqueza nº 15
As pessoas ricas põem o seu dinheiro para dar duro para elas.
As pessoas de mentalidade pobre dão duro pelo seu dinheiro.
Se você é como a maioria das pessoas, cresceu programado para acreditar que "tem que
dar duro para ganhar dinheiro". São boas as chances, porém, de que tenha sido criado sem o
condicionamento de que tão importante quanto isso é fazer o seu dinheiro "dar duro" para você.
Não resta dúvida de que trabalhar muito é importante, mas somente isso nunca o tornará
rico. Como eu sei disso? Observe o mundo real.
Existem milhões - não, bilhões - de pessoas que se matam de trabalhar, suam a camisa
durante todo o dia e até à noite. São todas ricas? Não. A maioria delas vive na pindaíba ou quase
lá. Por outro lado, quem você vê flanando pelos clubes de alta classe de todo o mundo? Quem
passa as tardes jogando golfe ou tênis e velejando?
Quem curte os dias fazendo compras e as semanas gozando férias?
Os ricos, é claro. Portanto, vou ser direto: a idéia de que é necessário trabalhar duro
durante toda a vida para ficar rico é besteira.
Um antigo ditado propõe "um real de trabalho por um real de salário". Não há nada errado
com esse provérbio, exceto que ele não diz o que fazer com esse "real de salário". Saber que
destino dar a essa quantia é o que permite passar do trabalho duro para o trabalho inteligente.
Os ricos podem viver os seus dias se divertindo e relaxando porque trabalham de maneira
inteligente. Eles compreendem o principio da alavancagem e o utilizam - põem não só outras
pessoas como o próprio dinheiro para trabalhar para eles.
A minha experiência diz que de fato é necessário trabalhar muito para ganhar dinheiro.
Para as pessoas ricas, no entanto, essa é uma situação temporária. No caso de quem tem uma
mentalidade pobre, é permanente. Os ricos entendem que é necessário suar a camisa somente
até que o seu dinheiro comece a trabalhar duro o bastante para ocupar o seu lugar. Eles
acreditam no seguinte: quanto mais o seu dinheiro trabalha, menos eles terão que trabalhar.
Lembre-se: dinheiro é energia. A maioria das pessoas entra com a energia operária e tira a
energia monetária. Os que alcançaram a liberdade financeira aprenderam a substituir a energia
do trabalho que investem por outras formas de energia, que incluem trabalho de terceiros,
sistemas de negócios e capital de investimento. Repito: primeiro a pessoa sua para ganhar
dinheiro, depois deixa que ele dê duro para ela.
No jogo do dinheiro, muita gente não faz a menor idéia de quanto custa vencer. Qual é a
sua meta? Quando Você vence o jogo? Você está jogando para o gasto, para ter rendimentos de
R$ 30 mil por ano, para ficar milionário ou para se tornar um multimilionário? O objetivo do jogo
do dinheiro que ensino é: nunca ter que trabalhar novamente... a não ser que você deseje fazer
isso, e, nesse caso, que seja por opção, não por necessidade.
Em outras palavras, a meta é tornar-se financeiramente livre tão rápido quanto possível. A
minha definição de liberdade financeira é simples: é a capacidade de viver o estilo de vida que
você deseja sem precisar trabalhar nem depender do dinheiro de alguém.
Observe que há uma boa chance de que o estilo de vida que você almeja custe caro.
Conseqüentemente, para ser "livre", você terá que ganhar dinheiro sem trabalhar. O rendimento
sem trabalho é chamado de rendimento passivo. Para vencer no jogo do dinheiro, o objetivo é ter
um rendimento passivo que dê para pagar pelo estilo de vida desejado. Em suma, você se torna
financeiramente livre quando o seu rendimento passivo excede as suas despesas.
Identifiquei duas fontes primárias de rendimentos passivos. A primeira é o "dinheiro que
trabalha para você". Isso inclui ganhos de investimentos que englobam ações, letras de câmbio,
mercado financeiro, fundos de investimento, assim como hipotecas e outros ativos que se
valorizam e têm liquidez.
A segunda grande fonte de rendimento passivo é o "negócio que trabalha para você". São
os rendimentos contínuos de negócios cuja operação não depende do seu envolvimento pessoal,
como aluguel de imóveis, royalties de livros, músicas e programas de computador; licenciamento
de idéias; franqueamento de marcas; propriedade de depósitos; e marketing de rede, ou
multinível, para citar alguns. isso também inclui montar qualquer negócio que esteja sistematizado
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para operar sem a sua presença. Volto a dizer: é uma questão de energia. A idéia é que o
negócio, e não você, funcione e produza valor para as pessoas.
O marketing de rede, por exemplo, é um conceito muito bom.
Primeiro, porque geralmente não requer um grande capital inicial.
Segundo, porque, uma vez estabelecido, proporciona rendimentos residuais constantes
(outra forma de renda sem que você precise trabalhar), ano após ano. Experimente obter isso
com um emprego das 9h às 6h.
Volto a enfatizar a importância de estabelecer estruturas de rendimento passivo. É simples.
Sem rendimento passivo, ninguém consegue ser financeiramente livre. Porém, você sabia que a
maioria das pessoas tem muita dificuldade para criar fontes desse tipo de rendimento? Isso
ocorre por três motivos. Primeiro, o condicionamento.
A maioria de nós foi programada para não ter rendimento passivo.
Quando você tinha por volta dos 18 anos de idade e precisava de dinheiro, o que os seus
pais lhe diziam? "Ora, vá arranjar um rendimento passivo?" Jamais. O mais comum era
escutarmos o seguinte: "Vá trabalhar!", "Arranje um emprego!", ou outra coisa do gênero.
Como fomos ensinados a trabalhar para conseguir dinheiro, o rendimento passivo é, para
muitos de nós, algo fora do normal.
Segundo, pouquíssima gente aprendeu a criar fontes de rendimento passivo na escola, na
faculdade ou em qualquer outro lugar.
O resultado é que a maioria das pessoas não sabe quase nada e, conseqüentemente, não
faz grande coisa a respeito disso.
Finalmente, como não tivemos contato com rendimento passivo e investimentos nem
aprendemos coisa nenhuma sobre esses assuntos, nunca demos muita atenção a eles. As
nossas opções profissionais e de negócios são amplamente baseadas na geração de
rendimentos com o trabalho. Se você tivesse aprendido desde pequeno que uma meta financeira
básica na vida é criar fontes de rendimento passivo, não teria reconsiderado algumas opções
profissionais?
Sempre recomendo às pessoas que escolham um negócio em que a geração de fluxos de
rendimento passivo seja natural e relativamente fácil. Quando elas estão atuando num campo que
não propicia isso, a minha sugestão é que mudem de área ou de atividade.
Isso é importante sobretudo numa época em que muitos profissionais são prestadores de
serviços pessoais e têm, portanto, que estar presentes para ganhar dinheiro. Não há nada errado
em estar no ramo de serviços pessoais, a não ser o fato de que, se a pessoa não montar o seu
próprio cavalo de investimento bem cedo e cavalgar excepcionalmente bem, ficará presa na
armadilha de precisar trabalhar para sempre.
