Esse é meu diário, vou tentar relatar fielmente meu sentimentos a fim de poder, posteriormente, eu mesma reorganizá-los!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Falsidade

Odeio a falsidade, que por si mesma já é dissimulada. Usar alguns disfarces para conseguir conviver harmoniosamente em sociedade, muitas vezes, é necessário até certo ponto.
Porém, ultrapassar o limite do respeito ao próximo, chega a ser ultrajante. Penso em minha mãe, que finje que não sei que eu teria direito a mais recursos financeiros do que somente o meu trabalho e a minha eventual mendicância por um troco que ela, por clemência, deposita na minha conta ou, raramente, me ajuda a pagar uma conta. Nem fui consultada se eu concordo que o patrimônio que meu pai deixou esteja em usufruto dela e que ela, quando questionada por mim sobre isso, tenha direito de alegar que "se eu pudesse a mataria", mas tenho que assinar para conceder um terreno que era do meu pai para meu irmão, sendo que não me é explicado porque, apesar de ser herdeira e não ter direito a usufruir nada enquanto mamãe estiver entre nós, tenho que assinar um documento concedendo uma coisa que nem tenho direito.
Eu não quero mover ação nenhuma, só quero paz, já sofri demais por causa disso, chega!!!!!!!!!!!
A dissimulação, ocultação de fatos, está presente desde o início da minha vida, pois nem sei as circunstâncias nas quais ocorreu aquele acidente (dizem que foi quando eu tinha 2 anos e meio) que quase acabou com a minha vida e que, anos mais tarde, desejei que acabasse de uma vez com ela mesmo, pois viver com sequelas e com vizinhança me tratando como uma "coisa" que sobreviveu não sei como, "não tinha nem chance de viver", conviver com o deboche, a ridicularização dos meu colegas de escola porque eu "mancava" e porque falava devagar (ser humilhada), na minha opinião, é pior que a morte.
Pra minha mãe eu desejo tudo de bom, nem precisa vir me ver em São Leopoldo, fica em Porto União mesmo, pois foi lá que fui sequelada e sofri minha vida inteira pela vida que deixei de viver por causa das consequências desse acidente.
Hoje vivo uma outra vida ao lado de Edson, também não gosto quando me sinto ofendida por algum comentário em relação a mim dos amigos do meu marido, mas penso que comentários piores eles devem fazem sem o meu conhecimento. Ainda bem que o meu amor não sente vergonha de mim e que a opinião dos outros não vai mudar o que ele sente por mim, mas eu sei que não posso dizer a mesma coisa da minha mãe!

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