Optando por negócios que a curto ou longo prazo produzam rendimentos passivos, você
terá o melhor dos dois mundos - rendimentos ativos agora e rendimentos passivos no futuro.
Consulte as opções de negócios geradores de rendimento passivo que apresentei alguns
parágrafos atrás.
Infelizmente, um grande número de pessoas tem um modelo de dinheiro programado a
favor do rendimento ativo e contra o rendimento passivo. Se é o seu caso, procure mudar essa
atitude radicalmente para que a obtenção de rendimentos passivos substanciais seja algo normal
e natural na sua vida.
As pessoas ricas pensam a longo prazo. Elas equilibram os seus gastos e prazeres de hoje
com os investimentos necessários para a liberdade de amanhã. Os individuos de mentalidade
pobre pensam a curto prazo. As suas vidas são governadas pela satisfação imediata. Eles usam
a desculpa: "Como posso pensar no amanhã, se mal consigo sobreviver neste momento?" O
problema é que, no fim das contas, o amanhã se tornará hoje. Quem não cuidar do problema
agora dirá a mesma coisa de novo amanhã.
Para aumentar a sua riqueza futura, você terá que ou ganhar mais ou gastar menos. Não
vejo ninguém com um revólver apontado para a sua cabeça e determinando em que casa você
deve morar, que carro deve ter, que roupas deve usar ou que comida deve comer.
Você tem o poder de fazer escolhas. É uma questão de prioridades.
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Quem pensa pequeno opta pelo agora, as pessoas ricas preferem o equilíbrio. Veja o caso
dos meus sogros.
Durante 25 anos os pais da minha mulher foram donos de uma loja de conveniência. A
maior parte da sua receita provinha da venda de cigarros, barras de chocolate, sorvetes, chicletes
e refrigerantes. A venda média era de menos de US$ 1. Em resumo, estavam no ramo dos
"centavos" de dólar. Ainda assim, eles poupavam a maior parte do seu dinheiro: não comiam em
restaurantes, não compravam roupas caras e não tinham o carro do ano. Viviam de modo
confortável, mas modesto, e pagavam a hipoteca. Chegaram a adquirir metade do mercado onde
a loja estava situada. Poupando e investindo "centavos", o meu sogro conseguiu se aposentar
aos 59 anos de idade.
Detesto ser obrigado a lhe dizer isto, mas, quase sempre, comprar coisas para o prazer
imediato não passa de uma tentativa fútil de compensar a insatisfação com a vida. Em geral,
gastar um dinheiro que você não tem é a manifestação da vontade de viver emoções que já estão
a seu alcance. Essa síndrome é comumente conhecida como "terapia do varejo".
O gasto excessivo e a necessidade de gratificação imediata têm pouco a ver com o que
você está efetivamente comprando e tudo a ver com a falta de satisfação na sua vida.
Mas é claro que, se o seu gasto excessivo não for motivado por suas emoções imediatas,
ele provém do seu modelo de dinheiro.
Natalie, outra das minhas alunas, me disse que os seus pais eram o máximo em termos de
avareza. O pai tinha um carro velho de 15 anos, enferrujado, e ela sentia vergonha de ser vista
nele, principalmente quando a mãe ia buscá-la na escola. Sempre que entrava no automóvel,
rezava para que ninguém estivesse olhando. Nas férias, a sua família nunca se hospedava em
hotéis e pousadas nem viajava de avião: eram 11 dias cruzando o país de carro e acampando ao
longo do caminho, todo ano.
Em suma, tudo era "caro demais". Pelo modo como agiam, Natalie pensava que eles eram
pobres. Mas o pai ganhava US$ 75 mil por ano, o que na época lhe parecia bastante dinheiro. Ela
ficava confusa.
Por odiar a sovinice dos pais, Natalie tornou-se o oposto deles. Só queria o que fosse caro
e de primeira qualidade. Quando começou a ganhar o seu próprio sustento e foi morar sozinha,
torrou, sem perceber, todo o seu dinheiro e muito mais.
Natalie tinha cartões de crédito, cartões de afinidade e muitos outros - e abusou de todos
eles até não conseguir pagar nem sequer as prestações mínimas. Nessa época, ela se inscreveu
no Seminário Intensivo da Mente Milionária. Segundo as suas próprias palavras, foi o que a
salvou.
Na sessão em que identificamos a sua "personalidade de dinheiro", toda a vida de Natalie
mudou. Ela entendeu por que gastava tanto: era uma forma de ressentimento contra os pais por
serem tão sovinas. E também para provar a si mesma e ao mundo que não era tão unha-de-fome
quanto eles. Natalie diz que, desde que fez o curso e alterou o seu modelo, não teve mais ânsia
de gastar com coisas sem sentido.
Ela nos contou que certa vez caminhava por um shopping center quando viu, na vitrine de
uma de suas lojas favoritas, um lindo casaco de couro marrom-claro. Na mesma hora, a sua
mente disse: "Este casaco ficaria ótimo em você, combinaria muito bem com o seu cabelo louro.
Você precisa dele porque não tem nenhum casaco bonito e elegante". Ela entrou na loja e disse
que gostaria de experimentá-lo. Nesse momento, viu a etiqueta com o preço: US$ 400.
Nunca havia desembolsado tanto dinheiro por um casaco. A sua mente insistiu: "E daí, ele
fica Lindo em você! Depois o dinheiro entra e você paga".
Segundo Natalie, foi naquele instante que ela descobriu a profundidade dos princípios da
mente milionária. No mesmo momento em que a sua mente a estimulava a comprar, o seu
"arquivo" mental novo e mais positivo apareceu e disse: "Seria muito mais útil depositar este
dinheiro na Conta da Liberdade Financeira. Para que você precisa deste casaco? Você já tem um
em casa e ele ainda está muito bom".
Ela decidiu então suspender a compra até o dia seguinte em vez de fazê-la na hora, como
de costume. E não voltou mais à loja.
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Natalie observou que os seus arquivos mentais de "gratificação material" tinham sido
substituídos por arquivos de "liberdade financeira". Ela não estava mais programada para gastar.
Hoje sabe que é útil usar o exemplo dos seus pais para economizar e, ao mesmo tempo,
se permitir desfrutar de prazeres com o que deposita na Conta da Diversão.
Algum tempo depois, Natalie fez com que os seus pais participassem do seminário para
que passassem a agir de modo mais equilibrado. Emocionada, ela disse que eles começaram a
se hospedar em hotéis, compraram um carro novo e, depois que a prenderam a pôr o dinheiro
para trabalhar para eles, aposentaram-se como milionários.
Hoje ela compreende que, para ser milionária, não precisa ser tão sovina quanto os seus
pais foram. Mas sabe também que, se gastar o seu dinheiro de forma desmedida como antes,
nunca será financeiramente livre. Nas suas próprias palavras: "É fantástico ter o meu dinheiro e a
minha mente sob controle".
Volto a dizer: a idéia é fazer o seu dinheiro trabalhar para você tanto quanto você trabalha
para ele. Para isso, é necessário poupar e investir em vez de gastá-lo como se essa prática fosse
a missão da sua vida. Chega a ser engraçado: os ricos possuem muito dinheiro e gastam pouco,
ao passo que as pessoas de mentalidade pobre têm pouco e gastam muito.
Longo prazo versus curto prazo: quem pensa pequeno trabalha para ganhar para o
dia de hoje, enquanto as pessoas ricas trabalham para investir no amanhã.
Os ricos compram ativos, coisas cujo valor provavelmente aumentará. As pessoas de
mentalidade pobre adquirem passivos, coisas cujo valor, com toda a certeza, diminuira. Quem é
rico coleciona terras e propriedades. Os que têm uma mentalidade pobre juntam contas a pagar.
Ofereço a você o mesmo conselho que dou aos meus filhos: "Compre imóveis." Embora
seja melhor adquirir aqueles que produzam fluxo de caixa, na minha opinião qualquer imóvel é
melhor do que nenhum. Claro, esses bens têm altos e baixos, mas, no fim, seja daqui a 10, 20 ou
30 anos, pode apostar que eles estarão valendo muito mais do que hoje, e isso é tudo do que
você precisa para ficar rico.
Adquira agora o imóvel que está ao alcance do seu bolso. Se precisar de capital, associese
a pessoas em quem confia e que conheça bem.
A única hipótese de você ter problemas com esses bens é exagerar na dose e ter que
vendê-los na baixa. Mas, se seguir o meu conselho anterior e administrar corretamente o seu
dinheiro, a probabilidade de isso acontecer é muito pequena. Como diz o ditado: "Não espere
para comprar imóveis: compre imóveis e espere".
Como já dei um exemplo envolvendo os meus sogros, é justo que cite agora um exemplo
da vida dos meus pais. Como já disse, eles não eram pobres, mas mal se garantiam na classe
média. O meu pai dava um duro danado e a minha mãe, como não tinha uma saúde muito boa,
ficava em casa comigo e com os meus irmãos.
Muito cedo o meu pai percebeu que todos os construtores para quem trabalhava
construíam em terrenos que haviam comprado muitos anos antes. Observou ainda que todos eles
ficaram extremamente ricos. Então, os meus pais, que também poupavam centavos, juntaram o
suficiente para adquirir um terreno de 12 mil metros quadrados a cerca de 32km da cidade onde
morávamos. Custou-lhes US$ 60 mil. Dez anos depois, um empreendedor decidiu construir um
shopping horizontal na propriedade. Os meus pais a venderam por US$ 600 mil.
Descontado o custo inicial, essa operação lhes deu um rendimento médio anual de US$ 54
mil. Hoje eles estão aposentados e vivem confortavelmente, mas eu aposto que, sem a compra e
venda dessa propriedade, estariam até hoje na corda bamba.
Felizmente, o meu pai percebeu o poder do investimento e, principalmente, o valor do
investimento em imóveis. Agora você sabe por que eu coleciono terras.
Enquanto as pessoas de mentalidade pobre vêem cada real como um dinheiro a ser
trocado por algo que querem imediatamente, os ricos consideram cada real que possuem uma
"semente" a ser plantada para render outros 100, que podem ser replantados para render outros
1.000 e assim por diante. Pense nisso. Todo real que você gasta hoje pode lhe custar R$ 100 no
futuro. Eu, pessoalmente, considero cada uma das minhas notas de dinheiro um soldado cuja
missão é conquistar a liberdade. Desnecessário dizer que tomo o maior cuidado com os meus
"soldados da liberdade": não me desfaço deles de modo fácil nem rápido.
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PRINCIPIO DE RIQUEZA
Os ricos consideram cada real que possuem uma "semente"
a ser plantada para render outros 100, que podem ser
replantados para render outros 1.000 e assim por diante.
O segredo é instruir-se. Aprenda sobre o mundo dos investimentos.
Familiarize-se com os varios tipos de investimento e instrumentos financeiros, como
imóveis, hipotecas, ações, fundos, letras de câmbio, moeda estrangeira, tudo o que esteja ao seu
alcance.
Escolha uma área para se especializar. Comece a investir nesse campo e depois
diversifique.
Em suma: as pessoas que pensam pequeno dão duro, gastam todo o seu dinheiro e
precisam trabalhar muito para sempre; quem é rico trabalha duro, poupa e investe o dinheiro para
nunca mais ter que trabalhar.
DECLARAÇÃO
O meu dinheiro trabalha para mim e se multiplica.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Instrua-se. Assista a seminários sobre investimentos. Leia pelo menos um livro sobre esse
assunto por mês, além de revistas e jornais do setor financeiro, como Exame, Isto E Dinheiro,
Gazeta Mercantil e Valor Econômico. Não estou lhe dizendo para seguir todos os conselhos
dados por essas publicações, mas que se familiarize com as opções financeiras que encontrará.
Escolha uma área para se especializar e comece a investir nela.
2. Mude o foco: do rendimento "ativo" para o "passivo". Relacione pelo menos três estratégias
com as quais você pode obter rendimentos sem trabalhar, seja no campo dos negócios ou na
área de investimentos. Comece pesquisando e depois entre em ação com essas estratégias.
3. Não espere para adquirir imóveis. Compre-os e espere para lucrar.
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Arquivo de riqueza nº 16
As pessoas ricas agem apesar do medo.
As pessoas de mentalidade pobre deixam-se paralisar pelo medo.
No começo deste livro apresentei o Processo de Manifestação.
Reveja a fórmula: pensamentos conduzem a sentimentos, sentimentos conduzem a ações,
ações conduzem a resultados.
Milhões de pessoas "pensam" em ficar ricas, e milhares delas fazem meditação e
declarações com esse objetivo, além de visualizarem a riqueza que querem conquistar. Eu medito
quase todos os dias. Mas nunca aconteceu de eu estar sentado meditando ou fazendo uma
visualização e cair um saco de dinheiro na minha cabeça. Acredito que sou apenas um dos
infelizes que têm que fazer alguma coisa para ter sucesso.
A meditação, a visualização e as declarações são ferramentas maravilhosas, mas, até
onde sei, nenhuma delas por si só lhe proporcionará dinheiro no mundo real. Você tem que tomar
medidas concretas para vencer. E por que a ação é tão decisiva?
Retornando ao Processo de Manifestação, veja o caso dos pensamentos e sentimentos:
eles fazem parte do mundo interior ou exterior? Do mundo interior. Agora os resultados: eles
fazem parte do mundo interior ou exterior? Do mundo exterior, Isso quer dizer que a ação é a
"ponte" entre esses dois mundos.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
A ação é a "ponte" entre o mundo interior e o mundo exterior.
Mas, se a ação é tão importante, o que nos impede de tomar as medidas que sabemos que
precisamos tomar?
O medo. O medo, a dúvida e a preocupação são alguns dos maiores obstáculos não
apenas ao sucesso como também à felicidade. Por esse motivo, uma das maiores diferenças
entre as pessoas ricas e as de mentalidade pobre é que as primeiras estão sempre dispostas a
agir apesar do medo, enquanto as últimas deixam-se paralisar por ele.
No livro Como superar o medo, Susan Jeffers diz que o grande erro que a maioria das
pessoas comete é esperar que a sensação de medo diminua ou desapareça para que comecem
a agir. Em geral, elas aguardam para sempre.
Num dos cursos da Peak Potentials, ensino que o verdadeiro guerreiro é capaz de "domar
a serpente do medo". Isso não pressupõe matar a serpente nem se livrar ou fugir dela. Quer dizer
exatamente "domar" a serpente.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
O verdadeiro guerreiro é capaz de "domar a serpente do medo".
O fundamental é você perceber que não é necessário tentar se livrar do medo para vencer.
As pessoas ricas e bem-sucedidas têm medo, dúvidas e preocupações. Elas apenas não se
deixam paralisar por esses sentimentos.
Os indivíduos de mentalidade pobre, no entanto, permitem que essas coisas os impeçam
de seguir em frente.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Não é necessário tentar se livrar do medo para vencer.
Por sermos criaturas de hábitos, precisamos aprender a agir apesar do medo, da dúvida,
da preocupação, da incerteza, da inconveniência e do desconforto. E temos que aprender a agir
quando não temos vontade de fazer isso.
Certa vez, na noite de encerramento de um curso em Seattle, eu falava sobre o próximo
Seminário Intensivo da Mente Milionária que organizaria em Vancouver, no Canadá, quando um
homem se levantou e disse: "Harv, pelo menos uma dúzia de amigos e familiares meus já
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participaram desse seminário e os seus resultados foram absolutamente fenomenais. Estão todos
muito mais felizes do que antes e na estrada do sucesso financeiro. Eles me disseram que é um
aprendizado capaz de mudar a vida de uma pessoa. Por isso, se você realizasse esse seminário
aqui em Seattle, eu com certeza me inscreveria".
Eu lhe agradeci pelo depoimento e perguntei se ele estava aberto a uma orientação.
Depois que ele concordou, perguntei como ele estava se saindo com as finanças. Timidamente,
ele disse:
- Não muito bem.
- Não me surpreende. Se você deixa uma viagem de carro de três horas, um vôo de uma
hora, ou uma caminhada de três dias impedi-lo de fazer uma coisa que deseja fazer e da qual
precisa, o que mais poderá impedi-lo? A resposta é simples: qualquer coisa. Não se trata do
tamanho do desafio, se trata do seu tamanho. Ou você é uma pessoa que se deixa deter ou é
alguém que não se deixa deter. A escolha é sua. Caso queira enriquecer ou ser bem-sucedido de
alguma forma, tem que ser um guerreiro. Precisa estar determinado a realizar o que for
necessário para isso. Deve ensinar a si mesmo a não se deixar parar por nada neste mundo.
Ficar rico nem sempre é cômodo nem fácil. Na verdade, pode ser algo muito difícil. Mas e daí?
Um dos princípios-chave do guerreiro é: "Se você só estiver disposto a realizar o que é
fácil, a vida será difícil. Mas, se concordar em fazer o que é difícil, a vida será fácil". As pessoas
ricas não escolhem as suas ações pela maior facilidade ou comodidade - esse modo de ser é
próprio de quem tem uma mentalidade pobre.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Se você só estiver disposto a realizar o que é fácil,
a vida será difícil. Mas, se concordar em fazer o que é difícil, a vida será fácil.
No fim da minha resposta, a platéia estava em silêncio.
Mais tarde, o homem que havia começado aquela discussão foi me agradecer por "abrir os
seus olhos" É claro que ele se inscreveu no curso, mesmo fora da sua cidade, e ainda apareceu
com mais três amigos.
Agora que já falei sobre a comodidade, vou passar para o tema do desconforto. Por que é
tão importante agir apesar do desconforto?
Porque "confortável" é o lugar onde você está agora. Se o seu objetivo é atingir um novo
patamar de vida, tem que sair da sua zona de conforto e praticar ações desconfortáveis.
Suponha que você esteja levando uma vida de nível cinco e queira conquistar uma vida de
nível dez. Os níveis de cinco para baixo estão dentro da sua zona de conforto, enquanto os de
seis para cima estão fora dela, na sua zona de "desconforto".
As pessoas de mentalidade pobre não se dispõem a sentir desconforto.
Lembre-se: sentir-se confortável é a maior prioridade das suas vidas.
Mas vou lhe dizer um segredo que só os ricos e bem-sucedidos sabem: conforto é algo
supervalorizado. Ele faz com que a pessoa sinta aconchego e segurança, no entanto não lhe
permite crescer.
Para isso, ela tem que ampliar a sua zona de conforto. Alguém só consegue se expandir
verdadeiramente se estiver fora dessa área.
Eu lhe pergunto: na primeira vez em que você experimentou algo novo, sentiu-se
confortável ou desconfortável? A segunda opção, provavelmente. E o que aconteceu daí em
diante? Quanto mais você repetia a experiência, mais confortável ela se tornava, não é? É assim
que a coisa funciona. Tudo é desconfortável no começo; porém, se você se mantém firme e
insiste, acaba superando a zona de desconforto. E vence. Então, passa a uma zona de conforto
nova e ampliada, mostrando que se tornou uma pessoa maior.
A partir de agora, sempre que você se sentir desconfortável, em vez de se refugiar na sua
velha zona de conforto, bata nas próprias costas e diga: "Eu devo estar crescendo" e continue
seguindo em frente.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
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Você só poderá crescer de verdade se estiver fora da sua zona de conforto.
Caso você deseje ser rico e bem-sucedido, trate de aprender a se sentir bem com o
desconforto. Pratique conscientemente estar na zona de desconforto e fazer o que lhe dá medo.
Quero que você se lembre para o resto da vida da seguinte equação: ZC = ZR, isto é, a sua "zona
de conforto" é igual à sua "zona de riqueza".
Ampliando a sua zona de conforto, você aumenta não só os seus rendimentos como a sua
zona de riqueza. Quanto mais confortável você quiser se sentir, menos riscos se disporá a correr,
menos oportunidades desejará explorar, menos pessoas conhecerá, menos estratégias
desenvolverá.
Captou a mensagem? Quanto mais o conforto se torna uma prioridade na sua vida, mais
contraído de medo você fica. Por outro lado, expandindo a si próprio, você amplia a sua zona de
oportunidade, o que lhe permite atrair e conservar mais rendimentos e riqueza.
Não se esqueça: se você tiver um grande recipiente (zona de conforto), o universo terá
prazer em enchê-lo. As pessoas ricas e bem-sucedidas possuem zonas de conforto muito amplas
e as aumentam constantemente para poderem ganhar e conservar mais riqueza.
Embora nunca ninguém tenha morrido de desconforto, a aspiração ao conforto matou mais
idéias, oportunidades, ações e crescimento do que qualquer outra coisa neste mundo. O conforto
aniquila. Se a sua meta na vida é se sentir confortável, eu lhe garanto duas coisas: primeiro, você
nunca ficará rico; segundo, jamais será feliz.
A felicidade não é obtida com uma vida mais ou menos satisfatória, em que ficamos o
tempo todo nos perguntando o que mais poderia ter acontecido. A felicidade surge como
resultado de estarmos no nosso estado natural de crescimento e vivendo o máximo do nosso
potencial.
Tente fazer o seguinte. Na próxima ocasião em que se sentir desconfortável, indeciso ou
intimidado, em vez de se encolher ou se refugiar na segurança, siga em frente. Observe e
vivencie as sensações de desconforto reconhecendo que são apenas sensações - incapazes de
detê-lo. Insistindo tenazmente apesar do desconforto, você acabará atingindo a sua meta.
Não importa se o desconforto não diminuir. Na verdade, se isso acontecer, considere esse
fato um sinal para elevar o seu objetivo, porque, no momento em que se sentir confortável, você
vai parar de crescer. Repito: para avançar até o máximo do seu potencial, é necessário que você
viva no limite das suas possibilidades.
E, como somos criaturas de hábitos, é necessário praticar. Pratique agir apesar do medo,
da inconveniência e do desconforto - e aja quando não estiver com vontade de fazer isso. Desse
modo, você passará rapidamente a um patamar de vida mais alto. No processo, não deixe de
verificar com regularidade a sua conta bancária porque, eu lhe garanto, ela estará crescendo com
muita rapidez também.
A mente humana é uma excepcional romancista. Ela inventa histórias incríveis, em geral
baseadas em dramas e desastres, a partir de coisas que nunca ocorreram e que provavelmente
nunca acontecerão. O escritor Mark Twain explicou o assunto com toda a clareza: "Já tive
milhares de problemas na minha vida, a maioria dos quais nunca aconteceu de fato".
Uma das coisas mais importantes a entender na vida é que você não é a sua mente. Você
é muito maior e mais poderoso do que ela.
A sua mente é uma parte de você tanto quanto a sua mão.
Uma pergunta para provocar o seu raciocínio: e se a sua mão fosse como a sua mente?
Ela estaria em toda parte, dando tapas em você o tempo todo e falando sem parar. E o que
você faria? A maioria das pessoas responde: "Eu a cortaria fora". Mas, se a sua mão é uma
ferramenta poderosa, por que você se livraria dela? A resposta certa, evidentemente, é: você
gostaria de controlá-la, manejá-la e treiná-la para trabalhar a seu favor, e não contra você.
Saber treinar e manejar a própria mente é o maior talento que se pode ter na vida, tanto
em termos de felicidade quanto de sucesso, e é exatamente isso o que desejo ensinar com este
livro.
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PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Saber treinar e manejar a própria mente é o maior talento que se pode ter na vida,
tanto em termos de felicidade quanto de sucesso.
Como é que você treina a sua mente? Começando pela observação. Note como a sua
mente produz regularmente pensamentos desfavoráveis à sua riqueza e felicidade. Quando
identificar tais pensamentos, comece a substituí-los de forma consciente por outros que o
fortaleçam. E onde você encontra esses modos de pensar?
Aqui mesmo, neste livro. Todas as declarações contidas nestas páginas São modos de
pensar que transmitem força e êxito.
Adote todas essas maneiras de pensar e ser e também essas atitudes como suas. Não
espere um convite formal. Decida agora mesmo que a sua vida será melhor se você optar por
pensar da forma como sugiro aqui em vez de permanecer com os hábitos mentais autodestrutivos
do passado. Determine que, de hoje em diante, os seus pensamentos não mais o governam,
você é quem os governa. A partir de agora, a sua mente não é mais o capitão do navio: você é o
capitão e a sua mente está sob as suas ordens.
Você pode escolher os seus pensamentos.
Você tem a capacidade natural de descartar, a qualquer momento, todo pensamento que
não lhe seja favorável. E, a qualquer instante, pode também instalar pensamentos fortalecedores,
simplesmente optando por se manter concentrado neles. Você tem o poder de controlar a sua
mente.
Mais uma vez, cito a frase do meu amigo e escritor Robert G. Allen:
"Nenhum pensamento mora de graça na cabeça de ninguém".
Isso quer dizer que você pagará por seus pensamentos negativos.
Pagará em dinheiro, em energia, em tempo, em saúde e em termos de felicidade. Se o seu
objetivo é atingir rapidamente um novo nível de vida, comece a classificar os seus pensamentos
nestas duas categorias - os que lhe dão poder e os que minam o seu poder. Observe-os e
determine se eles contribuem ou não para a sua felicidade e o seu sucesso. Escolha então
alimentar somente aqueles que o fortalecem e recuse-se a se manter concentrado nos que o
debilitam. Quando surgir na sua cabeça um pensamento prejudicial, diga "Cancela" e "Obrigado
pela informação". Em seguida, substitua-o por um modo de pensar mais favorável. Eu chamo
esse processo de pensamento poderoso. Guarde as minhas palavras: se você o praticar, a sua
vida jamais voltará a ser a mesma. É uma promessa.
Então, qual é a diferença entre "pensamento poderoso" e "pensamento positivo?".
Ela é sutil, porém profunda. Na minha opinião, as pessoas usam o pensamento positivo
para fingir que está tudo bem quando acreditam que não está. Com o pensamento poderoso, nós
compreendemos que tudo é neutro, nada tem significado, exceto aquele que nós mesmos
atribuímos - nós criamos a nossa história e damos a cada coisa o seu sentido.
Essa é a diferença entre pensamento positivo e pensamento poderoso. O primeiro faz com
que as pessoas acreditem que os seus pensamentos são verdadeiros.
Por sua vez, o pensamento poderoso reconhece que os nossos pensamentos não são
verdadeiros, mas que, de qualquer modo, nós criamos a nossa própria história e podemos
inventar uma que nos seja favorável.
Não fazemos isso porque os novos pensamentos sejam verdadeiros no sentido absoluto,
mas porque eles nos são mais úteis e nos parecem muito melhores do que os outros.
DECLARAÇÃO
Eu ajo apesar do medo. Eu ajo apesar da dúvida. Eu ajo apesar da preocupação. Eu ajo apesar
da inconveniência. Eu ajo apesar do desconforto. Eu ajo quando não estou com vontade de agir.
Eu tenho uma mente milionária!
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AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Liste os três maiores medos ou preocupações que você tem a respeito de dinheiro e riqueza.
Para cada um deles, escreva o que faria se a situação temida efetivamente acontecesse. Você
sobreviveria? A superaria? O mais provável é que a resposta seja afirmativa. Agora pare de se
preocupar e comece a enriquecer.
2. Pratique sair da sua zona de conforto. tome deliberadamente decisões que o façam se sentir
desconfortável. Por exemplo, converse com pessoas com quem não falaria, peça um aumento de
salário, suba os preços dos seus produtos, acorde uma hora mais cedo todo dia.
3. Aplique o pensamento poderoso. Observe a si próprio e os seus padrões de pensamento.
Acolha somente aqueles que contribuam para a sua felicidade e o seu sucesso. Desafie a voz
dentro da sua cabeça sempre que ela lhe disser "Não posso", "Não quero", "Não estou a fim".
Não deixe que a voz do medo, que a voz do conforto, seja mais forte do que você. Faça um pacto
consigo mesmo: sempre que a voz tentar impedi-lo de realizar alguma coisa, você a fará de
qualquer forma para mostrar à sua mente que é você quem manda, e não ela. Assim, aumentará
espetacularmente a sua confiança, enquanto a sua voz, reconhecendo que tem pouco poder
sobre você, se pronunciará cada vez menos.
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Arquivo de riqueza nº 17
As pessoas ricas aprendem e se aprimoram o tempo todo.
As pessoas de mentalidade pobre acreditam que já sabem tudo.
No começo dos meus seminários, apresento às pessoas o que chamo de as três palavras
mais perigosas que pronunciamos. São elas: "Eu já sei". Como você sabe que sabe alguma
coisa? É simples.
Se você a vivencia, você sabe sobre ela. Do contrário, ouviu falar, leu sobre ou comentou a
respeito, mas não sabe. Para ser direto: é provável que você ainda tenha muito a aprender em
relação a dinheiro, sucesso e vida.
Como expliquei no começo deste livro, na minha época de vacas magras, tive a sorte de
receber o conselho de um amigo da minha família que era multimilionário.
Ele teve compaixão ao me ver naquela situação difícil. Lembre-se do que ele me disse:
"Harv, se as coisas não estão indo como você gostaria, isso quer dizer apenas que há algo que
você não sabe".
Felizmente, eu levei essa sugestão a sério e passei de sabe-tudo a "aprende-tudo".
Daquele momento em diante, a minha vida mudou completamente.
As pessoas de mentalidade pobre estão sempre tentando provar que estão certas. Usando
a máscara de quem já sabe tudo, elas dizem que foi um golpe de má sorte ou um probleminha
passageiro no universo o que as deixou falidas ou numa situação em que têm que se sacrificar
muito para conseguir dinheiro.
Uma das minhas frases mais conhecidas é: "Ou você está certo ou você é rico, nunca as
duas coisas ao mesmo tempo". Estar "certo" corresponde a se aferrar a velhos modos de ser e
pensar. Sinto dizer, mas foi isso que o conduziu à situação em que você está agora. Essa filosofia
também se aplica à felicidade, no sentido de que ou você está certo ou você é feliz.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Ou você está certo ou você é rico,
nunca as duas coisas ao mesmo tempo.
O escritor e filosofo Jim Rohn, da Herbalife, disse algo que se aplica perfeitamente a
esse assunto: "Se você se mantiver fazendo o que sempre fez, continuará conseguindo o
que sempre conseguiu. Para sua vida melhorar, você primeiro melhorar a sua atitude".
Ora, o seu jeito você já conhece - agora precisa aprender novas maneiras de pensar e agir.
Foi por esse motivo que escrevi este livro. O meu objetivo é acrescentar alguns arquivos mentais
aos que você já possui.
Eles correspondem a novos modos de pensar, a novas ações e, portanto, a novos
resultados.
É por isso que é essencial que você continue a aprender e crescer.
Os físicos concordam que nada neste mundo é estático. Tudo o que é vivo muda o tempo
todo. Por exemplo, uma planta que não cresce está morrendo. Isso também vale para as pessoas
e para quaisquer outros organismos vivos: portanto, se você não cresce, está morrendo.
Uma das minhas frases favoritas é a do escritor e filósofo Eric Hoffer: "Os que aprendem
herdarão a Terra, enquanto os que já sabem estão magnificamente equipados para viver num
mundo que não existe mais". Dito de outra forma: se você não estiver aprendendo continuamente,
será deixado para trás. As pessoas de mentalidade pobre dizem que não podem se instruir por
falta de tempo e de dinheiro. Os ricos, por outro lado, estão mais ligados na citação de Benjamin
Franklin: "Se você acha que a instrução é cara, experimente a ignorância". Tenho certeza de que
você já ouviu isso antes: conhecimento é poder. E poder é capacidade de agir.
A única maneira que conheço de você possuir a riqueza que deseja é saber jogar o jogo do
dinheiro, dentro e fora de você. É necessário que aprenda as técnicas e estratégias que
apresento neste livro para aumentar os seus rendimentos, para administrar o seu dinheiro e para
investi-lo com eficiência. A definição de insanidade é: fazer sempre a mesma coisa e esperar
resultados diferentes. Certamente, você já seria rico e feliz se o que está fazendo desse certo.
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Qualquer outra coisa que a sua mente invente como resposta não passa de desculpa
esfarrapada.
Detesto ter que dizer isso com todas as letras, mas este é o meu trabalho. Acredito que um
bom orientador sempre exigirá de você mais do que você exige de si mesmo. Do contrário, por
que você necessitaria de um profissional desse tipo? Como orientador, a minha meta é treiná-lo,
inspirá-lo, convencê-lo e fazê-lo observar, ao vivo, o que o está impedindo de progredir.
Resumindo, usar todos os meios para ajudá-lo a conquistar um nível de vida mais elevado. Se for
preciso, vou despedaçá-lo e reconstruí-lo de uma forma que dê certo.
Farei tudo o que estiver ao meu alcance para torná-lo 10 vezes mais feliz e 100 vezes mais
rico. Se você está atrás de uma Poliana, eu sou o cara errado. Caso deseje subir de modo rápido
e contínuo, podemos prosseguir.
Sucesso é algo que se aprende. Podemos aprender a vencer em qualquer coisa. Se você
quer ser um grande jogador de golfe, será capaz de aprender a fazer isso. Se prefere ser um
grande pianista, conseguirá aprender a se tornar um. Se deseja ser verdadeiramente feliz, terá
condições de aprender a ser assim. Se quer enriquecer, também pode aprender como fazer isso.
Não importa onde você está agora - o essencial é que esteja disposto a aprender.
Uma das minhas frases mais conhecidas é: "Todo mestre já foi um desastre". Veja um
exemplo. Certa vez, um esquiador olímpico participou de um dos seminários. Quando fiz essa
afirmação, ele se levantou e pediu a palavra. Pela sua atitude incisiva, pensei que fosse discordar
veementemente de mim. Ao contrário, ele relatou a todos os presentes a sua história. Quando
criança, era o pior esquiador de todo o seu grupo de amigos - tão lerdo que às vezes nem o
chamavam para esquiar. Então ele decidiu freqüentar aulas de esqui. Todo fim de semana,
acordava bem cedo para ir à montanha. Em pouco tempo, não só alcançou os mesmos
resultados que os seus amigos obtinham como os ultrapassou. Foi quando passou a se envolver
em competições de esqui e conseguiu um técnico de alto nível. As suas palavras foram: "Sou um
mestre no esqui agora, mas quando comecei era um perfeito desastre. Harv tem toda a razão.
Podemos aprender a ser vitoriosos em qualquer coisa. Eu aprendi a vencer nesse esporte. A
minha próxima meta é aprender a ganhar no jogo do dinheiro."
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
"Todo mestre já foi um desastre".
Ninguém nasce um gênio das finanças. Toda pessoa rica, inclusive eu, aprendeu a vencer
no jogo do dinheiro. Lembre-se do lema: "Se eles podem, eu também posso". Enriquecer não diz
respeito somente a ficar rico em termos financeiros. É mais do que isso: trata-se da pessoa que
você se torna, do ponto de vista do caráter e mentalmente, para alcançar esse objetivo. Vou lhe
contar um segredo que pouca gente conhece: a maneira mais rápida de ficar e permanecer rico é
trabalhar no seu próprio desenvolvimento. A idéia é você se aprimorar para se transformar em
alguém bem-sucedido.
Repito: o seu mundo exterior é apenas um reflexo do seu mundo interior. Você é a raiz, os
seus resultados são os frutos.
Gosto do ditado que diz: "Você leva a si mesmo para todo lugar a que vai". Se você
crescer e se tornar uma pessoa bem-sucedida em termos de caráter e de atitude mental, será
vitorioso de forma natural em tudo o que fizer. Ganhará o poder da escolha absoluta.
Passará a ter força interior e a capacidade de optar por qualquer área de trabalho, de
negócio ou de investimento, sabendo que será um sucesso. Essa é a essência deste livro.
Quando você é alguém grau cinco, obtém resultados grau cinco. Mas, caso você cresça e
se torne uma pessoa grau dez, conseguirá resultados grau dez.
Preste atenção, porém, neste alerta: se você não fizer o trabalho interior e, de alguma
forma, conseguir ganhar rios de dinheiro, terá sido provavelmente um golpe de sorte, e é possível
que venha a perder tudo. Por outro lado, caso você se torne uma pessoa bem-sucedida por
dentro e por fora, não apenas fará sucesso como o manterá, o aumentará e, o mais importante de
tudo, será verdadeiramente feliz.
As pessoas ricas entendem que a seqüência do sucesso é SER, FAZER, TER.
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As pessoas de mentalidade pobre e as que têm uma visão de classe média acreditam que
a seqüência do sucesso é TER, FAZER, SER. Em sua maioria, elas pensam o seguinte: "Se eu
tiver muito dinheiro, poderei fazer o que quiser e serei um sucesso".
Os ricos seguem um pensamento diferente: "Se eu me tornar uma pessoa bem-sucedida,
poderei fazer o que preciso fazer para ter o que quero, incluindo rios de dinheiro".
Eis outra coisa que somente as pessoas ricas sabem: a principal finalidade de enriquecer
não é ter toneladas de dinheiro, mas ajudá-lo a crescer para ser a melhor pessoa que você puder.
Na verdade, esta é a meta de todas as metas: crescer como ser humano. Quando lhe
perguntaram por que todo ano ela muda de personalidade, de música e de estilo, a cantora e atriz
Madonna respondeu que a música é a sua maneira de expressar o seu eu e que reinventar a si
própria a cada ano a obriga a crescer para se tornar a pessoa que ela deseja ser.
Em suma, sucesso não é um "o que", e sim um "quem". A boa notícia é que o seu "quem"
pode ser treinado e ensinado. Falo por mim.
Não sou perfeito nem estou sequer perto disso, mas, quando penso em quem sou hoje
comparado ao que era há 20 anos, percebo uma correlação direta entre o "eu e a minha riqueza"
(ou a falta dela) daquela época e o "eu e a minha riqueza" de hoje. Se eu aprendi o caminho do
sucesso, você também conseguirá fazer isso. Por esse motivo, estou no ramo do treinamento
pessoal. Sei por experiência própria que praticamente todas as pessoas podem ser treinadas
para vencer. Isso aconteceu comigo e agora sou capaz de orientar milhares de indivíduos para
que eles sejam igualmente vitoriosos.
Descobri outra diferença capital entre as pessoas ricas e aquelas que têm uma
mentalidade pobre: os ricos são especialistas no que fazem.
Quem tem um pensamento de classe média costuma ser apenas razoável no seu campo
de atuação, enquanto as pessoas que possuem uma mentalidade pobre são inexpressivas na sua
área. Você é bom no que faz? É competente no seu trabalho? Quer um modo totalmente
imparcial de saber? Examine o seu contracheque. Ele lhe dirá tudo. É simples: para ganhar o
máximo, você tem que ser o máximo.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Para ganhar o máximo, você tem que ser o máximo.
Vemos esse princípio em operação todos os dias no esporte profissional pelo mundo afora.
Em geral, os melhores atletas são os que ganham os maiores salários. São também os que
faturam mais dinheiro com publicidade. Esse mesmo princípio está presente no mundo dos
negócios e das finanças. Não importa se você é empresário, profissional liberal ou distribuidor de
marketing de rede, nem se você ganha por comissão, se é assalariado ou se vive de rendas de
imóveis, de ações ou de outros investimentos: quanto melhor o seu desempenho na sua área,
mais ganhará. Essa é outra razão pela qual é obrigatório você se instruir e se qualificar
continuamente.
Quanto ao aprendizado, vale observar que os ricos não apenas continuam a aprender
como fazem questão de se instruir com aqueles que já estão onde eles querem chegar. No meu
caso, um dos fatores que fizeram a maior diferença diz respeito à pessoa que me ensinou.
Sempre optei por aprender com os que são mestres nos seus respectivos campos - não
com quem se diz especialista, mas com indivíduos cujo discurso se sustenta em resultados.
As pessoas ricas aconselham-se com individuos que são mais ricos do que elas. Quem
tem uma mentalidade pobre busca orientação com os amigos, que, em geral, estão numa
situação financeira tão difícil quanto a sua.
Certa vez, tive uma reunião com um banqueiro da área de investimentos que queria fazer
negócio comigo. Depois de sugerir que eu realizasse um investimento inicial de milhares de
dólares no seu banco, ele me pediu que lhe encaminhasse os meus demonstrativos financeiros
para que ele fizesse as suas recomendações.
Olhei nos olhos dele e disse: "Desculpe, mas você já não tem esse histórico? Se você quer
que eu o contrate para cuidar do meu dinheiro, não seria mais apropriado você me mostrar os
seus demonstrativos financeiros? E, se você não for realmente rico, esqueça o negócio". Ele ficou
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em estado de choque. Eu diria que ninguém nunca havia lhe perguntado pelo seu patrimônio
como condição para investir no seu banco.
É absurdo. Se você quisesse escalar o Everest, contrataria um guia que nunca tivesse
chegado ao cume desse monte? Não seria mais inteligente procurar alguém que já tivesse
alcançado o topo várias vezes e que soubesse exatamente como fazer isso?
Portanto, eu estou, sim, sugerindo que você dedique muita atenção e energia a aprender
continuamente e, ao mesmo tempo, a escolher com cuidado a pessoa que lhe fornecerá
conhecimentos e conselhos.
Se você se instruir com quem não vai bem, sejam consultores, orientadores ou
planejadores, a única coisa que irá aprender é como fracassar.
Da mesma forma como há caminhos para subir o Everest com êxito, existem rotas e
estratégias comprovadas para criar rendimentos elevados, liberdade financeira e riqueza. Você
tem que estar disposto a aprendê-las e a utilizá-las.
Como parte do método de administração de dinheiro da mente milionária, sugiro mais uma
vez que você deposite 10% dos seus rendimentos na Conta da Instrução Financeira.
Destine esse dinheiro especificamente a cursos, livros, fitas, CDs ou a qualquer outro meio
que lhe permita se qualificar, seja no sistema educacional formal, seja em empresas conceituadas
em treinamento e orientação pessoal.
Qualquer que seja a sua escolha, essa conta lhe garantirá os recursos necessários para
aprender e crescer em vez de ficar repetindo o refrão das pessoas de mentalidade pobre: "Eu já
sei". Quanto mais você aprender, mais ganhará. Pode acreditar.
DECLARAÇÃO
Eu me comprometo a aprender e crescer o tempo todo.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÃO DA MENTE MILIONÁRIA
Comprometa-se com o seu crescimento. Todo mês, leia pelo menos um livro ou participe de um
curso ou seminário sobre dinheiro, negócios ou desenvolvimento pessoal. O seu conhecimento, a
sua confiança e o seu sucesso agradecerão.
"E o que eu faço agora?".
E agora? O que você faz? Por onde começar?
Espero que você tenha gostado deste livro, porém, mais importante do que isso: desejo
que use os princípios que aprendeu para melhorar espetacularmente a sua vida. A minha
experiência diz, no entanto, que apenas ler não fará a diferença que você está buscando.
Ler é um bom começo, mas, se você quer vencer no mundo real, são as suas ações que
contam.
Na parte 1, apresentei o conceito de modelo de dinheiro. É simples: esse modelo
determina o seu destino financeiro. Para começar a trocar o modelo que você tem por um que
favoreça o seu sucesso financeiro, não deixe de realizar todos os exercícios sugeridos nos
campos da programação verbal, do exemplo e dos episódios específicos. E faça também
diariamente as declarações sugeridas.
Na parte 2, você aprendeu 17 modos de pensar que distinguem os ricos das pessoas de
mentalidade pobre. Recomendo que guarde na memória cada um desses "arquivos de riqueza"
repetindo todos os dias as declarações propostas. No fim, você se posicionará diante da vida e,
sobretudo, diante do dinheiro de um modo totalmente diferente. A partir desse ponto, fará novas
escolhas, tomará novas decisões e obterá novos resultados. Para acelerar o processo, não deixe
de executar os exercícios práticos relacionados no fim de cada um dos arquivos de riqueza.
Esses exercícios de ação são obrigatórios. Para que a mudança seja permanente, ela deve
ter uma base celular - a programação do seu cérebro tem que ser refeita. Portanto, você precisa
colocar a teoria em prática. Não basta ler sobre ela, falar sobre ela e pensar sobre ela: é
necessário praticá-la efetivamente.
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Atente para a voz dentro da sua cabeça dizendo alguma coisa como: "Exercícios,
exercícios - eu não preciso deles nem tenho tempo para isso". Observe quem está falando: é a
sua mente condicionada. Lembre-se, o trabalho dela é mantê-lo exatamente onde você está, na
sua zona de conforto. Ignore-a. Execute os exercícios de ação, faça as suas declarações e veja a
sua vida decolar.
Sugiro também que você leia este livro do começo ao fim pelo menos uma vez por mês
durante um ano inteiro. "O quê?", deve estar berrando a voz. "Eu já li tudo, por que tenho que
fazer essa leitura tantas vezes?" Boa pergunta, e a resposta é simples: a repetição é a mãe do
aprendizado. Volto a dizer: quanto mais você estudar este livro, mais rapidamente os seus
conceitos se tornarão naturais e automáticos.
Como disse antes, eu aprendi a trilhar o caminho do sucesso, portanto agora é a minha
vez de ajudar os outros. A minha missão é instruir as pessoas e inspirá-las a viver o seu "eu
superior", que é baseado na coragem, no propósito e na alegria, e não no medo, na necessidade
e na obrigação.
Sinto-me verdadeiramente abençoado por organizar seminários, cursos e outros
programas que transformam a vida de muita gente de maneira rápida e permanente.
Fico emocionado por já ter sido capaz de ajudar mais de 350 mil pessoas a se tornarem
mais ricas e felizes.
A marca da verdadeira riqueza é determinada por quanto à pessoa é capaz de dar.
Este livro ensina você a observar o seu modo de pensar e a desafiar os seus
pensamentos, os seus hábitos e as suas ações limitadoras e prejudiciais com relação ao dinheiro.
Começo falando a respeito do dinheiro porque ele é uma das maiores fontes de sofrimento
na vida das pessoas. Mas também considero um quadro maior. Quando você passar a
reconhecer o seu comportamento desfavorável em relação às finanças, essa consciência se
transferirá a todas as áreas da sua vida.
O objetivo dos princípios que ensino é ajudá-lo a elevar o seu grau de consciência. Repito:
consciência é observar os pensamentos e as ações para poder agir com base em escolhas
verdadeiras feitas no presente, e não na programação passada. Trata-se, como já disse, do poder
de reagir a partir do seu "eu superior". Dessa forma, você pode ser a melhor pessoa que é capaz
de ser e assim cumprir o seu destino.
E sabe o que mais? A essência dessa transformação não diz respeito somente a você.
Tem a ver com todo o nosso mundo, que não é mais do que o reflexo das pessoas que o
constroem. Quando cada indivíduo aprimora o seu grau de consciência, a consciência de todo o
planeta se eleva - passando do medo à coragem, do ódio ao amor e da escassez à prosperidade
para todos.
Cabe, portanto, a cada um de nós, esclarecer a si próprio para poder acrescentar mais luz
ao mundo.
Se você deseja que a Terra seja de determinada maneira, comece a ser dessa maneira.
Se você quer que ela se transforme num lugar melhor, passe você mesmo a ser melhor. É por
isso que eu acredito que é sua obrigação crescer até atingir o seu pleno potencial para criar
abundância e sucesso na sua vida. Dessa forma, será capaz de ajudar os outros e contribuir para
o mundo de um modo positivo.
Obrigado por dedicar o seu precioso tempo à leitura deste livro.
Desejo a você um tremendo sucesso e a verdadeira felicidade.
T. Harv Eker